Aquela Otária

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Agora não tinha mais para onde correr. Peixinho sabia muito bem disso e estava com um pouco de medo. Parte do seu corpo pedia para parar, mas a que predominava pedia para corresponder Gabriela. Não podia afastá-la, não mais. Passou meses dentro da Casa fugindo disso, passou um ano inteiro tentando se livrar, mas agora não tinha mais forças. Não conseguia mantê-la mais longe, não mais.

Então apagou o pequeno vestígio de medo que tinha e correspondeu sem se preocupar com mais nada. Beijou-a de volta com toda a intensidade que tinha em seu ser, abraçando-a com força. Como ela ainda se mantinha ao seu lado, tratou de puxar o corpo para o seu, obrigando-a a se deitar por cima.

Sabia que a tinha surpreendido, mas estava cansada de joguinhos, cansada de mostrar para ela que queria e correr quando algo estava prestes a acontecer. Porque toda vez que fazia isso, acabava deixando Gabriela com ainda mais receio de tentar qualquer coisa. Por isso ela parou o que estavam fazendo mais cedo e foi tomar banho, totalmente nervosa e descontrolada. Não a culpava por isso, muito pelo contrário, sabia que as provocações foram a principal causa de deixá-la tão sem chão, tão perdida em relação as duas.

Sem contar que não tinham conversado ainda sobre o que estavam tendo. Começaram a  ficar ontem e tudo andava tão depressa, com uma intensidade absurda, como se tentasse suprir o tempo que ficaram separadas quando na verdade eram para estar juntas.

Gabriela sentia o corpo a ponto de explodir, principalmente depois que se postou sobre o corpo pequenino de Peixinho. Beijou-a mais uma vez na boca, entrelaçando as línguas e acariciando-lhe a pele macia. Ela cheirava a sabonete misturado com hidratante de algodão. Conhecia porque sua irmã tinha um com a mesma fragrância.

Queria ser delicada com ela, mas estava fazendo o possível para não tirar aquelas malditas peças de dormir que ela vestia de uma só vez. Ela acariciava suas costas, arranhando e apertando por onde os finos dedos passavam. Peixinho tinha mãos de criança, a coisa mais linda do mundo. Tudo nela era lindo.

Depois de longos minutos apenas se beijando, Gabi resolveu deixar a boca dela descansar um pouco e colocar a sua própria para trabalhar. De um jeito provocante, mordeu o lóbulo da orelha dela e soltou o ar ali, causando-lhe arrepios. Depois, sem mais delongas, subiu uma das mãos até o seio direito e o apertou enquanto beijava e mordia a pele exposta do pescoço.

Peixinho suspirou e mordeu os lábios com força, mas a percussionista não parou para observar, beijou a curva entre o pescoço e o ombro, subiu novamente e desceu outra vez, repetidas vezes. Sabia que a estava deixando louca, mas ela merecia. Ah, merecia muito. Merecia por todas as vezes que a provocou e principalmente por aquelas roupas que estava vestindo.

Ainda estava irritada com isso, por esse motivo subiu a blusa até tirar do corpo dela. Ela não contestou, apenas levantou os braços para ajudar no processo. Iria tirar o sutiã também,  porém desistiu e voltou a torturá-la, beijando, mordendo, lambendo. Desceu e morreu a barriga lisa e modelada por horas de exercícios físicos e quase tirou o short só de vê-lo apertando o quadril dela daquela forma tão provocante.

Mas subiu novamente, beijando o abdômen, entre os seios, o colo, o pescoço e por último a boca. O beijo foi avassalador, arrancando todas as energias de Peixinho, que agora acariciava seus cabelos crespos, puxando algumas mechas de um jeito nervoso. Aquilo só servia para deixar Gabi ainda mais excitada. Amava quando puxavam seu cabelo na hora do sexo, dava um tesão da porra.

Quando separou as bocas, chupou o lábio inferior por alguns segundos e tornou a descer, mas não deu progressão, ficou apenas nos beijos e carícias. Isso estava deixando a baixinha irritada.

- Ô, Gabi, ande logo com isso - ela disse de um jeito manhoso, mas suplicante.

Gabriela riu baixinho e deslizou a mão por baixo das costas dela para abrir o sutiã branco que ela usava, liberando os seios bem desenhados. Lindos, foi tudo que pôde pensar sobre eles. E a vontade de se perder na textura, nos mamilos, aumentava cada vez mais, mas precisava provoca-la.

Te Espero No FarolOnde histórias criam vida. Descubra agora