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Eu pensei que iríamos até um terreno abandonado, onde eles me matariam e deixariam meu corpo por lá, mas não foi bem isso que aconteceu. Nós fomos até o aeroporto, onde pegamos um jatinho particular.

- Onde estamos indo? - perguntei assim que sentei.

- Você vai descobrir. - ele respondeu.

Passou mais de um hora, isso eu tinha certeza, quando pousamos. Qual quer que fosse aquela cidade, eu nunca havia ido. Mas aos poucos, eu pude notar algumas referências conhecidas.

- Estamos em Los Angeles? - perguntei já dentro do carro.

- Sim, estamos.

Provavelmente demoramos mais dentro do carro, do que no avião. O lugar onde íamos era um tanto afastado da cidade.

O carro parou na frente de uma mansão, e lá tivemos que passar por uma identificação. Depois que entramos, apareceu outros caras armados, e mais um vez tivemos que nos identificar.

Depois que desci do carro, eles me revistaram, mesmo que um dos homens que estava comigo tenha avisado que já tinham feito isso. Eu só estava ali para morrer, não precisava daquilo tudo.

Entrei dentro da casa, e subimos para o segundo andar, onde havia uma ampla sala, e onde Hughes estava. Ele estava em uma reunião com várias pessoas, homens e mulheres de todas as idades.

- Que ocasião perfeita! - o cara que deveria ter uma idade próxima a minha disse ao me ver.

Ele estava sentado próximo ao Hughes, e atrapalhou a fala de uma mulher ao se levantar e se pronunciar

- Essa é Lucinda Hall - ele andou até mim - E através de um acordo, nós conseguimos duas coisas dela. A primeira vocês já sabem, Aaron Hall não tem mais o poder de barganha, mas tem outra coisa que ela entregou para Hughes em acordo. Sua vida. Isso que ela deu a ele, sua vida.

- Como conseguiu isso? - perguntou um outro cara olhando para Hughes, mas quem respondeu foi o outro que já falava.

- Essa é a melhor parte, não foi algo planejado.

Ele entregou a bebida que estava em sua mão para mim.

- Você merece uma bebida.

Eu bebi do liquido torcendo para que já fosse o veneno, se eu estava ali para morrer, eu queria que fosse o quanto antes, não importa com quanto medo eu estava.

Eu tinha consciência de que eu estava na presença do maiorais da Equipe, ninguém naquela sala deveria estar abaixo de 1, aquele deveria ser o conselho.

- Os negócios serão maravilhosos...

- Drew! - Hughes impediu que continuasse, como se tivesse repreendendo ele.

Drew olhou para seu chefe, e deu de ombros.

- Faça como quiser.

- Vocês podem nos dar licença? - ele pediu a todos.

As pessoas começaram a se retirar e aos poucos sobraram apenas eu, Drew e Hughes, mais dois homens que eu ainda não sabia o nome.

- Sente-se - ele apontou para um dos sofás, eu fui até lá e sentei.

- Tem algumas coisas que você tem que saber. Eu não vou matar você, eu vou pedir algo em troca pela sua vida.

- Bom, além do fato de eu não ter nada, eu não vou fazer mais acordos.

- Não é com você que eu vou negociar, eu vou usar você como vantagem. Você não parece se importar com sua vida, mas os outros com certeza se importam.

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