41: Uma Última Noite.

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- Eu tenho dois chaveirosinhos agora - respondi a Naomi quando ela chegou da faculdade e viu os dois seguranças de Elliot na porta.

- O que aconteceu? - ela pendurou a bolsa, o casaco e sentou no sofá.

Eu estava na cozinha fazendo uma vitamina.

- Elliot estava preocupado e colocou eles aí, perguntei se queriam entrar, mas disseram que não.

- Tá, mas por que Elliot viu necessidade disso?

- Deve ter algo a ver com o cara que tentou me matar ontem a noite.

- O que? - ela virou para mim - Como assim?

- Mataram três pessoas ontem na pista e estão colocando a culpa em mim, é uma longa história. - adiantei quando vi sua cara de confusão.

- Então querem se vingar.

- Algo do tipo, Elliot está resolvendo isso com eles - ela ficou confusa de novo - Outra longa história.

- Eu realmente não consigo imaginar como você se mete nessas coisas.

- E você não vai contar nada disso para Aaron.

- Lucy ele é seu irmão.

- Que tem me ignorado a mais de três semanas, então ele perdeu o direito de saber da minha vida.

- Tudo bem - ela levantou as mãos para cima. - Você está bem?

- Sim, eu sei o que está pensando, eu pareço aquelas protagonistas de romances adolescentes com péssimo enredo.

- Tirou as palavras da minha boca.


□ □ □

Eu andava tão rápido que esbarrava em algumas pessoas do caminho, elas reclamavam, mas eu pouco me importava, os seguranças tentavam me acompanhar. Eu tinha que chegar até o escritório o mais rápido possível, aquilo não poderia ser verdade, não podia.

- Você viu o Gabriel por aqui hoje? Eu não achei ele - perguntei a Marcus entrando na oficina.

- Você não soube? Foi ele que matou aquelas três pessoas, ele está preso.

Não, não, não, não. Eu não deveria ter acreditado nele quando disse que ficaria bem, claro que não ficaria, eles nunca ficam.

- É verdade? - perguntei a Isaak assim que entrei no escritório.

Ele estava conversando com dois caras.

- Avisem qualquer coisa. - Isaak disse por fim e eles saíram.

- Por favor, diz que não é verdade que ele está preso. - andei até Isaak.

- Calma Lucinda, ele foi preso sim, mas Jaron conseguiu um habeas corpus. Ele não está aqui porque foi aconselhado que ficasse em casa, mas ele ainda vai a julgamento.

- Por que abriu a pista hoje?

- Porque estou criando um plano para conseguir pistas que ajudem meu irmão.

- Certo, eu vou ver o que posso fazer.

- Você não deve fazer nada, fica na sua.

- Isaak, mas eu...

- Lucinda! - ele exclamou com raiva. - Eu não sei o que está rolando entre você e meu irmão, mas não está sendo bom pra nenhum dos dois. Se não estivesse namorando o dono dessa pista, não teriam como incriminar você e você não estaria correndo risco de vida. E se meu irmão não estivesse com você, não estaria respondendo por assassinato agora, ou seja, também não estaria correndo risco de vida.

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