Delírio

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Oiii, voltei ♥️

Boa leitura a todas. Preparadas?

(...)

Carolina não se sentiu melhor quando a ambulância entrou praticamente em alta velocidade na porta do hospital público de Salvador. De acordo com o socorrista, eles a levariam para lá, mas que a transferência para qualquer outro hospital que a família quisesse poderia ser feita assim que ela fosse atendida.

Desesperada, passou as mãos no rosto e desceu da ambulância para que eles tivessem espaço para retirar a maca em segurança. Aproveitou para pegar o celular e ligar para sua família, precisava avisar sobre o ocorrido. Estava todo mundo muito desesperado para fazer qualquer ligação depois que chegaram no acidente.

Tentou controlar o choro ao falar com ela, mas não conseguiu. Estava exausta, cheia de fuligem pelo corpo, as pernas bambas e o coração tão apertado que parecia que iria explodir a qualquer momento. Depois que ela disse estar a caminho, desligou o aparelho e correu para dentro do hospital.

Precisava saber se sua irmã estava bem, precisava tirar todo esse peso das costas, senão não conseguiria respirar outra vez. Correu até alcançar os enfermeiros que a receberam e praticamente se jogou em cima de Clarisse.

- Você é da família? - A enfermeira perguntou, sem parar de empurrar a maca.

- Sou irmã dela - Carolina tentava não chorar mais.

- Olha, não sei se os bombeiros te falaram, mas ela bateu a cabeça muito forte no acidente e é provável que tenha algum outro membro fraturado. Ela está há muito tempo inconsciente e nós precisamos correr com os exames.

- Eu posso entrar com ela?

- Não no estado que ela se encontra. Eu sei que é difícil, mas mandaremos notícias assim que terminarmos todos os procedimentos - ao terminar de dizer, a equipe médica passou pela porta dupla e desapareceu com Clarisse.

Peixinho não sabia dizer quanto tempo ficou parada de frente para aquela porta, mas tinha total noção do barulho que o relógio acima de sua cabeça fazia toda vez que um segundo se passava. Estava aérea, sem reação. Por que isso tinha que acontecer? O que tinha feito para merecer isso?

Relutante, virou as costas e foi para a sala de espera, onde pegou o aparelho celular e ligou pela milésima vez para Barradas.

- Já tiraram ela do carro?

(...)

- Você consegue dizer para a gente onde sente dor? Sabe se tem algum objeto perfurando alguma parte do seu corpo?  - A socorrista estava debruçada no banco carona,  praticamente em cima de Gabriela.

- Acho que quebrei as costelas, mas alguma coisa tá prendendo minha perna. - respondeu com dificuldades até para respirar. Tudo doía.

- Certo, nós vamos tentar remover você pelo outro lado para não causar mais danos.

Gabi só assentiu e ela saiu do carro. Nessa hora conseguiu visualizar seus amigos e sorriu para eles, embora sentisse muita dor. Hariany por algum motivo ainda continuava ali e a olhava aflita enquanto segurava o braço como se fosse um bebê. O que ela ainda estava fazendo ali? Deveria estar sendo atendida no hospital.

O carro foi deslocado para o lado pelos socorristas. Victor e Lívia também ajudaram, a fim de abrir espaço para abrir a porta do motorista, que estava obstruída pelo poste em que bateram depois da colisão com o carro. Depois disso, eles se afastaram novamente e os bombeiros se aproximaram da porta, que felizmente cedeu ao tentarem abrir. Apenas tinha amassado por fora.

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