46: Ela Voltou.

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Ponto de Vista de Florence Moore.

- Eu só queria entender como tem 10 seguranças nessa casa e nem um foi capaz de deter essa cara de entrar aqui.

- Infelizmente, a pessoa tinha muita habilidade. - um deles lamentou - Sinto muito.

- Florence, não os culpe, eles fizeram o melhor que podiam, um deles morreu. - Elliot tentou me acalmar.

Respirei fundo.

- E se eles tivessem pegado a minha filha?!

- Não pegaram, vamos reforçar a segurança. Não vão pegar.

Um homem invadiu a casa, matou um segurança e quase matou Charlie. Alguém havia quebrado o jarro na cabeça do invasor e salvado eles, e eu acreditava que havia sido Lucinda. Por isso chamei seu médico para examiná-la, já que ela estava desmaiada quando entramos no quarto.

Charlie havia levado um tiro no braço e batido a cabeça, foi levado por uma ambulância, assim como o invasor, acompanhado pela polícia.

O médico veio descendo com dois enfermeiros do quarto de Lucy.

- Foi apenas uma queda de pressão, por causa do choque com a situação. - ele explicou. - Mas se foi ela quem quebrou o jarro no invasor, então talvez haja uma alteração em seu estado, peço permissão para ficarmos aqui até ela acordar, de forma que possa avaliar o resultado da suas ações.

- Sim, claro. - respondeu Elliot.

- É melhor que alguém da família esteja lá quando ela acordar. - o médico disse. - Talvez ela fique nervosa.

- Eu fico - falei. - Elliot, vai para o hospital ver o Charlie e me manda notícias, Bob disse que está vindo para Seattle. Eu vou subir para o quarto e esperar minha filha acordar.

- Certo, e vocês todos atentos. - disse Elliot aos seguranças.

Eu subi para o quarto de Lucinda, fiquei sentada na ponta da cama, esperando que acordasse. Se ela quebrou o jarro, significa que agiu de modo ativo, será se aquilo mudaria alguma coisa em seu estado?

- Vamos lá, filha, acorda.

Assim que falei isso senti seu pé se mexer. Tomei um susto. Ela abriu os olhos, eu esperei que fizesse alguma coisa. Ela sentou na cama e me encarou.

- Mãe. - ela sussurrou.

Eu olhei para ela surpresa. Ela havia falado.

- Filha. - comecei a chorar.

- Mãe - ela repetiu e começou a chorar. Peguei sua mão.

Mas assim que isso, ela se assustou. Levantou da cama e foi para o ponto do quarto que conseguisse ficar mais distante de mim. Seu corpo tremia.

- Mãe! - ela gritou.

- Eu estou aqui filha! - falei.

- Mãe! - ela gritou de novo, parecia estar em um estado de transe.

Percebi que era melhor chamar o médico. Saí do quarto correndo e cheguei até a sala onde ele ainda estava.

- Ela acordou! Está nervosa, tremendo, chamando meu nome. - falei.

- Era o que achei que iria acontecer. - ele falou e subiu as escadas com os enfermeiros.

Ao chegar no quarto ele seguraram ela e lhe aplicaram alguma coisa. Ela voltou a dormir.

- O que vai acontecer com ela? - perguntei.

- Ela finalmente melhorou, não se preocupe, esse foi o primeiro choque com a realidade, só precisava de um calmante. Ela vai dormir por alguma horas e quando acordar vai estar mais calma. Lembre que esse é apenas o começo do caminho, ela tinha esse bloqueio psicólogo porque não queria lidar com algo, e agora que voltou, ela vai ter que lidar.

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