Família Peixinho

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Gente, por favor, isso é uma fanfic tá? Entrem no mundo imaginário e deixem as coisas da realidade fora. É só uma história 💜

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De Madrugada

Clarisse e Natália estavam deitadas na cama de casal e conversavam como se nada tivesse acontecido na sala. A Peixinho mais velha quis somente implicar um pouco, como sempre fazia com todo mundo, era a sua marca, mas a brincadeira acabou tomando proporções que jamais imaginaria.

Enquanto brincava, acabou dizendo mais verdades que brincadeiras. Tudo por culpa do efeito da diaba da bebida alcoólica. E sabia que a verdade tinha atingido a irmã de Gabriela como um tiro a queima roupa.

Mesmo durante o reality show, já mantinha contato com Naty por causa da repercussão toda que Gafish acabou causando. Daí acabou se criando uma forte e inabalável amizade. Conversavam praticamente todos os dias, como amigas de infância e ela até com sua mãe conversou algumas vezes.

Gostava da companhia dela. Era visível o quanto tinham uma sintonia quase perfeita, exceto quando o assunto envolvia ter que decidir entre  chocolate branco e chocolate preto. Clarisse preferia branco, Natália o preto - e meio amargo de preferência, porque ao leite era muito doce. Achava até engraçado que soubesse tanto assim sobre ela, como se já tivessem nascido para serem amigas.

- O meu amor é uma cigana linda - Clarisse começou a cantar do nada. - Que ama a lua, ama o sol e o mar. É uma sereia que anda na rua e quando eu canto ela vem me amar.

- É uma menina que mexe comigo - a irmã de Carolina desviou os olhos do teto para a mulher ao seu lado e acabou sorrindo com ela dando continuidade na música. - E que me chama: amor, vem namorar. Que me abraça e me dá abrigo no seu olhar.

- Chicleteira eu, Chicleteira ela - ambas cantaram ao mesmo tempo e riram. - Chicleteira eu, Chicleteira ela.

Depois disso, começarmos a cantar diversas músicas. Nem uma das duas estava com sono, embora o efeito da bebida estivesse custando a passar. Natália puxou músicas de Ivete, Banda Beijo, Tomate e mais um monte de cantor baiano. Clarisse não conseguia não sorrir só de pensar no quanto ela havia mudado em pouco mais de um ano.

Naty não era assim tão "próxima" das coisas da Bahia, mas depois que formaram a amizade, ela foi se aproximando aos poucos. Durante esse um ano, ela foi a Salvador três vezes. Fez questão de mostrar cada ponto turístico a ela, que havia ficado encantada com tudo o que a cidade podia oferecer.

Depois de um pequeno período em silêncio, Clarisse disse:

- Já pensou se Nafish fosse real?

Natália a olhou com as sobrancelhas franzidas. O quarto estava escuro, por isso Clarisse não percebeu no quanto as bochechas brancas foram tomando uma coloração avermelhada a cada segundo que se passava.

- E você tá pensando nisso? - Hebling perguntou na defensiva.

- Acho que nossas mães teriam um treco - a baiana riu e se virou de lado, de frente para ela, que ainda olhava para o teto.

- Minha mãe acharia legal. Quem não iria querer fazer parte da Família Peixinho?

- Ser parte da família Hebling também é uma coisa fantástica - Clarisse disse sorrindo de leve e só então a loira a olhou de volta.

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