Desespero

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Oi, meus amores!! Tem alguém bravo comigo aí? 🥺

Vocês já sabem que eu adoro um drama né? Então não me matem ♥️

Eu amo vocês ♥️

(...)

Foi tudo tão rápido que não houve tempo para pensar. A pancada aconteceu no lado do carona e o impacto foi tão forte que amassou totalmente a lateral do carro. Tanto Gabriela quanto Hariary foram de encontro a porta do lado esquerdo, então o carro derrapou e terminou por parar ao colidir com um poste.

A fumaça saía do veículo, mas não havia indícios de fogo. Tudo era silêncio e escuridão, as três estavam inconscientes. No outro carro, o motorista voou pelo vidro, pois estava sem o cinto de segurança. Algumas pessoas que voltavam do trabalho se assustaram com o acidente, assim como o trânsito praticamente parou.

Gabi abriu os olhos devagar e gemeu de dor ao tentar se mexer. O que tinha acontecido? Sua cabeça parecia que iria explodir. Onde estava? Por estava sentindo tanta dor?

- Gabi? - Ouviu uma voz baixa vinda do banco de trás seguida de um gemido. - O que aconteceu?

- Acho que alguém bateu na gente - respondeu com dificuldade. - Eu não consigo me mexer.

- Eu acho que quebrei meu braço. Tem alguma coisa fora do lugar.

- Fica parada, não se mexe - só então se tocou e virou para o lado com dificuldade.

A cena fez seu coração parar na mesma hora e a respiração ficar presa nos pulmões. Clarisse ainda estava desacordada e a camisa branca coberta de sangue. Com a cabeça pendendo para frente, os cabelos tampavam qualquer tentativa de Gabi ver onde é que ela havia se machucado. A única coisa que segurava o corpo da baiana era o cinto de segurança.

- Clarisse! - Pensou ter gritado, mas notou que estava sem forças até para falar. - Clarisse, pelo amor de Deus, acorda!

- Meu Deus, vocês estão bem? - Alguém chegou correndo e olhou para dentro do carro pelo vidro aberto do lado de Gabriela.

O rapaz olhou a situação e imediatamente tirou o celular do bolso. Gabi tentou prestar atenção, mas acabou fechando os olhos sem perceber. Estava se sentindo cansada, sem forças para continuar de olhos abertos, por isso só se entregou. Estava se esforçando demais.

- Não se atreva a dormir, Gabi - Hari falou do banco de trás e gemia a cada movimento. - Ou, véi, abre os olhos, anda.

A paulista acabou cedendo aos pedidos e tornou a abrir os olhos. Aos poucos algumas pessoas foram parando para tentar ajudar, mas Gabriela pediu para que esperassem os bombeiros chegarem, pois sua perna estava presa em alguma coisa. E mal sabia que a lateral da cabeça, assim como de Hari, também sangrava.

Estava em estado de choque. Não conseguia se mexer, não conseguia agir contra tudo aquilo. Gabriela ainda não tinha noção do que estava acontecendo, não noção suficiente para mover um dedo e tentar sair daquele carro. A única coisa que realmente a tirou do transe foi Clarisse ainda desacordada ao seu lado. Mas a defesa do seu corpo foi o conjunto de lágrimas que começou a escorrer em  tom forte de desespero.

Reunindo forças de onde não sabia que tinha, destravou o cinto e gritou de dor ao tentar girar o corpo para tentar chegar nela. Ainda assim, sentindo uma dor o suportável na região das costelas esquerdas, ergueu os braços e chegou finalmente até ela.

- Clarisse... - tirou os cabelos lisos do caminho de sua visão e arfou quando viu o rosto coberto de sangue. Gemendo, passou a mão por onde conseguiu e tentou verificar se ela tinha mais ferimentos. - Clarisse, acorda, por favor.

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