Carol Biazin

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Carol Biazin POV

Desde a antiguidade, diversas raças existiram no mundo. Humanos, elfos, orcs entre outras espécies. Magos, bruxos, e um tipo especial de humanos que chamamos de metamorfos.
Metamorfos: pessoas capazes de mutar sua forma física.

-Caroline. CAROLINE!
me despertei de meu devaneio, lembrando estar dentro da sala de aula. Meus colegas todos olhavam em minha direção, curiosos, e o Sr. Shange me olhava sério.
Carol: - ahm... sim, professor?
Ele suspirou levando uma mão a testa.
Sr. S.: - Senhorita Biazin, poderia por favor responder minha pergunta?
Carol: - que seria...?
Sr. S.: - Não entendo como consegue agir com tanta tranquilidade na cara de pau de mostrar que não prestava atenção.
Carol: - Me desculpe, senhor Shange.
Sr. S: - vou te dar mais uma chance. Poderia, por favor, explicar aos colegas a importância da idade média e da idade moderna para as raças da terra?
Sorri. Eu gostava dessa parte da história, apesar de achar as aulas um tédio. Respirei fundo, assentindo, e comecei a falar:
Carol: - Certo. Todos sabemos que desde a antiguidade existiam diversas raças na terra. Contudo, na idade média, os humanos tiveram medo das outras raças e isso estourou uma guerra... ou melhor. Uma caça às bruxas. Muitas raças foram extintas, e outras, reduzidas. Contudo, metamorfos conseguiram se esconder usando seus poderes.
Sr. S: - maravilha. E quanto a idade moderna?
Carol: - Na idade moderna, os humanos começaram a guerrear entre si, em guerras mundiais. Os países precisavam de ajuda e os metamorfos, magos e outras raças retornaram de seus esconderijos ou até assumiram funções importantes de todos os lados da guerra. A partir do fim das batalhas, o homem percebeu que as raças não eram uma ameaça e sim heróis. Desde então, raças retornaram a sociedade, inclusive algumas de forma elitista como...
Sr. S: - Como nós, metamorfos. - ele me sorriu, com os óculos apoiados na ponta do nariz pontudo, e anotou algo em seu caderno. O sinal soou, e ele olhou para cima. - se livrou desta vez, Biazin. Estão liberados, não esqueçam de ler o livro da história dos metamorfos para terça que vem e fazerem seus resumos do capitulo 15.
Juntei meu material apressada, e sai o mais rapido que conseguia dali. Fui pelos corredores até meu armário, guardando alguns livros, quando sinto um pequeno solavanco no armário de metal. Fechei a porta e olhei para meu lado, onde um velho amigo me sorria.
Carol: - Bruno! - o abracei, mesmo que ele tivesse o braço apoiado no armário.
Bruno: - hey Jackie. - ele sorriu.
Carol: - argh Bruno. Você sabe que eu odeio esse apelido!
Bruno: - eu sei. É por isso que eu uso.
Acabei rindo, e lembrando como nos conhecemos.

Flash back on

Era primario, eu tinha em torno de seis anos. Meu primeiro dia no colégio elite. Eu estava ansiosa para ir para a aula, com meu uniforme militar e a mochila de coelho nas costas. Convenci minha mãe de deixar meu cabelo solto, e ela me levou para o colégio junto com meus irmãos Rafael e Renan.
Mamãe me levou até a porta de uma sala, cheia de enfeites coloridos e carteiras bonitinhas.
A professora, senhorita Jeane, cumprimentava cada um dos meus colegas e conversava com as mães. Depois que me despedi de minha mãe, me entreti com alguns livros no cantinho da sala, me lembro bem. Eu estava tão concentrada que não vi o menino gorduchinho de cabelos arrepiados e olhos azuis se aproximar.
-Hey!
O susto foi o que bastou. Dei um gritinho e me transformei no primeiro animal que eu dominava: um pequeno cachorro de pêlos arrepiados, branco e laranja, da raça jack russel.
Corri para debaixo de uma carteira me esconder, mas ele veio até mim e se abaixou.
Bruno: - Hey, Jackie. Não tenha medo! - ele sorria. - Eu sou Bruno. Desculpa assustei.
Sai debaixo da mesa e voltei a forma humana.
Carol: - C-carol.
Bruno: - Você quer brincar?

Flash back off

Desde então, eramos otimos amigos, inseparáveis.
Bruno: - vim te chamar almoçar. Está a fim?
Carol: - você me traz até a aula de biologia depois?
Bruno: - você sabe que sim. Nunca vi como uma pessoa tão bonita consegue ser nerd desse jeito. Não falta uma aula! Como foi a aula do Sr. Tucano velho?
Carol: - Bruno! - repreendi, sentindo o rosto corar. - você sabe que ele não é um tucano.
Bruno: - sei, mas como não entendo. Você já viu o tamanho daquele nariz?
Carol: - idiota! - o empurrei com o ombro, e fomos andando até o carro dele no estacionamento, un mustang novo conversível.
Bruno era rico, tinha tudo para ser o que quisesse. O garoto gordinho havia se tornado um rapaz bonito, galante. Mas ele preferiu sempre andar comigo. Ele não se importava com status, e eu gostava muito daquilo.

