Capítulo Quatorze: Primitivo.

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Henrique Winter...

Com certeza ver a cena da Rodrigues com o Rosenberg não foi nada agradável. Principalmente quando ele estava brincando com a caneta por seu pescoço e nuca. Minha vontade era de tirar ela dali, ela não devia estar abraçada a ninguém.Tentei evitar encarar, mas não conseguia. O que estou fazendo é só um abraço, mas meu instinto gritava para que ela se afastasse, por que ela não veio para tirar as duvidas também ao invés de ficar ali abraçada com o Rosenberg. O sinal tocou e ela começou a arrumar a bolsa para sair e eu fiz a mesma coisa ignorando cada uma das alunas que pegaram a minha mão enquanto me davam tchau. Olhei mais uma vez para onde ela se encontrava e estava à espera da Oliveira. Mas o que aconteceu foi o que fez com que eu quisesse matar o Rosenberg. E eu vir vermelho.Ele segurou a Lena pelo queixo e deu um beijo rápido em sua boca. Fechei as mãos em punho usando todas as minhas forças para que eu me mantesse parado. Ela o empurrou e deu um tapa de leve que não deve ter doido nada.

- Minha baixinha. – Disse ele a abraçando. Naquele momento sentir uma raiva sem tamanho.

- Até que vocês fazem um casal bonito! – Exclamou a Cecília abraçado ao Nogueira. Fiquei ali olhando a cena da minha frente.

- Não faz não a Lena vai ser minha cunhada no futuro. – Falou a Marina puxando a Rodrigues  para ela. Era muita coisa acontecendo em um minuto, sair da sala.

Minha, Minha. Minha...

Tudo que eu conseguia pensar era isso, que a Lena é minha e não vai ser a cunhada da Oliveira nem sobre o meu cadáver e o Rosenberg seria a ultima vez que ele tinha tocado no que é meu. Fui para minha sala e peguei minhas coisas arrumando. Tinha que sair dali estava furioso. Sabia que tinha que ir para casa esfriar a cabeça, mas precisava conversar com a Rodrigues, por bem menos ela me mandou ir à merda! Fui para o estacionamento precisava realmente ver a Rodrigues. Passei pelo ponto onde ela deveria estar, mas não estava que porcaria será que ela já tinha ido para casa? Como não tinha escolha eu iria até lá.

Passei o caminho inteiro pensando na porra daquele beijo. Tinha deixado claro que queria exclusividade e no mínimo esperava a mesma coisa dela, não o que tinha acabado de presenciar. Quantos homens estavam querendo o que é meu? O pior de tudo é que não estava conseguindo me conhecer não me considero um homem ciumento na verdade não sou um homem ciumento só estou reivindicando o que é meu. E a Rodrigues é minha. Enquanto a gente tivesse nisso não queria que isso se repetisse nunca mais. Parei em frente do prédio que ela mora e peguei meu celular e por ironia do destino tinha uma mensagem dela.

"Desculpa pela marca no pescoço, não tive a intenção."

Era só por isso que ela estava pedindo desculpas um chupão que eu não reclamei, uma marca que mostrava exatamente o quanto estávamos entregues quando ela gemia pedindo por mais, isso era o menor dos problemas.

"Estou no lado de fora do seu prédio, preciso falar com você."

Mandei a mensagem esperando uma resposta. Sabia que não podia subir, ela não morava sozinha e tinha certeza que ela não tinha contado sobre a gente pra ninguém. Então cabia a mim ficar aqui esperando, quando a vir vindo em minha direção, seus cabelos estavam soltos e pareciam molhados usava um vestido de algodão justo em seu corpo, estava impecavelmente linda. Destravei o carro e nunca fiquei tão ansioso para que ela se aproximasse. Ela abriu a porta do carro e cheirava a loção de banho que misturada a sua pele davam um aroma único. Um aroma só dela, se sentou no banco ao meu lado.

- Admito que estou... – Não deixei que ela terminasse a frase a puxei para mim beijando a sua boca, eu precisava disso, precisava sentir que ela é minha. Provar que ela é minha. Sentia sua língua responder a cada anseio, a cada necessidade que eu empunho. Suas mãos adentraram pelo o meu cabelo me puxando para ela.Nossos lábios se afastaram e não consegui me afastar.

G.É.L.I.D.O.Onde histórias criam vida. Descubra agora