39: Dias Ruins.

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Ponto de Vista de Lucas Moore.

     - Ei, eu estava com saudades. - falei para Lucinda. - Kate disse que não está muito bem hoje, então eu não demorar muito aqui, viu? Só queria te mostrar isso. - levantei a ficha, ela olhou mas nada demonstrou - 90 dias. É dia de comemorar, eu nunca fiquei tanto tempo sem usar desde que usei pela primeira vez, e isso é graças a você. Então, obrigado.

ALGUNS MESES ATRÁS...

     - Ele acham que eu devo ir a um lugar desses de... de reabilitação. - falei

     - É uma ideia. - ela concordou.

     - Mas eu não quero Lucy, eu não quero, o que as pessoas vão pensar de mim? O Austin... e eu vou perder a escolar, vou me formar atrasado.

     - Isso não tem importância.

     - Do que você está falando?

     - Você não vai poder herdar a empresa, nem ter um relacionamento saudável e uma boa fama se for um viciado, Lucas. É uma pena que vai atrasar sua escola, mas é melhor se curar logo disso antes que atrase toda a sua vida. Você não vai ficar bom se não se cuidar, mano, e já provou que o método mais fácil não funciona com você, nós já tentamos.

     - Eu não sei, Lucy.

     - Você está assustado e é normal, mas deve ter coragem para assumir isso e fazer o que for preciso para ficar melhor. Assuma o seu problema e resolva.

    

ATUALMENTE.

     Infelizmente quando tomei coragem para fazer isso, Lucy já tinha surtado, mas foi por causa de suas palavras que decidi assumir minha vida.

     Saí do quarto e desci as escadas para onde estava minha família.

     - Que horas você volta amanhã? - meu pai perguntou.

     - O mesmo horário de sempre, às 8. - respondi.

     A porta abriu e Aaron entrou.

     - Naomi não vai poder vir hoje. - ele explicou e veio me abraçar. - E aí, maninho, como você está?

     - Olha só. - mostrei a ficha a ele.

     - 90 dias? - ele perguntou e eu assenti. - Já faz tanto tempo que você está lá?

     - Quando você fica melhor, irmão? - perguntou Sammy. Todos nós olhamos para ele.

     Dissemos que eu estava doente e tinha que ficar no hospital, o pequeno ainda não precisava saber que tipo de doença era.

     - Logo, logo. - baguncei seu cabelo. - E a escola?

     - Tirei 10 em matemática

     Eu ri.

     - Se tirasse menos que isso...

     - Não diminua os méritos do seu irmão. - minha mãe advertiu.

     - Ele adora fazer isso com todos. - Willis bagunçou meu cabelo. Ela estava ali com seu marido.

     A porta abriu mais uma vez e meu coração parou de bater ao vê-lo passar.

     - Você veio. - comemorei.

     - É claro que eu vim. - Austin veio até mim e me abraçou. - Estava com saudade.

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