Sobrevivi a aula do meu marido. Mesmo que babando.
E agradeci mentalmente quando chegou a hora de irmos pra casa, recebi os parabéns dos professores pelo casamento. Apesar dos cochichos e olhares estranhos tudo ocorreu muito bem. Tudo que eu queria era chegar em casa e poder agarrar o meu marido muito, depois do dia de hoje tudo que eu preciso é do seu abraço. Nem percebi quando a Mari foi embora, assim que terminou a aula do Winter juntou as coisas e saiu, confesso que fiquei preocupada, com certeza aconteceu algo muito grave para ter feito algo do tipo. Peguei o celular ligando para o Henrique, mas só estava caindo na caixa, o que me fazia ter certeza que ele já está em casa. Não perco tempo e faço o mesmo, ligo o som e começo a cantar no percurso de volta.
Assim que entro dentro de casa sigo para sala o único cômodo que está com a lâmpada acesa e me deparo com ele sentado confortavelmente no sofá enquanto toma uma taça de vinho, a garrafa está em cima da mesinha juntamente com uma taça vazia, assim que me ver preenche com o liquido roxo. Tenho que admitir ele é muito lindo e todinho meu, a certeza disso me faz sorrir. Vou em sua direção me sentando ao seu lado.
- Boa no... – Antes que conclua a frase, sua boca já esta na minha, chupando a minha língua, gemo sem pudor nenhum sentindo meu corpo começar a pegar fogo. Deslizo minhas mãos para seu cabelo o trazendo ainda mais pra mim, ele mal me tocou e eu já quero que nossas roupas estejam longe. Ele se afasta dando um selinho. Ainda estou atordoada com esse beijo, aproveito e me encosto em seu ombro. O Winter me entrega a taça de vinho e dou um gole bem generoso depois do dia de cão que eu tive eu mereço mesmo relaxar.
- Boa noite minha anjinha! – Exclama ele passando a mão em meu braço, mesmo em cima do suéter consigo sentir seu toque perfeitamente. – Como foi com a sua mãe? – Pergunta. Respiro fundo dando mais um gole. Fico me perguntando por que a minha mãe não pode ser normal como as outras, que se preocupam, que torcem para sua felicidade, simplesmente é egoísta sempre querendo que a sua vontade prevaleça. Queria seu apoio incondicional, uma pena nunca ter tido.
- Conversamos e eu desejei que ela fosse feliz com o Samuel. Talvez ninguém entenda, mas não quero ser como ela. Não aceitei essa relação, mas não quero me intrometer na vida dela como fez com a minha. – Conto. Se fosse outras circunstâncias eu entenderia, se tivesse me contado tudo que aconteceu eu não a julgaria ninguém é santo, mas chegar ao ponto de me enganar, de querer me fazer voltar pro inferno que eu vivia e ela sabia isso é imperdoável. Mesmo sendo a minha mãe é algo da qual eu não consigo superar. Por mais que me esforce.
- Você fez bem em não agir da mesma maneira que ela tenta agir com você, isso é superioridade. – Responde ele. Sorrio em saber que tenho seu apoio, que ao invés de me julgar estar aqui me abraçando, me mostrando que eu sempre posso confiar nele, por que além de tudo nos respeitamos e é muito bom ter alguém que te respeita do lado que procura sempre entender o seu lado, que te levanta quando o mundo te coloca pra baixo e não me importo com que acontece lá fora, apenas o que acontece com ele.
- Quero virar essa página. E sei muito bem quem pode me ajudar com isso. – Falo brincando. Posso sentir seus lábios se curvarem em um sorriso, levanto o meu rosto confirmando. Que marido safado eu tenho já está pensando em safadezas, se bem que eu também não fico muito atrás em relação a esse fogo que nos emana.
- Quem pode não, quem vai te ajudar. – Afirma. Ele me pega me colocando em seu colo e aproveito para sentir o seu cheiro bom, sou viciada em seu cheiro, sou viciada nele. Bebo todo o liquido em minha taça a colocando em cima da mesinha, e faço o mesmo com a dele.
- Já ia me esquecendo! Como foi na Faculdade? – Pergunto, estou curiosa para saber que tudo ocorreu bem, que não ouve nenhuma piadinha e que sua profissão não estava em risco. Ele se aproxima beijando minha testa, suas mãos vão para minha cintura por debaixo do meu suéter fazendo um carinho gostoso.