3: Um Charlie Robbins Novinho E Folha!

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Ponto de Vista de Lucinda Hall

- Eu acho que nós precisávamos disso. - disse Aaron.

A frente de nós estava estava a sepultura de nosso pai.

Jackson Hall

1967 - 2016

Pai amado, amigo amado.

- Sim - concordei. - É sempre bom lavar a roupa suja.

Ele deu um meio sorriso.

- Acho que a partir de agora não há mais pendências entre nós.

- É, e você deve seguir em frente, papai viveu com tanto sofrimento, duvido muito que fosse querer isso para você.

- Nem para você.

- Sabe, se tem uma pessoa que nunca vou deixar de admirar e agradecer, por mais que ele me irrite algumas vezes, é o Bob. Ele foi a única pessoa que não trouxe merda para a vida do meu pai, foi o melhor amigo que nosso pai poderia ter.

- Tem razão, Bob foi o único que não acrescentou nada ao sofrimento dele.

- Enfim, desculpe por aquilo.

- Se tem uma pessoa que deve pedir desculpas aqui, sou eu.

Ele me abraçou e eu o abracei de volta.

Depois de sair do cemitério, nós fomos para o hospital, eu tinha que voltar e ver como estava Charlie. Quando voltei, haviam ainda mais pessoas no hospital, e repórteres do lado de fora, sendo barrados pelos poucos seguranças que haviam ali.

Era até engraçado toda aquela situação, na pista aquele pessoal era uma bagunça só, muito barulho, muita movimentação, mas para minha surpresa, no dia do acidente, e naquele dia, eles sabiam respeitar o lugar, todos sentavam onde podiam, e ficavam em pé onde não atrapalharia o tráfego, eles tentavam não falar muito. Era inteligente, ninguém queria que eles fossem colocados para fora, então aprenderam a seguir as regras. Tive que parar para cumprimentar alguns velhos amigos, e então finalmente vi o Dr.Banner.

- Lucinda - ele veio me cumprimentar.

- Doutor, quanto tempo. Quero lhe apresentar minha família.

Apontei para o aglomerado de pessoas bem vestidas atrás de mim.

- É um prazer - ele sorriu para eles - É bom saber que Lucinda não está mais tão sozinha.

- Nunca mais estará - minha mãe afirmou.

- Certo, mas agora eu quero saber de Charlie. Como está a saúde dele? Há chances dele recuperar a memória?

- Quanto à saúde dele, não há do que reclamar, só precisa ficar em observação por 24 horas, e então está liberado. Quanto à sua memória, é algo muito relativo, eu não teria como dizer com certeza. Charlie pode recuperar a memória tanto nos próximos dias quantos nos próximos anos, isso se vier a acontecer.

- Mas tem chances de acontecer?

Ele me deu olhar preocupado.

- Tem, mas não é nada certo, você tem que lembrar disso.

- Tudo bem, então quer dizer que amanhã eu posso levá-lo para casa?

- Sim.

- Obrigada por tudo. - eu abracei ele. Não éramos tão próximos, mas ainda assim, ele merecia um abraço.

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