Saímos pela cidade até um restaurante que gostavamos de ir. Na verdade era daquelas lanchonetes caracteristicas de beira de estrada, compridas estilo anos 70 80 90, e serviam, sem sombra de dúvidas, o melhor shake da cidade. Mais que isso? Pertenciam aos pais do Bruno e, assim, comíamos de graça sempre... e quase todas as refeições que conseguiamos.
Sentamos em uma mesa perto da janela,  e pedimos dois milk shakes, hamburgueres e uma porção de batatas, conversando sobre tudo e todos, aquelas coisas cotidianas.
Quando olhei pela janela e vi alguma coisa.
Bruno: - Carol?
Carol: - Bruno! - olhei melhor para ver o que tinha do outro lado da rua. A sombra tomou forma, era um gato inteiramente negro. Mas o gato, que se banhava, parou imediatamente e me encarou, com olhos tão castanhos que pareciam negros. Me encarou como se conversasse comigo através dos olhos.
Carol: - Bruno olha aquele gato!
Bruno: - que gato Caroline?
Olhei pela janela outra vez, em um movimento de apontar para fora. Bruno me olhou confuso, mas não em vão: o gato havia desaparecido como fumaça.
Bruno: - Carol não tem gato algum ali fora. Quem é o cara da rodada? Jogador de hugbi?
Carol: - não, seu trouxa. Era um gato animal. Mas ele me encarou de um jeito estranho.
Bruno: - você esqueceu que seu principal bicho é um cachorro? Óbvio que você vai ver gatos na rua e eles vão te ver.
Carol: - Bruno, esse era diferente.
Bruno: - Jackie voce está vendo coisas.
Desisti e revirei os olhos, pegando uma batata.
Carol: - eu juro pra você, era inteiro preto, até os olhos eram castanhos, parecia mau agouro.
Bruno: - Deus nos guarde haver uma bruxa nesse bosque. Não posso deixar de vir aqui no Dinner.
Balancei a cabeça e ri da palhaçada.
Carol: - é. Talvez era só um gato comum. Vai comer essas batatas?
Bruno: - Céus Caroline, como você aguenta? Todas suas.

Terminamos de comer e voltamos para o campus do colégio. Eu até queria me concentrar, mas aquele gato preto não saía da minha cabeça.
Terminada a aula, fui para a pátio esperar meu amigo. Iríamos tomar um café no Dinner antes do final de semana.
Enquanto eu esperava, sentada em um dos bancos, ele apareceu.
???: - olha se não é a poodle.
Ergui os olhos para ver quem havia parado na minha frente.
Carol: - ah. Oi, Dreicon. Não é um poodle. É um jack russel.
Dreicon: - com esse cabelo? - o rapaz musculoso riu. - o lugar está vago?
Suspirei e neguei. Dreicon era um tipico babaca popular. Desde ano passado havia encasquetado em mim, tentando me levar para festas ou qualquer outra coisa. Bruno diz que é por que eu sou bonita. Eu já acredito que ele cansou de pegar todas as cheerleaders e resolveu tentar aumentar o número de troféus comigo. Mas quanto mais eu afastava ele, mais ele parecia desafiado a me conquistar.
Ele sentou do meu lado, olhando por cima do meu ombro o livro de história em minha mão.
Dreicon: - Você realmente gosta de história? Essa é a matéria mais chata do mundo.
Carol: - entender de onde viemos não é tão ruim, Dreicon.
Dreicon: - é. Talvez. Mas sabe o que é melhor que isso? Saber para onde vamos. E sabe onde você pode ir? Festa lá em casa. Sabado que vem. Você topa? Pode levar aquele seu amigo.
Carol: - Não sei se vou poder.
Dreicon: - considere. Você precisa se divertir um pouco. Vai ter piscina. -ele piscou - ah. Olha lá. Seu amigo vem vindo, e eu vou indo! - ele se transformou em um husky e saiu rapidamente.
Bruno se aproximou.
Bruno: - desculpa a demora. Dreicon te encheu muito?
Carol: - Não. Me chamou para uma festa. Você também está convidado.
Bruno: - acho que ele convidou todo mundo. - deu de ombros. - vamos para o café?
Carol: - vamos. Quem chegar por ultimo no carro lava a louça - Ri e me transformei em um pequeno pássaro avermelhado, de penas compridas na cauda. Saí voando em direção ao carro.
Bruno: - EI! você sabe que eu sou péssimo em vôo! - Bruno se transformou em um pequeno símio de um tom canela acizentado, que correu e saltou pelos obstaculos do caminho. Ele era agil até demais em sua forma de macaco, e chegamos juntos ao carro, voltando a forma humana e explodindo em gargalhadas.

Chegando no Dinner, pegamos a nossa mesa de sempre. Antes de alguém vir servir, percebi que havia uma moça nova no balcão. Uma menina bonita, de cabelos negros ondulados, compridos. Ela atendia as pessoas com um sorriso tímido.
Carol: - E a starbucks ali, quem é?
Bruno: - Ah. A novata? Eu não sei bem. Meu pai a contratou. - ele olhou por cima do ombro, depois olhou para mim - ela é bem bonita, não acha?
Carol: - Bem punk também. Mas você está interessado?
Bruno: - eu? Não. Não é para mim - ele deu um sorriso malicioso, mas preferi ignorar. Apenas sorri, como não conseguia controlar, e me concentrei no cardápio. Bruno entendeu o recado e apenas riu, também vendo o cardápio.

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Olá pessoinhas
Como estão?

Pois bem, esse é o início da história mais escrachadamente clichê (com um pouco de fantasia) que eu estou escrevendo. Então sim; é uma fic zoada. Mas se vocês curtirem a gente continua.

Duvidas? Perguntas? O que estão achando?

Nos vemos no próximo capítulo
Beijos da vó

metamorphosis - dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora