Capítulo Trinta e Um: Aposta.

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Henrique Winter...

A Rodrigues estava em silêncio, depois de dizer o que eu tinha acabado de dizer. A encarei por um segundo para ver sua expressão.Sabia exatamente que não devia ter soltado uma bomba dessas a essa hora da manhã o que podia colocar nosso café da manhã em risco e com a surpresa que eu havia preparado pra ela. Tudo estava ocorrendo bem até ela ficar ali parada, pensando, engolindo o que eu havia acabado de dizer. Estou impaciente e espero mesmo que isso não ocasione uma briga. 

- Como assim ela te beijou? Por que quando um não quer dois não beijam. – Mencionou. Tinha plena noção disso e eu não queria, se estivesse preparado isso jamais teria acontecido.

- Estava desprevenido ela bebeu demais, sempre foi apaixonada pelo Jeremy como iria imaginar que assim que a ajudasse a sair do carro ela me beijaria! – Exclamei impaciente. Ainda calmo, com as palavras bem colocadas. Odeio gritaria e exageros então estava indo pelo caminho mais tranquilo, até por que minha consciência está tranquila.

- Eu ainda não conseguir conhecer uma mulher que não tenha uma queda por você. – Ressaltou. Discordava plenamente dessa afirmação. Embora seja lisonjeio pensar dessa forma.

- Foi o álcool falando por ela. – Tentei explicar a situação, a verdade é que a Lena está sendo muito mais razoável do que eu seria. Se eu sonhasse com essa hipótese deixaria meu lado animal falar mais alto. Deixei o caso do Rosenberg passar até por que ainda não tinha o direito que tenho hoje, mas pra falar a verdade ainda estava de olho nele.

- Foi beijo de língua? – Perguntou olhando para a estrada. Sua voz estava um pouco baixa, incomodada com o que tinha acontecido, eu também estaria se estivesse em seu lugar. Minha vontade é de parar o carro pegar a Rodrigues e colocar no meu colo e mostrar que nenhuma mulher a supera.

- Foi um selinho que não durou dois segundos. – Respondi. Ela respirou fundo mantendo o olhar distante pensando no que havia acabado de dizer, gosto de saber que é tão possessiva quanto eu. – E nesses dois segundos eu percebi que não quero beijar nenhuma outra mulher, exceto você. – Completei sendo honesto. É ridículo um homem formular uma frase apenas para acalmar uma situação. Eu estou sendo sincero, tenho tudo que eu preciso nela Ela sorriu mesmo que escondendo o rosto de mim, o que me deixou aliviado.

O restante do caminho foi bastante confortável, mesmo em silêncio sentia que a Rodrigues estava pensativa, mas não de forma ruim. Seus olhos estavam fechados e sua cabeça recostada no estofado da poltrona do carro. O sorriso discreto nos seus lábios me deixa enfeitiçado, como ela pode ser tão genuinamente linda. Gosto de cada detalhe dele dos olhos a boca e esse corpo escultural cheio de curvas que foi moldado à mão. Volto a prestar totalmente toda a minha atenção na estrada, não quero causar um acidente. Agradeço pelo acesso livre a estrada chegaremos bem mais cedo o que seria perfeito. Estacionei o carro, tirando o meu cinto de segurança e me aproximando do pescoço da Lena, sentindo o seu cheiro doce com algo que não sei bem definir o que é o que torna único.

Estou completamente viciado.

- Você é o meu vício Milena Rodrigues. – Murmuro bem perto do seu ouvido, ela vira o rosto me encarando seus olhos claros sustentam o meu, a expressão do seu rosto é leve. Deslizo meus dedos por seu rosto desenhando sua boca , ela morde meu dedo e o chupa pegando-me desprevenido a sensação é bem vinda e agradável acertando-me exatamente lá! Respiro profundamente tentando ter o controle dessa situação.

- E você Henrique é mais que isso pra mim. – Respondeu se aproximando lentamente de encontro a minha boca, tirei o seu cinto a puxando para mais perto. Sua boca sugava a minha boca com sucção perfeitas, sua língua deslizava pela minha deixando-me ainda mais excitado do que já me encontrava.

G.É.L.I.D.O.Onde histórias criam vida. Descubra agora