Heróis.

Capítulo 6 - O Torneio Parte 3.

   Com o nível das primeiras lutas a torcida estava mais animada, apesar de o poder de Jade ter abalado alguns torcedores. Mais dois alunos estavam na arena prontos para dar continuidade ao torneio.

- Com tudo que eles mostraram nas primeiras lutas, vai ser uma batalha rápida demais. ( Disse Alexandre a Jack que estava estava sendo tratado pela enfermeira enquanto esperavam o início do embate).

- A mutação da Clara a deixa bem perigosa, imagino como é difícil fugir de um guepardo. Mas não tinha adversário mais a altura que César. ( Fala Jack um pouco preocupado com a amiga).

No canto da tenda que atendia os alunos machucados, estava Jade ainda calada. Já fora curada, mas decidiu assistir o restante do torneio ali dentro. Jack a observou de canto de olho, não tinha parado pra pensar no que tinha visto na luta entre ela e Alex. Lembrou de Heitor reagindo assim que viu sua irmã mudar, e ele sentiu certa semelhança entre eles e Matheus e Jack, já que sempre a emoção fazia com que ele perdesse o controle exagerando, e em todas as vezes Matheus estava lá pra ajudar.

Jade se levantou e foi para o lado de Alex e Jack.

- Você está bem? ( Falou sem olhar diretamente pra nenhum dos garotos)

Alex respondeu com certo orgulho:

- Precisaria de algo bem maior que aquilo pra eu ficar mal haha. Fica tranquila, foi uma ótima luta.

Jack percebeu que o amigo não estava falando toda a verdade. Aquelas trevas eram bem perigosas.

Jade sorriu para eles, mas depois mudou seu semblante e disse:

- Como você falou, César é a altura. ( A garota encarava a arena que em instantes ia ser um palco de uma boa luta) Além de ser mais velho e experiente, Cesar não gosta de brincar em batalhas, é muito mais rápido que ela, ele não apenas corre rápido, mas luta rápido. É orgulhoso e não vai querer perder de jeito nenhum pra alguém mais novo.

Os garotos olharam de Jade para os competidores e notaram a seriedade em sua voz. Agora a batalha ia começar.

- Vocês estão prontos? ( Diz Nina)

- Sim! ( Fala Clara)

- Estou. ( Falou César em tom seco).

A professora autorizou o início da batalha, e a garota felina mudou totalmente, ficando na posição de ataque com as garras a mostra e as costas curvadas. Realmente era intimidante de de ver, uma predador nato querendo a caça, porém César resolveu mostrar por que era o favorito. O menino correu rápido ao redor de Clara, como se fizesse um círculo a cercando, até que ele resolveu atacar primeiro com um soco acertando Clara na cabeça numa velocidade impressionante. Quem assistia, só reagiu quando viu a menina desequilibrar pra o lado, já que era difícil ver César se movendo. Clara continuou parada na posição de ataque e mais uma vez o garoto a acertou. Mais uma, duas, três e outras vezes até que resolveu parar. Nesse momento vimos um garoto mais cansado, ele não esperava que sua oponente aguentasse aqueles golpes com força e velocidade, e continuasse de pé. Clara estava cansada e os golpes deixaram hematomas, mas algo nela mudou. O olhar de Clara era apenas de atenção segundos antes, só que agora os olhos de felino ficaram estreitos, a a pupila fina de guepardo estava mais atenta que nunca, parecia um olhar assassino.

Jack notou que Nina se aproximou da arena, ela ficou inquieta e isso não era comum pra ela.

- Você é bem resistente para uma garota. ( Disse César)

A resposta de Clara foi um rosnado de animal. O garoto percebeu que tinha que acabar com a luta logo, e atacou com sua velocidade de flash, mas dessa vez Clara se moveu e mesmo levando golpes, ela atacava. O público não sabia o que estava acontecendo os dois se moviam em alta velocidade. César correndo e passando próximo de Clara, ela atacando o ar com garras e rugindo igual uma fera. Segundos depois César parou, mas não em pé, caiu de joelhos com as mãos tentando tapar algumas partes do corpo. Clara também tombou com um joelho no chão e a mão na boca. Com os dois imóveis deu pra notar o que tinha ocorrido, a garota guepardo estava com um olho inchado, a boca sangrando, e parecia não aguentar mais de cansaço, mas César também não estava bem. Seu corpo estava com marcas de garras por quase todo canto. Braços, barriga, costas e a parte de trás da perna, ele observava Clara com uma olhar sanguinário. Levantou com certa dificuldade e falou: