Michael Descobre seguranças atrás dele

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No dia seguinte trabalhamos normalmente, as filmagens se seguiram com tranquilidade, sem aborrecimentos

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No dia seguinte trabalhamos normalmente, as filmagens se seguiram com tranquilidade, sem aborrecimentos.

Theodoro estava cuidando da nova guarda, a segurança do local foi redobrado e desconfiava de que existia alguém me seguindo nos últimos dias. Sabia o quando Theo era preocupado com a segurança de sua família, mas para mim não era necessário então resolvi falar com ele sobre isso.

- Ocupado? - Perguntei entrando em seu escritório.

- Um pouco... - Ele erguei a cabeça para me olhar, soltou o ar com força. - Acabou as filmagens internas?

- Sim... - Me sentei a sua frente, cruzei os dedos sobre a barriga. - Amanhã começamos as tomadas fora... A prefeitura já nos autorizou a fechar a rua que vamos usar.

- Ótimo... Esse projeto está me custando alto, mas vai valer a pena. - ele sorriu contente. - Afinal de contas, quem é que não gosta de uma boa série de ação.

- De mocinhos e bandidos isso sim! - Brinquei, mas era verdade, e completei. - Dentro de uma semana e se o tempo ajudar, terminamos a primeira temporada.

- E vai... Não temos previsão de chuva... o Tempo aqui em Hollywood é estável. - Theodoro me encarou, ele sabe que não estava ali apenas para falar das gravações.

Preferi ir direto ao assunto, pois com ele não tinha como enrolar, me ajeitei na cadeira e o olhei num sorriso calmo, afetuoso eu diria, não estava afim de arrumar briga ou deixa-lo chateado com sua hiper proteção.

- Colocou seguranças atrás de mim, Theodoro?

Theodoro abaixou a cabeça e riu achando graça do modo como falei, ele me olhou divertindo-se.

- Você até parece Victória falando.

- Bem! Acho que eu e ela concordamos de que é desnecessário toda essa proteção.

- Eu não acho... Rossi não está de brincadeira. - ele pegou uma pasta, tirou um pequeno papel  e me entregou.

"Eu vou fazer da sua vida um Inferno"

- Essa letra é dele? - Apontei para o bilhete.

- É... - Theo fez uma careta chateado. - É complicado sair da vida de vilão onde eu tinha proteção de todos os lados... Agora estou vulnerável e minha família também. Outros tempos como você sabe, não precisava fazer muitos esforços, alguém o acharia e daria fim nessa história.

- Agora você é um chefe de família, pai... e ainda espera uma garotinha, então, meu irmão! Melhor esquecer o passado de vilão e continuar na linha pelo bem da sua família. - Lhe devolvi o bilhete. - Se eu fosse você, entregaria isso a polícia.

- Eu odeio ter que depender da polícia... mas você tem razão e já fiz isso, daqui a pouco alguém vem fazer seu trabalho. - Theo sorriu.

- Você não me respondeu a pergunta!

- Coloquei... e não vou tirar.

- Claro! Ou você não seria Theodoro Austin! - Rimos.

Me levantei colocando a cadeira no lugar, olhei para ele por um tempo, eu não podia dizer que o amava, mas ele sabia, e eu gostava do quanto ele me protegia, acenei para ele e segui para a porta.

- Porque não janta conosco essa noite? - Theo disse voltando ao trabalho.

- Hum! Faz tempo que não janto fora... - Abri a porta e antes de sair o olhei. - Chego as 20 horas!

- Perfeito! - Ele sorriu e me mandou embora com um gesto.

Fechei a porta rindo e já que iria jantar na casa do meu irmão, o jeito era passar no shopping para comprar um presente a August e a Stacy que logo estaria presente na família, o problema era o que comprar.

Entrei no meu carro e segui para o shopping. Enquanto procurava uma vaga, uma moça louca com um carro esportivo me deu uma fechada que tive que frear bruscamente, quase parei para discutir quando tomou a vaga que eu pretendia estacionar, mas relevei, não valia a pena.

Dei a volta e estacionei do outro lado, desci do carro e segui para dentro do shopping sabendo que existia alguém a me seguir.

Ao longe reconheci os cabelos louros da motorista imprudente, e não foi só nos cabelos que reparei, mas da forma que ela andava, rebolava e jogava os cabelos para trás. Requintada, sutil e um jeito me menina, isso me encantava. Precisava saber quem era, conhece-la, talvez seria bom abordá-la com a história de que pegou a minha vaga do estacionamento.

Sorri para mim e ela entrou numa das lojas, observei atentamente parando em frente a vitrine. Ela era realmente linda, não imaginava o quanto aquela mulher abalaria a minha estrutura, coloquei as mãos na cintura e não tirei os olhos dela, foi quando parou a minha frente do outro lado da vitrine, olhar perdido, parecia triste, longe, mantive os olhos nela até que percebeu que eu a olhava, não sei direito o que aconteceu, mas saiu da loja calmamente assim como entrou. Não resisti e a segui até o banheiro, dando um tempo curtíssimo na porta e entrei ao observar de que não tinha ninguém lá dentro, apenas ela. Não esperava o tapa que recebi e uma fúria e desejo veio com tudo, agarrei aquela mulher como nunca agarrei outra em minha vida.

MATA-ME DE PRAZER - TENTAÇÃO (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora