- E nada de data? - perguntou minha avó.
- Por enquanto, não. - respondi. - Acho que tanto por minha parte quanto da dele, nós dois sabemos que não é um bom momento.
- Ah, que pena, vou adorar ver você casada. - ela disse.
- Não se preocupe, não pretendo desistir do Gabriel. - eu terminei de tirar os bolinhos do forno. - Ele vai ter muito trabalho para se livrar de mim, e ele sabe disso.
- Que bom. - ela pegou a forma da minha mão. - Aquele rapaz, ele ama muito você.
- E eu o amo.
Ela tirou minhas luvas de proteção.
- Querida, você não quer mesmo me contar o que anda acontecendo? Eu prometo não falar para ninguém, estou preocupada com você.
- Vovó, não fique pensando nisso, é só uma fase ruim, mas que vai passar. - eu sorri. - Agora vamos terminar o jantar, antes que a missa comece. É Natal, não podemos perder, não é?
- De forma alguma.
Como de costume, fomos passar o Natal na casa da vovó, o que significava uma semana longe da tortura quase diária que eu passava com Monza. Aquilo era como respirar para mim. O Natal foi como de costume, missa e jantar, a diferença foi que como Willow e Aaron estavam casado e trouxeram seus parceiros. Nossa família ficava cada vez maior.
No dia seguinte, eu, Aaron, vovô e Samuel fomos andar a cavalo.
- Acho que vou tentar vir aqui em um primavera ou um verão. - comentei. - Não que não seja bonito no inverno, mas vai ser bom ver a grama verdinha desses campos.
- Você deveria vir. - comentou vovô - É bonito mesmo, sem falar que é época de muita fruta.
- As maçãs da macieira do vovô são boas como nenhuma outra que já comi. - disse Aaron.
- Isso é comprovado cientificamente. - vovô brincou. Ele estava em um cavalo junto com o Samuel - Vou correr um pouco com Sammy, Aaron cuide da sua irmã, não esqueça o que aconteceu da última vez.
Eu revirei os olhos rindo e ele saiu cavalgando. Sim, eu havia caído do cavalo da última vez, não foi nada sério, apenas motivo para todos rirem da minha cara.
- A culpa é de Penélope, que é muito afoita. - retruquei e fiz carinho nela. - Mas agora nós somos amigas, não é?
- Agora deu para falar com os animais, igual vovô?
- Shhh, ela pode te escutar. - brinquei e ele riu.
Nós continuamos uns bons quilômetros a frente.
- Fiz as pazes com tio Phillipe, você sabia? - comentei.
- Que bom para você, porque, sinceramente, não me vejo tendo relação com a família do nosso pai de novo.
- Eu não queria ter causado isso.
- Que bom que causou, eu estava sendo enganado. Eles são falsos, Lucy, tio Phillipe é falso.
- Não acho que Phillipe seja falso, acho que ele é uma pessoa que cometeu um grande erro e magoou muito alguém que o amava, e que demorou tempo demais para perceber o mal que tinha feito. Seu arrependimento parecia sincero, acho que ele percebeu que sua indiferença causou mais danos do que sua ações em si, e então sentiu o peso das consequências que nunca poderiam ser concertadas.
Depois que falei isso, Aaron ficou em silêncio, de início não entendi porquê, mas quando refleti minhas palavras, pude compreender.
- Eu não falei isso com intenção de...
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Hall
RomanceConcluída e sob revisão. Lucinda Hall é uma garota que cresceu com seu pai, afeiçoando-se a coisas como carros e esportes. No entanto foi nas corridas que viu sua grande paixão. Com a morte do pai, ela vai morar junto de sua mãe que cria outra famíl...