Theodoro e "um Mal dia"

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 Theodoro

Havia se passado praticamente 40 dias depois do jantar que Sarah deu no apartamento de Michael. Finalmente voltamos as boas e o trabalho ficou até mais animado.

Hoje ele não viria para a empresa, O quarto do bebê seria colocado o papel de parede e Michael queria acompanhar, pois segundo ele me informou, Sarah não tinha conseguido decidir por qual motivo colocaria na parede, a cor sim estava definida, um creme com faixa marrom com desenhos de ursos, se vai ter panda eu não sei.

não toquei mais no assunto Sarah e seu ex, sabia que tudo estava correndo bem com a separação e nos últimos tempos dispensei os seguranças que seguiam o tal Jason, eu tinha medo que ele fizesse algo contra meu irmão e eu não iria suportar perde-lo mais uma vez.

Mandei mensagem para Victória para combinar de almoçarmos juntos, pretendia pega-la no escritório e ir até um Sushi Bar, estava calor e uma comida fria seria o ideal para este dia.

- Sr. Austin! - Avallon entrou no meu escritório trazendo algumas papeladas. - Chegou uma intimação da receita. - Ela me estendeu a intimação, franzi o cenho achando aquilo estranho.

- Já transmitiu a cópia para o meu contador e advogado? - Perguntei abrindo a intimação.

- Sim, senhor! Os dois já me responderam que receberam. - Avallon apanhou as pastas assinadas e colocou outras no lugar. - O pessoal para o novo elenco estará aqui as 15 horas para a reunião. O Diretor Willian deseja conversar com o senhor antes da reunião, pediu para marcar um horário.

- Marque as 14:30, não quero me demorar com ele. - Torci a boca depois de ler a intimação. - Mal dia! - soltei baixo.

- Pretende almoçar aqui?

Encarei Avallon e sacudi a cabeça em negativa.

- Pretendo... - Olhei no relógio. - Sair daqui dentro de trinta minutos para me encontrar com a Sra. Austin. Almoçarei por lá.

- Muito bem. - Avallon colocou as pastas debaixo do braço. - Precisa de algo?

- Não! pode ir... Vá almoçar e esteja aqui as 14horas, não quero deixar o escritório as moscas já que Michael não vai estar hoje aqui.

- Sim, senhor! - Avallon deu as costas e saiu.

- Há, Michael! quantas vezes já pedi para prestar atenção no imposto de renda. - Falei rosnando para mim mesmo. - Cuido disso depois.

Me levantei, eu sei que devia sair dentro de trinta minutos, mas eu podia sair antes e fazer uma visita a Victória, ter meus vinte minutos com ela e depois almoçar faminto.

Apanhei o paletó de dentro do armário, o vesti, ajeitei minha gravata de frete para o espelho e sai.

- Eu dirijo... Aproveite para almoçar e se distrair. - Falei ao motorista.

- Tem certeza, senhor? - Crowell, meu novo motorista novo.

Apanhei a chave de sua mão e não respondi, entrei no carro e saí, deixando o senhor atônito o pátio do Studio. Sei que ele estava tentando ser o mais profissional possível, mas uma coisa que eu detestava era ser questionado no que eu queria fazer.

Por anos na minha juventude e adolescência, tive que viver sobre regras de meu pai, eu não podia respirar um pouco mais forte que era motivo para um castigo. De repente uma lembrança veio a minha mente, a noite em que ele me apresentou a nova madrasta, eu não quis comer o risoto que ela havia feito, aquilo fedia a queijo gorgonzola e eu odiava esse queijo. Papai mandou que eu comece, mas não consegui, me dando ânsia ao sentir o cheiro. Até hoje sinto o bofetão que ele me deu, que me levou ao chão, escorregando pelo piso muito bem encerado, o gosto metálico do sangue na boca.

Apertei o volante, estralando meus dedos, aquilo me revoltava só de lembrar. Então algo bateu violentamente no meu carro, quebrando o para-brisa do meu carro, pisei no freio violentamente para parar, eu não sabia o que tinha acontecido e desci do carro para ver, coração acelerado, as pessoas se juntavam próximo a mim, eu nem havia percebido, mas estava quase de frente ao escritório de Victória, então escutei.

- Ele a atropelou! - Aquilo foi um choque, eu não vi nada.

Olhei para o lado, procurando quem havia sido o infeliz a ir parar no meu para brisa, voei ao chão tentando tocar naquela mulher que gemia, inerte, olhos pregado em mim.

- Sarah?

Olhei para aquelas pessoas que se aglomeravam, aquilo me trouxe um pavor, um ódio tremendo por não fazerem nada. Olhei para Sarah, tirei seus cabelos do seu rosto.

- Não se mexa, vou chamar uma ambulância. - disse tirando o celular do bolso. - Preciso de uma ambulância...

Simplesmente não consegui lembrar o nome da avenida que eu estava, a policial pediu para eu deixar o celular ligado para que localizasse o local onde eu estava. Sarah balbuciava algo.

- Vai ficar tudo bem... Não dorme... - Pedi tentando escutar o que ela tentava dizer. - Sarah! Fique acordada...

Policiais chegaram, havia muita gente no local, olhando aquela cena horrivel, tirando fotos, isso era deprimente e revoltante, a Ambulância também chegou, logo começaram os procedimento de primeiro socorros, o policial se aproximou de mim para tomar o depoimento, eu não sabia o que dizer, eu queria apenas que Sarah ficasse bem, ele fazia as perguntas, mas não as respondi. A colocaram na maca as pressas, colar cervical, ela estava imóvel, parecia muito mal, meu coração estava acelerado, até que o policial que a acompanhava, se inclinou para escutar o que ela falava então, ele me olhou e o outro me algemou, dizendo que eu estava preso por tentativa de homicídio.


***
Minha nossa!
Theodoro Austin cometeu uma infração de transito e acabou atropelando a pessoa menos improvável que estaria em seu caminho.
E agora?
Como será que vai ficar Michael com tudo isso? E Sarah? será que ela sairá bem desta?

Aguardem os próximos capitulos!!!

Bjokas

MATA-ME DE PRAZER - TENTAÇÃO (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora