Sarah procura Theodoro

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Sarah

Eu tinha ficado muito incomodada com a discussão que tive com Theodoro Austin, mas ver a tristeza de Mike por ter brigado com o irmão era demais pra mim então resolvi que precisava tomar uma atitude quanto a isso. O que aquele "Um" achava que era pra magoar o meu Michael e ficar por isso mesmo.
Fiquei remoendo o que devia fazer e passado alguns dias da cena em seu estúdio, resolvi que precisava por as cartas na mesa com aquele homem.
Theodoro costumava aparecer sempre na construtora para visitar Victoria, mas desde a nossa discussão ele evitava passar pela recepção tomando a entrada alternativa.
Então quando o porteiro anunciou que Theodoro estava subindo,eu simplesmente invadi o escritório de Victoria e sentei-me em seu sofá para esperar meu cunhado.
Logo ele adentrou a sala e parecia tão surpreso quanto irritado em meu ver.

- Sua esposa deve estar aqui em dez minutos. Ela saiu pra ver um cliente mas já está a caminho! - justifiquei e respirei fundo antes de prosseguir. - Eu vim até aqui porque tenho de falar com você.

- Não temos nada pra falar... - Ele se sentou na cadeira de Victória me olhando com desdém.

- Temos sim! Há três dias o senhor me ofendeu... portanto acho que pra se retratar deva ao menos me ouvir e dar o benefício da dúvida.

Represei o ar enquanto falava para evitar o tremor na voz que denunciava quando eu estava nervosa.

Ele gargalhou alto se curvando para trás.

- Do que está rindo, Sr Austin? - Soltei o ar numa lufada. - Eu disse algo engraçado? Creio eu que não!

- Me retratar? - Ele voltou a rir. - Você mesmo admitiu ser uma vadia... No que quer que eu me retrate? Eu não vou ficar aqui tentando convencer um idiota pedante e preconceituoso de que eu sou a mulher certa para o seu irmão. Mas,gostando ou não de mim,Theodoro! Você vai ter que aceitar que Mike e eu estamos juntos, e que eu o faço feliz!

- É melhor você calar a boca antes que te jogue desta janela. - Ele me olhou de uma forma raivosa. - Quanto ao meu irmão... Não te diz respeito. Eu sou capaz de resolver meus problemas com ele assim como ele comigo.

- Não, você não é! Eu só vim até aqui falar com você, porque desde que se desentenderam o Mike está triste e distante e eu detesto vê -lo desse jeito. Você é a única família do Mike e ele precisa de você.

Theodoro ajeitou o paletó soltando o ar com força, achando aquela conversa um saco, ele me olhou debochado.

- Está querendo nos aproximar? É isso?

- Estou querendo que você converse com o Mike! Que engula o seu maldito orgulho ao menos uma vez na vida e aja como um irmão. Eu não quero e não preciso que você goste de mim,Theodoro! Mas, o Mike precisa de você...

Theo desviou o olhar para a janela e se calou por um instante.

- Como eu já disse, você não precisa gostar de mim, mas parece que vamos ter de começar a conviver juntos, já que eu não vou abrir mão do seu irmão. Então eu quero propor uma trégua.

Theodoro me olhou cruzando os dedos acima do meio, seu olhar era de alguém curioso e creio que havia conseguido a sua atenção.

- Eu também não gosto de você, mas gostaria de ter um convívio pacífico. Então, eu quero convidar você e a sua família pra jantar comigo e Mike em nossa casa!

Theodoro ergueu uma das sobrancelhas e a porta se abriu, Victória olhou para nós dois, Theo tinha os olhos fixos em mim.

- Algum problema aqui? - ela indagou. - Não, nenhum! - emendei com um sorriso. - Apenas estava dizendo ao Theodoro que o Mike está muito mal com o distanciamento entre eles e eu quero oferecer um jantar pra que eles possam... conversar!

Theodoro manteve a sobrancelha levantada, olhando para Victória como perguntasse se deveria ou não aceitar.

- Acho uma ótima alternativa! -Seria um prazer recebê-los e tenho certeza de que Mike ficará imensamente feliz.- E quando será esse jantar? - Victoria sorriu animada com a idéia. 

- Vai depender da disponibilidade de vocês!

- Amanhã está ótimo, não é, Sr Austin?

Theodoro revirou os olhos girando a cadeira para a janela.

- Vamos lá... - Ele disse baixo.

- Obrigada por aceitarem! Com licença! - voltei-me para Victoria e sussurrei. 

- Obrigada! - Não há de quê! - ela retribuiu também com um sussurro antes de eu me retirar.

MATA-ME DE PRAZER - TENTAÇÃO (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora