Hall

50: Sem Gritar, Sem Se Mover.

● Ponto de vista de Gabriel Taylor.

Evan entrou um tanto ofegante no escritório.

- Você não vai acreditar em quem está aqui. Killian Black.

Eu levantei da cadeira.

- Ele só pode estar ficando maluco.

- Está vindo para o escritório, as pessoas da Equipe estão ficando nervosas, Carlos foi chamar o Isaak.

Nesse momento Isaak entrou no escritório, mas não estava sozinho, acompanhado dele estava o próprio Killian Black.

- Encontrei com ele no caminho para cá - Disse Isaak.

- Olá, Gabriel.

Ele cumprimentou a estendeu a mão para mim.

- Acho que sabe bem porque não vou apertar sua mão - cruzei os braços.

- Espero que mude de idéia ao final da nossa conversa.

- A resposta é não, Black. E vai continuar sendo não ao final da conversa.

- Não se precipite. Não acho que saiba o motivo de eu estar aqui. Dê a palavra a mim.

Olhei para Isaak que deu de ombros.

- Tudo bem, Evan, nos dê licença.

Evan se retirou e nós três sentamos. Ele começou

- Qualquer pessoa sabe que não é bom criar conflito com vocês, por isso quis ter essa conversa.

- Pode começar dizendo o motivo que o fez viajar o país inteiro até aqui.

- Bem, é uma... corredora dessa pista. E não acho que deveria fazer o que tenho que fazer aqui para encontrá-la sem ao menos deixá-los a par do que está acontecendo no seu local.

- Para qual dos seus ramos? - ergui as sobrancelhas.

- Não, é algo com minha pessoa. Questões antigas que temos que acertar. E não são da sua conta.

- Gabriel - Isaak chamou e eu olhei para ele - É a Lucinda.

Eu suspirei e olhei para Black.

- Então acho que é da minha conta sim.

Ele me encarou por alguns segundos, provavelmente percebendo o que aquilo significava.

- Acho que encontramos um conflito aqui. - falou

- Por quê quer encontrar com Lucinda?

- Deveria perguntar para sua namorada quando encontrar com ela.

- A questão é que você não encontrará com ela antes de mim.

- Então, infelizmente essa conversa se tornou um problema. Meus homens fecharam as saídas desse lugar e interditaram o estacionamento. As pessoas estão ficando nervosas, e eu só vou liberar quando eu a encontrar.

Eu fiquei de pé e ele me acompanhou.

- Achei que não quisesse criar problemas.

- E por isso espero que aceite, não vou machucar ela ou ou a fazer mal, nós temos apenas que conversar, e não vou abrir mão disso. Então se você gosta desse lugar, leve-me até a garota.

Nesse momento a porta abriu e Carlos entrou.

- Aaron quer entrar, ele disse que é importante que fale com vocês agora.

- Pode deixar.

Com certeza era sobre Lucinda então eu não diria não. Aaron entrou e Black se virou para ele.