Michael vê o jornal

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Michael

No dia seguinte, depois do nascimento da pequena, pude ter 15 minutos com Sarah no C.T.I., confesso que fiquei impressionado com o inchaço em que ela vivia naquele momento. Não contive as lágrimas e o meu peito ficou apertado pelo seu estado. Me culpei por ter me aproximado dela, a feito minha, hoje, talvez ela não estivesse naquele estado.

Ao sair dei de cara com os pais de Sarah, sua mãe como sempre, fazendo acusações. Diane tinha que manter a calma para que não transformasse aquilo em um circo, um vexame. Sarah e a minha filha não merecia.
Não saí do hospital, eu queria ver a minha pequena o quanto antes. A madrugada foi fria, difícil e angustiante.

Yumi apareceu, me deu uma bronca sútil, trouxe um casaco para eu vestir e uma muda de roupas limpas. Só iria para casa mais tarde quando vise a bebê e mais uma vez a Sarah.

Acordei às 7horas com alguém me cutucando para acordar.

- A pediatra deixou que entrasse na neonatal para ver sua filha. - Disse a enfermeira sorrindo amável.

- Há! Claro. - Me levantei rapidamente e a segui passando as mãos no rosto.
Entramos no local onde havia várias incubadoras, a terceira era a minha menina.
- Olha só para você! - olhei aquela menina muidinha.

- Qual será o nome dela? - Perguntou a enfermeira olhando para mim.

- Eu não sei! Sarah e eu tínhamos visto nomes para meninos... Não imaginávamos que seria uma menina. - Sorri desconcertado.

- De um nome ou um apelido. - Ela deu de ombros.

Olhei para a pequena, coloquei minha mão pelo vão aberto e toquei em sua mãozinha.

- Viu chamá-la de Angel... - Sorri. - Meu anjo!

Foi uma visita breve a neonatal, não pude pegá-la, mas na hora da visita, eu poderia segura-la.
Saí de lá com a esperança renovada, agora sentia que Angel seria uma fagulha para Sarah se recuperar logo.
Ao chegar em casa, Yumi veio me recepcionar estendendo o jornal para mim.

"THEODORO AUSTIN
VITIMA OU ASSASSINO?"

Abri a boca completamente embasbacado que aquilo havia vazado. Me sentei e li a matéria, ao terminar olhei para Yumi.

- Ele será transferido para uma clinica psiquiátrica.

- Você não pode virar as costas para o seu irmão. - Disse ela. - Não acho que Theodoro faria algo horrível assim.

Olhei para as minhas mãos, eu sabia o quanto ele poderia ser cruel.

- Não fique aí calado... Faça alguma coisa, homem.

- Tudo bem... - me levantei. - Vou tomar um banho rápido... 

Deixei a sala com Yumi tentando me fazer voltar atrás.

Entrei no quarto, mandei mensagem para Victória.

" PARA ONDE THEODORO VAI SER TRANSFERIDO? "

"CONSEGUI QUE ELE SEJA MANDADO PRA CASA"

Victoria respondeu e logo em seguida meu telefone passou a tocar, era ela ligando.

- Oi, Vick! - Disse chateado. - O que está acontecendo?

- Theo está surtando... Mike, por favor... Não o abandone!

- Quando ele estará em casa? - Droga, agora eu tinha mais um para me preocupar.

- Já está a caminho!

- Estou indo para a sua casa... - Me enchi de coragem. - Até mais, Vick!

- Obrigada Mike!

- Tá... - Soei e desliguei o celular.

Eu precisava de um banho urgente. Arranquei a roupa, entrei debaixo do chuveiro e tomei um Banho rápido.

Vinte minutos depois estava descendo para a garagem para ir a casa de Theodoro.

Fui as peças para a casa do meu irmão, ao entrar no jardim a ambulância estava parada, encostei o carro e desci rapidamente.

- Boa tarde... - Passei pelos policiais e entrei na casa.

- Victória? - Parei ao seu lado.

- Mike! - ela pareceu imensamente aliviada em me ver e me abraçou. - Ele está apático, não troca uma palavra comigo! Obrigada por vir! Theo precisa de você!

- Está no quarto? - Acariciei seus cabelos.

- Está! Tem uma junta médica com ele! Sei o quanto se preocupa com o Theo, sei que por inúmeras vezes tentou convencê-lo a me deixar, por achar que eu seria a sua ruína. Obrigada por não esquecer quem ele é, Mike!

- Eu não sei o que está acontecendo com ele. Eu vou tentar conversar com ele, ok? - Sorri amável. Né desculpe... Eu não a conhecia bem.

- Conhecia sim! - Victoria deu de ombros. - E por isso você tinha medo! Mike, ele não fez aquilo com a Sarah!

- Eu sei... Pode ter sido involuntário. Vamos esperar o laudo.

- Talvez, nem isso! - O tom de Victoria foi misterioso.

- Eu sei que fará o melhor para descobrir antes mesmo da polícia. Quanto a mim, tenho que cuidar de um bebê até Sarah acordar e se recuperar totalmente... - puxei o ar pelos dentes.

- Você sempre vai poder contar com a minha ajuda, Mike!

- Obrigado! - apontei para a escada. - Vou vê-lo.

- A casa é sua! - ela concordou.

Sorri amável, dei um beijo em seu rosto e subi para ver Theodoro.


MATA-ME DE PRAZER - TENTAÇÃO (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora