25: Diga Oi Para Jace Maddox

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Ponto de Vista de Lucinda Hall.

Eu encarei Tara enquanto um turbilhão de coisas passavam pela minha cabeça. Eu não sabia o que pensar, não podia acreditar que aquilo era verdade.

- Isso é mentira! - levantei do sofá indignada - É claro que é mentira!

- Não é mentira! - ela levantou do sofá também.

- Você e ele inventaram toda essa história para me enganar, e fazer eu não entregar ele para a polícia.

Eu comecei a rodar pela sala.

- Lucinda, no fundo você sabe que eu estou falando a verdade. - ela falou.

- Isso não chega perto de ser verdade! - continuei a negar. - Ele não passaria quase dois anos trabalhando para O Jogo só para me manter viva, ele não magoaria toda a família dele só para não me ver de luto por ele. Você tem noção de como isso soa completamente insano?!

- Eu sei, eu sei Lucinda, mas eu só estou te contando isso porque se você denunciá-lo não tem mais volta, e acho que podemos impedir que ele morra, que podemos fazer com que todos fiquem bem no final, você, ele e Charlie.

Eu não respondi nada. Eu nem sabia o que sentir direito. Eu estava desesperada, eu estava com raiva. Eu fui até sua parte do escritório e fiz com que sua mesa caísse no chão, o vidro quebrou e se partiu em vários pedaços. Eu estava com raiva. Eu queria muito socar Gabriel.

- Você sabe que eu estou falando a verdade, não sabe? - Tara continuou. - Você o conhece, você sentiu, tenho certeza de que sentiu.

Eu a encarei. Eu de alguma forma sabia, eu não queria acreditar, mas eu sabia que ela falava a verdade. Eu sabia.

- Eu vou matar ele. - afirmei.

- Não. - ela me encarou - Jace vai. E nós temos que impedir que isso aconteça.

Minha cabeça ainda girava.

- Ele matou realmente Devan? Ele fez isso ou é mais uma mentira?

- Eu sinto muito, ele fez isso.

- Eu tenho que sair daqui.

- Lucinda...

- Eu falo com você depois, Tara.

Eu saí do escritório e tentei ir disfarçadamente para o estacionamento, não sabia se aquele policial ainda estava por ali. Eu peguei meu carro e fui para casa, eu queria estar em casa caso fosse surtar.

Quando cheguei em casa contei tudo para a Jill, fiquei acordada a noite toda pensando naquilo, Jill também ficou, ela estava preocupada que eu surtasse, mas eu não surtei. Quando Charlie chegou estava amanhecendo, naquele momento Jill estava fazendo café, porque nós duas havíamos aceitado que tínhamos perdido aquela noite de sono. Charlie ficou surpreso em nos encontrar acordadas.

- O que aconteceu? - ele perguntou.

- Eu que pergunto - disse Jill - Você chegou mais tarde hoje.

- Gabriel não me deu descanso hoje. - ele comentou tirando os tênis e deitando no sofá.

Aquilo fazia meu estômago embrulhar. Jill me encarou, provavelmente querendo saber se eu iria ou não contar ao Charlie.

Era isso, Gabriel estava transformando a vida de Charlie e de várias outras pessoas em um inferno, porque não via outra opção a não seguir as ordens de Jace, e começou agir como um babaca para fazer com que eu o odiasse e sua morte não acabasse com minha vida.

Ele era tão burro, tão burro. Eu não sabia o que fazer, eu não fazia a mínima idéia, não é como se de repente pudesse ser apagado tudo que ele fez, ele matou Devan, ele fez mal a Charlie.

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