Desde já peço desculpas pelo capítulo que não carregou, tentei postar outras vezes mas estava dando erro. Então esperei um pouco para tentar novamente. Espero que funcione e espero que gostem desse capítulo ele é muito especial e me emocionei muito enquanto o escrevia é um avanço para eles. E agradeço desde já a compreensão!
Henrique Winter...
Nossas rostos ainda estavam juntos quando eu escutei o pedido da Rodrigues, quando tudo pareceu parar e era só nós dois. Seus olhos fechados, sua boca entre aberta, o rosto sereno com a certeza que está fazendo o que é certo. Deslizo minha mão por seu rosto e a beijo levemente não sei explicar como chegamos a esse ponto de partida e depois de tudo que passamos era o mínimo do início e ainda assim parecia que corríamos contra o tempo. Sinto seus lábios se afastarem e bem devagar ela abre os olhos esperando a minha resposta.
- Não seria eu quem deveria estar fazendo o pedido? – Indago. Ela ergue a sobrancelha curiosa, eu sei que não é a resposta que ela espera. Principalmente de uma pergunta tão importante para um relacionamento. E no nosso então tinha uma relevância ainda maior, não apenas por tudo que aconteceu, mas sim por que o nosso relacionamento não foi algo habitual como os outros e essa diferença fazia com que esse pedido ganhasse um peso maior e o fato de ela estar me encarando também.
- Você perdeu a oportunidade. Aceita se casar comigo? – Pergunta roçando a sua boca na minha. Posso sentir nossos corações acelerados. E pra ser sincero não podia ser diferente, a Rodrigues foi a primeira a dizer que me ama sem medo das conseqüências mesmo sabendo que a nossa relação estaria acabada, não era o que eu queria um romance queria uma parceira sexual e o fato de querê-la fez com que esquecesse a separação que deveria existir de professor e aluna. Sempre assumindo os riscos, sendo forte e corajosa tomando as rédeas da nossa relação, de vez em quando sendo precipitada e maluca. E amo quando ela perde a sanidade comigo! Não somente em uma cama ou em um sofá, mas em todo resto.
- Sim. Eu quero me casar com você até hoje se possível. – Respondo. Ela sorri lindamente e me beija selvagem, com fome. Nossas línguas se enrolam e eu quero mais. Necessito de mais. Prendo seus cabelos em minha mão, precisando ter controle de algo. Mordo o seu queixo e volto a beijá-la. A verdade é que de todas as maneiras que um dia imaginei aceitando casar com alguém esse foi o pedido mais inusitado e inesperado. Mas eu tinha certeza que não podia viver sem a Lena, bem antes de ser seqüestrada pelo Ferraço eu sentia a importância que ela tem pra mim.
Caminhamos até a cama ainda se beijando, na verdade se engolindo, mas não de uma forma só sexual, podia passar a minha vida assim com a Lena descansando sua cabeça em meu peito enquanto me contava os detalhes do seu casamento perfeito. Já que perdi a oportunidade de pedi-la em casamento faria com que nosso casamento fosse da maneira que ela sempre sonhou. Tive poucas referências de casamentos que realmente deram certo. Sou um homem individualista, não queria morar juntos por que daria a impressão errada e deu quando tentei com a Soares. E não imaginava fazendo a mesma besteira pela segunda vez e estava feliz ou pelo menos achei que estava feliz vivendo sozinho, sem querer um relacionamento por estar cansado da mesmice, da rotina e de todas as coisas chatas que vinham em um. Mesmo tendo crescido em um ambiente onde meus pais sempre mostraram se amar muito, não concordando com isso, mas eu enxergava a parceria, a amizade, o carinho que ambos nutriam e como eles terminavam fazendo juras de amor no fim do dia. Não queria toda essa melação, mas quando decidisse casar o que não estava em meus planos seria com alguém que pudesse sentar e conversar sobre o meu dia ou que simplesmente fosse com alguém que eu sentisse admiração. E por sorte eu encontrei ambas coisas e pra melhorar conheci o amor. Fui apresentado a ele com a mulher com quem eu quero envelhecer e viver intensamente. Quem podia imaginar que aquela menina que subia as escadas com um vestido azul seria a mesma que faria jogar meus princípios éticos fora e questionar o meu estudo que amor é sentimento inexistente apenas psicológico. E agora que eu sinto afirmo que não há sensação melhor. Saio do desvaneio quando sinto o celular vibrar em meu bolso, olho para Milena e está dormindo. Levanto-me com todo cuidado para não acordá-la e vou atender o telefonema na ala que é a sala. Tiro o celular do bolso e atende de imediato.