31: Nosso Pior Pesadelo.

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Ponto de Vista de Isaak Taylor.

9 MESES ATRÁS...

     - Ele ainda não consegue aceitar que não pode dirigir. - disse Lucinda.

     - Eu posso dirigir. - Gabriel reclamou na poltrona.
    
     - Não segundo seu médico! - ela brigou.

     - Desde pequeno ele é assim, Lucy, nem adianta. - contei - O trabalho que está tendo agora é o que a tia Nora teve por muito tempo.

     A recuperação de Gabriel estava sendo difícil, tendo em vista que ele nem mesmo dava a oportunidade dela acontecer.

     - Eu já cansei de bater cabeça. - reclamou Lucinda. - Não achei que viraria mãe tão cedo.

     Eu e Gabriel rimos.

     - Mas você está indo bem. Ainda não sei como conseguiu mantê-lo aqui por uma semana.

     - Ela me ameaça. - Gabriel acusou.

     Eu continuei a rir.

     - Isaak, sabe que odeio não dirigir. Desde que eu saí do hospital, a todo lugar que eu vou é a loira que me leva, isso é ridículo.

     - Vamos fazer uma aposta, então. - falei. - Quero que levante daí, ande até aquela porta e volte a sentar. Tudo isso rápido, sem parar e sem parecer que está com dor. Se fizer isso, Lucinda te deixa dirigir.

     - Ah, essa eu quero ver. - Lucy cruzou os braços ao meu lado.

     - Tudo bem. - disse Gabriel.

     Ele se levantou, andou até a porta e sentou novamente na poltrona.

     - Pronto. - ele falou.

     Lucinda sorriu e foi até ele.

     - Quero te ver fazer isso de novo. - ele não disse nada. - Se está tão bem, consegue fazer isso duas vezes.

     Ele balançou a cabeça em negação.

     - Por que não? - ele olhou para ela. - Será se é porque quase morreu para fazer essa ação tão rápida? Eu posso checar? - ela levou a mão na direção de suas costelas.

     - Pare. - ele se esquivou  e finalmente soltou um gemido de dor. - Você é cruel.

     - Gabe, você está sendo retaliado. - provoquei.

     - Você acha que eu não sei?

     - Você quer deitar agora, não quer? - Lucy perguntou para ele.

     - Sim.

     - Eu te ajudo. - falei.

     Gabriel se apoiou em mim e fomos devagar para o quarto.

     - Vê se não perde essa aí, cara, terei sorte se algum dia tiver uma dessas. - avisei.

     - E você está procurando?

     - E você estava?

     - Boa.

     Eu deixei Gabriel na cama e voltei para a sala, onde Lucinda estava.

     - E aí? Você não vai se mudar para cá logo? - perguntei.

     - Por enquanto, não, gosto de morar com meus amigos.

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