Heróis.

Capítulo 53 - O Equilíbrio.

A maioria dos vilões que atacou a delegacia foi preso ou morto, com os reforços que Ramón levou consigo o jogo virou a favor dos mocinhos. Jorge estava no canto após a luta com Víbora tentando se recuperar e logo enfermeiros surgiram pelas passagens subterrâneas, eles foram chamados do hospital pelos civis que fugiram no início do ataque. Os heróis e agentes eram tratados pelo caminho tentando não se meter nos combates que ainda aconteciam. Jorge sentiu sua energia voltar e o veneno de sua antiga adversária perder o efeito.

- Você se sente melhor? ( Perguntou um enfermeiro).

- Agora sim. ( Falou com calma) Tenho que tentar ajudar os outros.

- Vá com calma, você ainda vai sentir os efeitos do veneno por um tempo. ( Disse o homem). Vou atrás de outras vítimas ok?

Borracha assentiu e levantou, ainda estava tonto, mas sua aura estava estável. O herói parou pra se concentrar no que ocorria ao seu redor e em poucos segundos notou as consequências da guerra. Os reforços da saúde passaram por Jorge carregando algumas vítimas, alguns agentes estavam bem e ajudavam nisso também.

"A maioria das lutas acabou". Pensou o herói. "Mas essas duas auras enormes estão em outro patamar".

Borracha ajudou alguns feridos a se levantar e os levou para a saída de emergência, sentiu que agora só havia ele e as duas auras em combate. Jorge foi com cuidado para um local onde poderia ver o rumo do embate e agir rápido se precisasse ajudar Leônidas, quando olhou para o que ocorria ficou abismado com a força dos dois. Era uma luta de predadores com sede de sangue, velocidade, força e aura acima do normal.

- Realmente são dois monstros. ( Sussurrou o herói) Não sei se ficando aqui eu poderia ajudar ou atrapalhar.

Enquanto pensava nisso, Jorge sentiu duas auras próximas do local, estavam fracas. O rapaz procurou por todo o lugar e notou no canto da área de luta os corpos de Jump e Ramón, ambos deitados sobre uma pilha de pedras. Borracha se moveu rápido usando sua elasticidade para se esgueirar até chegar nos companheiros.

- Ainda bem que estão vivos! ( Disse o garoto).

Ramón estava acordado, mas fraco e olhou para o garoto com alívio.

- Estamos por pouco. ( Disse o delegado) Esse garoto me ajudou muito, mas o dragão não aliviou pra nós.

O agente apontou para Jump que estava desacordado ao seu lado.

- Ok, vou tirar vocês daqui. ( Disse Jorge) Temos que confiar no leão, ficar aqui pode atrapalhar na luta.

Ramón não gostou de ouvir isso, o fazia parecer inútil, mas o rapaz tinha razão. Jorge usou seu poder e entrelaçou seus braços de borracha nos dois, carregou eles até a saída de emergência, mas antes de sair olhou mais uma vez para luta dos homens feras.

- Boa sorte Léo, tá na sua mão. ( Disse em voz baixa o herói).

...

Os dois predadores lutavam com todas as suas forças, Kaleb estava furioso pela morte do irmão, mas ver que seu oponente estava no mesmo nível que o dele o fez ficar com mais raiva. Leônidas era uma verdadeira fera contra o vilão, disparava dezenas de golpes em poucos segundos causando cortes incômodos no inimigo. O homem dragão por sua vez, possuía grande resistência e força física, enquanto tentava se defender dos ataques de Léo, atacava com chutes, socos e com golpes de cauda. Kaleb recebeu um arranhão no peito e sangue começou a escorrer, o vilão rugiu de dor e ameaçou um chute voador na cabeça do herói. Leônidas percebeu que seria um golpe forte e recuou o suficiente para longe do alcance da perna do oponente, porém na continuação de movimento do vilão sua poderosa cauda foi na direção do herói que apenas teve tempo de tentar bloquear com o braço esquerdo. A força do golpe foi tão grande que Leônidas fôra jogado há vários metros de distância, enquanto ele estava no ar Kaleb não quis dar chances ao inimigo e atacou de novo.