Puxei a Rodrigues a colando na parede e pressionando o meu corpo no dela. Sua respiração ofegante muito distinta da minha. Puxei seu cabelo fazendo com que ela me olhasse, soubesse o quanto estava exasperado. Preocupado. Curvei-me em sua direção tomando sua boca mostrando toda agonia que eu estava sentindo, pressionei meu quadril contra o seu corpo, mostrando o controle que ela tem de mim. Sua língua respondia na mesma medida enquanto gemíamos um na boca do outro, como se todo contato ainda fosse pouco. Queria de alguma forma amenizar tudo que estava explodindo dentro de mim, as sensações que eu ainda estava tentando controlar. Suguei seu lábio a puxando para dentro de casa. Antes que retomamos com qualquer coisa, queria conversar. Queria entender o que havia trago até aqui. Por mais que isso tenha me deixado muito satisfeito a curiosidade e a vontade de querer deixar claro algumas idéias que se encontraram insistente.
- Henrique está tudo bem? – Perguntou assim que paramos na sala. Não estava nada bem. Não pra mim, pelo menos não ainda.
- Eu te liguei mais cedo e o irmão da Oliveira foi quem atendeu o seu celular. – Disse de uma única vez. Já deixei bem claro que odeio enrolação. Não tenho paciência para esse tipo de argumento, e tenho algumas coisas em mente para fazer com a mulher a minha frente.
- Estava no banho e no quarto da Mari tomei um susto quando o encontrei lá parado me esperando para que pudéssemos conversar. – Respondeu. Imagino muito bem no que ele estava interessado de conversar, e pensar nisso agora não me ajudaria. E a vontade de trucidá-lo só aumentou.
- Você saiu do banheiro e ele te viu só de toalha? - Perguntei. Isso tinha acabado de me irritar ainda mais.
- Você se apega demais a detalhes! - Exclamou com humor na voz, tentando deixar o clima leve, mas isso não é momento.
- Talvez seja por que eu sou Psicólogo. - Respondi mostrando que não estava querendo mesmo melhorar o meu humor, se bem que estou aliviado por ela está aqui. Eu sei que estou sendo egoísta em pensar nas minhas necessidades em cima da dela, mas se ela está aqui quer dizer que elas se coincidem.
- Talvez. - Concluiu percebendo que eu não estava inclinado para o humor.
- Como foi a conversa com ele? – Indaguei. Ela se sentou no sofá, acho que percebendo que a nossa conversa seria longa. E eu esperava que não fosse tão extensa.
- Foi boa, ele entendeu e não fez caso como achei que iria fazer. Foi bem adulto pra ser sincera. – Ressaltou. Então ele havia entendido tudo muito bem. Que ela não estava interessado nele. Desistiu fácil demais pra quem queria.E isso não estava me cheirando a algo bom.
- Simples assim? Você saiu do banheiro e falou que não queria mais nada com ele e rapidamente o mesmo entendeu? - Perguntei realmente curioso.
- Bem, na verdade eu pedi pra ele se retirar do quarto e eu me vesti, ele me falou que você me ligou e fui até o quarto dele, mas não entrei conversamos na porta e sim ele entendeu. - Contou como se não fosse nada demais.
- Em minha vasta experiência ninguém desiste do quer, exceto se não queria tanto assim ou por que acha que vai conseguir de alguma forma. No qual ele se encaixa? - Indaguei a encarando. E tentando o máximo me manter racional.
- Ele não me quer tanto assim. E mesmo se quisesse não muda nada por que está bem mais que claro que eu quero você. - Afirmou. Discordava da primeira parte, a maioria dos homens levam um não para o lado pessoal. E duvidava que ele fosse exceção. Ouvir ela dizer que me queria me deixou um pouco mais tranquilo.
- Não me leve a mal, mas por que está aqui? – Perguntei. Sabia que podia soar um pouco rude, mas estava curioso. Ela estava aqui usando roupas de dormir queria saber o que havia se passado.