Heróis.

Capítulo 40 - A Volta.

Na delegacia de agentes especiais, Samuel se tornara o chefe na ausência de Ramón. Seu instinto de liderança e seu conhecimento nos eventos que ocorreram o ajudaram a substituir o delegado nesse momento.

- Atenção todos os presentes, agentes, heróis e civis. ( Samuel fala num microfone) Nosso número não é grande e mesmo recebendo muitos civis com poderes, eles não são treinados para o combate. Os vilões estão mais organizados, mais fortes e em maior número. Tudo que podemos fazer aqui é saber nos defender.

Os feridos e outros cidadãos que conseguiram escapar do ataque começam a se manifestar, o pânico e estado de choque é nítido.

- Como vocês são mais fracos que os vilões? ( Diz uma mulher no meio do povo) Vocês são pagos pra nos defender.

Algumas pessoas esboçam concordância.

- Cadê os outros heróis? Os mais fortes da cidade? ( Grita um homem no meio do barulho)

Ninguém conseguia mais entender nada, todos falavam ao mesmo tempo e ninguém parecia feliz, Samuel entendia o medo, mas não fora preparado pra aquilo. O agente ergueu a mão e lançou rajadas de luz branca pra cima, elas cegaram a todos por um momento, mas deu resultado e o silêncio voltou.

- Prestem atenção! ( Falou o policial) Eu não fui treinado pra falar com vocês, pra ser um delegado com tão pouco tempo de carreira, mas fui treinado pra lutar com esses bandidos, pra colocá-los na cadeia. Eu vou continuar me dedicando a isso mesmo estando em menor número, mesmo lutando até cair. Não importa quem seja o vilão. Nosso estado não tinha preparo pra tudo isso, nosso governo foi falho e por isso chegamos onde chegamos. A culpa é de todos, todos que não souberam escolher bons representantes pra o povo. ( Ele começa a andar na direção da população) Mas a escolha é de vocês agora, ficar chorando e cobrando heróis e agentes que vivem para protegê-los mesmo condições adversas, ou se unir a nós numa defesa sólida enquanto pensamos numa maneira de contra atacar?!

As pessoas fizeram silêncio, nitidamente envergonhadas, alguns começaram a se manifestar em acordo com o que o agente falou e logo todos estavam ao seu lado.
Um dos agentes que estavam próximos a Samuel parou do seu lado e sussurrou:

- Parabéns delegado interino, ótimo trabalho.

O policial ouviu com orgulho essas palavras e começou a dar instruções.

- Temos uma sala grande na delegacia, façam dela uma enfermaria provisória, os feridos fiquem lá com agentes que possuem alguma habilidade de cura, pessoas que são médicas ou enfermeiras e heróis com tais conhecimentos. ( Samuel apontava enquanto dava as ordens) Aqui fora comigo, agente, heróis e qualquer cidadão que tenha habilidade elementar, ou de fortificação. Vamos construir uma barricada ao redor da nossa base. ( Alguns heróis como Garuda estavam presentes, civis que controlavam terra, água e tinham força se apresentaram, assim como agentes com essas especialidades) Após construirmos nossas defesas, tentaremos montar uma estratégia juntar forças com os heróis que não estão aqui, tenho certeza que Senhor Fantástico, Médium e outros estão planejando algo.

Todos concordaram e iniciaram as atividades. Dentro da delegacia os feridos eram tratados por médicos, enfermeiros, heróis e agentes. Todos os que podiam ajudar em cura estavam lá.

Ao redor da base, muralhas de 8 metros de altura eram erguidas por quem tinha a capacidade de lidar com a terra ou até mesmo o metal. A frente da muralha, agentes fizeram buracos e dentro deles estacas de madeira e lanças de metal, uma queda ali era quase fatal, essas armadilhas eram fechadas com uma fina camada de terra para não serem identificadas. Em volta da base, dessa vez no ar, tudo era protegido com metal e areia pra não se ter acesso a nenhuma entrada a não ser as duas que os agentes deixaram livres, assim eles podiam controlar quem entrava e saía, além da saída de emergência para evacuação que fizeram no subsolo, ia até uma casa que ficava a alguns metros de lá, onde as pessoas poderiam sair e ganhar uma vantagem na fulga.