36: Minha Última Luz.

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Ponto de Vista de Charlie Robbins.

     8 ANOS ATRÁS...

     Lucinda saiu do carro e veio correndo na minha direção.

     - Charlie!  - ela disse desesperada. - Ele... Ele atirou em você?

     Naquela época nós éramos tão novos. Ela tinha 16, eu 17 e nós já passávamos por tanta coisa juntos.

     - Sim, você não falou nada para seu pai, não é? - arfei.

     - Não, eu só saí correndo. Vamos. - ela me ajudou a levantar do chão.

     Killian apenas atirou em mim e me jogou ali naquela praça. Tive que me esforçar para continuar acordado, caso contrário, ela não iria conseguir me ajudar. Entramos dentro do carro e fomos em direção aos hospital, ela estava nervosa.

     - Meu Deus, meu Deus, Meu Deus. - dizia sem parar. - Ele é louco, ele... como ele pode fazer isso com você? Charlie, quanto tempo você ficou ali?

     - Não sei dizer. - falei baixo.

     - E se você morresse? Ele não iria perder um bom negócio?

     - Ele sabe atirar para isso não acontecer.

     - Ele é louco! - ela repetiu.

     Contando que ele ficasse longe de Lucinda e dos meus pais, ele podia fazer o que quisesse comigo, pensei.

     Chegamos ao hospital e logo eu fui atendido, como Killian falou, não era nada grave. Tive que me explicar para alguns policias, falei que era tentiva de latrocínio. Como nós éramos de menor, tivemos que chamar um responsável acabei ligando para Bob que não faria caso da situação, sabendo o que eu fazia. Resolvi dormir na casa de Lucinda naquele dia.

     Eu me perguntava se aquela seria minha vida. Se eu ficaria para sempre naquela cidade lutando para manter meus pais bem enquanto matava várias pessoas para que apenas os que eu me importo ficassem vivos. Eu me perguntava se o meu futuro seria apenas sofrer nas mãos de Killian Black e lutar para não enlouquecer.

    
ATUALMENTE

     Eu não podia acreditar em tudo que havia acabado de acontecer. Eu havia sido convidado para ser um piloto da NASCAR, pelo próprio Tim Cindric. Lucinda estaria surtando agora ao meu lado, que nem Jason. Mas agora que eu já tinha ficado um tanto eufórico, era hora de ficar um tanto mais sério.

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