43: Quer Namorar Comigo?

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Duas semanas haviam se passado desde da ação de graças e aquele tempo havia discorrido de forma normal, ninguém suspeitou do que eu havia feito, o que foi bom, Elliot pensou que ele havia resolvido o problema de Léo e os seguranças foram embora.

Isaak pediu desculpas por ter me dito aquelas coisas, não que ele precisasse, como eu pensei, ele tinha toda razão e por isso me mantive longe de Gabriel Taylor durante aquelas semanas, por mais que fosse muito bom vê-lo toda noite na pista correndo, livre e feliz.

Naquela quinta-feira em particular ele estava correndo como nunca, saia de uma corrida e logo entrava em outra, eu ainda não havia entendido o que estava acontecendo até Isaak pegar o microfone, ao final de uma das suas corridas.

- Boa noite pessoal, como nós sabemos hoje é o aniversário do meu irmão. - as pessoas bateram palmas e gritaram - E também já devem ter presumido que é por isso que ele ainda não saiu dessa pista hoje.

Percebi que algumas pessoas começavam a sair da pista e os amigos de Gabriel a entrar. Depois disso trancaram os portões de entrada.

Gabriel estava indo em direção do portão, mas assim que fecharam ele, ele voltou em passos apressados tentando chegar até o carro.

- Não adianta mano, nós pegaríamos você de todo modo.

Os amigos deles começaram a correr atrás dele com garrafas de bebida, Gabriel até correu, mas não conseguiu escapar e acabou levando um banho. Eu sorri, aquilo parecia ser uma espécie de tradição para eles.

- Parabéns Gabe! - Isaak disse.

Gabriel apenas sorriu e levantou o polegar para o irmão, como se dissesse "Beleza, vai ter volta"

Depois disso ele e os amigos saíram da pista e as corridas retornaram. Eu fiquei os observando e pensando na minha conversa com Barkley naquele dia.

- Tudo isso que você me contou, bem, é uma problema e tanto.

- É, mas você não pode contar para ninguém, não é?

- Mesmo que eu pudesse não contaria.

- Qual sua opinião?

- Primeiro quero saber a sua.

- Sei que fiz algo ruim, mas foi necessário.

- E por agora está tudo bem, mas e quando você tiver que trair seu irmão? E se não conseguir fazer?

- Eu vou fazer, independente do que seja, não vou deixar nada acontecer com Charlie.

- Se vai fazer isso com seu irmão, é que vai precisar não ser mais dependente dele.

- Não vai falar para eu chamar a polícia ou algo do tipo.

- Lucinda, a gente pode trabalhar com o que a gente tem, eu tenho você, então eu sei o que pode dar resultado e o que não pode, e quanto a fazer as coisas mais óbvias como solução, você não é assim.

- Que frio. - brinquei.

- De todo modo, eu quero falar sobre outro ponto. Gabriel.

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