Hall

29: Minha Vida Está Parada.

● Ponto de Vista de Gabriel Taylor

ALGUNS MESES ATRÁS...

     - Esse definitivamente vai ser o meu lugar preferido dessa casa. - disse Lucinda.

     Havíamos tirado aquela noite para aproveitar a jacuzzi.

     - Você diz quando se mudar para cá? Quando finalmente decidir se mudar para cá?

     Ela balançou a cabeça e revirou os olhos.

     - Estamos noivos, não é? Em algum momento nós teremos que morar juntos.

     - E quando para a enrolação?

     Ela sorriu e bebeu de sua taça de vinho. Eu fiquei olhando para ela, pensando que poderia viver assim pelo resto de minha vida.

     - Você é tão linda. - falei.

     Ela apertou os lábios e sorriu com o olhar.

     - Não tanto quanto você.

     Ri.

     - Lucinda Hall.

     - Gabriel Taylor.

     - Diga me porque sou tão apaixonado por você.

     - Já tento descobrir há muito tempo. - ela sorriu.

     Ela colocou a taça na borda e veio na minha direção.

     - Agora se você me perguntar porque sou tão apaixonada por você, talvez eu tenha resposta.

     - Tem? - coloquei suas pernas ao meu redor.

     Ela me beijou, e depois de alguns segundos eu parei.

     - Qual seria a resposta?

     - Porque você é rico, obviamente.

     Eu gargalhei e voltei ao beijo.

● ATUALMENTE.

     Nós chegamos até a casa do tal Flyn, eu desci do carro e corri até a porta.

     - Taylor! - Marcus gritou.

     A porta da frente estava aberta, então não me exaltei e dei a volta na casa. Pulei o cercado e fui até a porta dos fundos. Antes que eu pudesse tocar a mão na porta, ouvi um tiro.

     Não.

     Corri para dentro da casa, a tempo de ver Marcus caído no chão, vi um homem descendo as escadas, ele apontou a arma para mim ao mesmo tempo que eu me joguei atrás do balcão da cozinha.

     - Não se mova. - ele disse provavelmente apontando a arma para Marcus.

     Ele iria matá-lo. Eu teria que agir na sorte, levantei e atirei no cara, não tive tempo de olhar quem era, porque o amigo dele apareceu e eu logo tive que me abaixar novamente. E foi nesse momento que ouvi um tiro. Fechei os olhos, respirei fundo e levantei para ver.

     Marcus do chão havia atirado no outro cara. Eu corri até ele.

     - Você está bem?