Oi, meus amores. Sei que tô devendo vocês, mas estou em reta final na faculdade, com prazos curtíssimos de trabalhos, provas e TCC. Ta bem corrido a minha vida, mas mesmo assim dediquei o pouquinho do mundo tempo de sono pra escrever e trazer pra vocês um capítulo fresquinho.
Eu queria trazer a surpresa completa em um único capítulo, mas decidi fragmentar, senão só iria consegui postar lá pro final de semana. E olhe lá!
Espero que ainda estejam aqui me esperando. Amo vocês, viu? 💖
E boa leitura ♥️
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Carolina nunca esteve tão nervosa em toda a vida. Estava agoniada com a reação de Hari e ao menos conseguia pensar em outra coisa que não fosse suas melhores amigas brigando e terminando um relacionamento que nem ao menos havia começado - por falta de coragem e vergonha na cara das duas mesmo.
Enquanto tomavam um café forte naquele dia frio de dezembro - é, coerência não havia nenhuma -, Hari explicava detalhadamente o que havia acontecido, que há umas três semanas atrás, Natália saiu com algumas amigas e chegou bem tarde, bêbada e dizendo que depois da festa tinha saído para outro lugar com duas das meninas, enquanto o restante foi para casa.
Escutava atentamente cada palavra, tentando encaixar tudo para formar uma opinião, mas não conseguia acreditar que Natália realmente tivera coragem de fazer um negócio daquele. A não ser que ela quisesse provar que continuava sendo hetero, não havia outra opção para explicar tal atitude, ir para cama com um homem qualquer e consequentemente engravidar dele.
Mesmo assim conversou com Hari e quando ela se acalmou totalmente, decidiram voltar para o prédio. De acordo com ela, havia recebido uma mensagem de Gabriela, avisando que Natália estava conversando com ela. Por isso seguiram direto para o apartamento da paulista.
Durante o tempo que passaram dentro do elevador, Hari parecia cada vez mais nervosa. Não podia culpá-la, coitada, mas algo precisava ser feito, mesmo que ela não quisesse. Confortou-a com uma afagada breve no ombro e no segundo seguinte a porta abriu e ambas seguiram lado a lado na direção do apartamento. Antes de chegar à porta, pegou a chave no bolso traseiro da calça jeans que estava vestindo e já se preparou para encaixar na fechadura, porém acabou se deparando com uma folha de papel A4 cor de rosa com um texto escrito de caneta de gel brilhante azul marinho. Franzindo as sobrancelhas, leu em voz alta:
- Oi, meu amor. Desculpa, a gente precisava te distrair um pouco - enquanto lia, não percebeu que Hariany deu um pequeno passo para o lado, se afastando. - Eu tenho uma surpresa pra você, mas primeiro você precisa me encontrar. Vamos seguir algumas pistas? Eu te amo... Gabriela.
Logo abaixo da assinatura de Gab havia colado com fita adesiva colorida um pequeno envelope verde água, com os dizeres: Primeira pista. Quando ia abrir, se deu conta de uma coisa muito importante, mas muito importante mesmo. De sobrancelhas franzidas, virou o rosto para Hariany de uma vez só, só então reparando que ela já estava há pelo menos um metro e meio de distância.
- Ôh véi, era tudo mentira?! - Perguntou, indignada, mas ela não respondeu. - Diga agora, Hariany!
- Não bate em mim não, sô - a goiana ergueu as mãos em um sinal claro de rendição, se afastando um pouco mais só por precaução. - Eu precisava distrair você, Gabriela confiou em mim.
- Por que cê tá tão longe, venha pra cá agora - antes de pensar em correr na direção dela, Hari disparou na direção oposta. - Não corra não, venha, Hari!
- Eu não sou doida não, véi! - Hariany parou no elevador e começou a apertar o botão freneticamente, sussurrando sozinha: - Abre logo, abre logo...
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Te Espero No Farol
Fiksi PenggemarSalvador - Bahia, Carnaval 2020. Um encontro dos participantes um ano depois da última edição do Big Brother Brasil revelará para Carolinha Peixinho o que ela nega com todas as suas forças. Suas dúvidas e sentimentos mais cruéis estarão em jogo, afi...