Hall

33: Ele O Matou.

● Ponto de Vista de Gabriel Taylor.

- Eu acho melhor você não ir - ouvi a voz de alguém dizer. - É perigoso e você está machucado.

- Não é você quem decide isso. - ouvi Jace.

Meu corpo inteiro doía, minha cabeça parecia que estava prestes a explodir. Eu abri os olhos e vi Jace e outros caras conversando. Eu estava amarrado em uma cadeira.

- Que bom que você acordou, Gabriel.

Olhei para ele que estava com um olho roxo e a boca cortada. Pelo menos eu tinha o prazer de olhar para ele daquele jeito.

- Se vai me matar, faça isso logo. - falei.

- Não. - ele veio mancando até mim. - Não vou fazer isso porque eu fiz uma promessa a Lucinda no dia que estive no apartamento dela. Eu devo mostrar que sou um homem de palavra, não devo?

- Você não vai achá-la.

- Eu já a achei. - ele afirmou. Eu o encarei surpreso. - Devo admitir que a policia fez um ótimo trabalho em esconder ela de mim, mas eu deixei uma equipe bem qualificada para cuidar dela.

- Você pode me matar e finalizar isso. - insisti.

- Você realmente acha que eu não vou compensar o que você fez? - ele apontou para o seu rosto. - Eu avisei a você Gabriel, avisei a vocês dois, que se tentassem algo eu os faria pagar por isso. Então agora eu vou buscar Lucinda para nós podermos começar.

Eu me debati na cadeira, mas em vão, eu não iria conseguir me soltar.

● Ponto de Vista de Lucinda Hall.

Nós fomos para um hotel bem precário afastado da cidade, eu fiquei dentro de um quarto com vários outros policiais, que estavam tanto dentro quanto fora do quarto. Eu estava sentada na cama em silêncio, estava me concentrando para não surtar, eu estava preocupada com todo mundo que havia ficado longe de mim, com minha família, e Gabriel e Charlie, eu perguntei aos policiais se tinham notícias, mas não me deram nenhuma informação. Eu só fiquei com os olhos fechados respirando fundo, tentando ser otimista e acreditar que tudo estava bem. Eles iam ficar bem. Eles iam ficar. Eles iam ficar bem. Eles iam ficar bem. Eles iam ficar bem. Eles iam...

Ouvimos um barulho estranho do lado de fora, e todos os policiais puxaram as armas.

- Aguardem - sussurrou a policial.

Todos aguardaram enquanto ela ouvia algo no ponto.

- É seguro - ela disse por fim - Podem abrir.

Assim que o outro policial abriu a porta, meu coração deu um pulo. Eu me levantei da cama, fui até Charlie e o abracei.

- É tão bom ver você. - falei.

- Eu os convenci a me trazer até você - ele explicou. - Não queria que ficasse sozinha.

- Você tem notícias para me dar da minha família?

- Estão todos bem, e seguros. - ele sentou na cama e me puxou para sentar junto com ele.

- E o Gabriel? Ele foi preso?

Ele me encarou.

- Sim, sim. - respondeu.

Eu olhei para ele por alguns segundos, e me levantei.

- Você está mentindo!

- Lucinda...

- Não! - exclamei. - Diga agora onde está Gabriel!