Parte de Mim

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Oi, meu amores. Pensaram que abandonei vocês né? Jamais. Final de semana não consegui escrever, mas aqui estou eu com mais um capítulo. Talvez amanhã tenha mais ein. Espero que não tenham esquecido de mim, porque não esqueci de vocês, lindezas ♥️

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15 dias depois:

Ribeirão Preto

Já passava das sete da noite quando Gabriela girou a chave da porta de entrada do apartamento de sua mãe, que já a esperava junto com Natalia para jantar. Sorrindo de orelha a orelha foi até elas e as abraçou, uma de cada vez.

Já fazia quinze dias desde a última vez que tinha visto a Carolina Peixinho e era como se parte do seu coração tivesse ficado para trás, em Salvador junto com ela.

Na quarta-feira de cinzas teve que sair bem cedo, pois ainda precisava fazer o check in antes de embarcar. Dessa vez a baixinha a acompanhou até o aeroporto e nem uma das partes se opôs a isso, mas não significava que havia sido menos difícil. Muito pelo contrário.

Durante a despedida, as duas choraram. Gabriela não conseguiu segurar dessa vez, embora tenha tentado bastante. Ter que deixá-la para trás era como uma morte lenta e dolorosa. Ainda conseguia se lembrar da carinha de choro quando foi obrigada a ir para a área de embarque e ela ficou do outro lado do vidro, olhando-a de uma forma triste enquanto acenava.

Quando chegou em São Paulo, não teve tempo nem de ir ver sua família, pois precisava ir em casa tomar um banho rápido e correr para o estúdio. Quase não teve tempo de almoçar também, mas conseguiu engolir a comida na esquina do prédio e se obrigou a chegar o mais rápido possível depois disso.

Os dias passaram rápido até, mas era tão doloroso ter que conversar com Peixinho somente por ligação ou mensagem instantânea que nem sabia mais o que fazer para amenizar a saudade que estava sentindo. Infelizmente aquela era a única forma de se manterem um pouco perto, mesmo estando tão longe.

Já era 16 de Março e no dia seguinte era seu aniversário de 34 anos. Dona Maria Célia insistiu em fazer um almoço e chamar alguns familiares e amigos, mas nada seria cem por cento perfeito se Carolina não estivesse junto. No final de semana tinha marcado com suas amigas e a irmã de irem a uma baladinha curtir um pouco para comemorar a data já passada.

Nada muito mirabolante.

Mas antes disso, entre o final da tarde e o começo da noite, tinha fechado um show com um barzinho próximo à boate, onde faria a performance junto com as meninas de seu antigo grupo. Embora Gabriela tenha decidido seguir como carreira solo, sempre dedicaria um pouco do seu tempo para tocar e cantar com elas.

- Você já terminou de gravar as músicas, Gabi? - Naty perguntou enquanto colocava arroz com cenoura no próprio prato.

- Já. Só falta alguns últimos ajustes na edição dos áudios e eles vão me dizer se precisaremos ou não regravar alguma.

Gabriela se sentia tão bem com sua família que era como se tivesse sido gerada por dona Maria Célia. Nunca se sentiu tão leve e feliz estando na presença de alguém, exceto por Peixinho que já tinha o dom de deixar tudo melhor somente de estar por perto. Sem precisar fazer a esforço para isso.

Quando o almoço terminou, ficou com elas conversando por mais ou menos uma hora. O assunto fluía naturalmente, mudando de tema constantemente e sempre mantendo o ritmo rápido e envolvente. Gabriela ria sempre que o nome de Peixinho era envolvido no meio. Ria de nervoso, claro. Não tinha contado para elas seu envolvimento com a soteropolitana, mas elas sabiam que alguma coisa estava fora dos trilhos, por isso sempre lançavam alguma piadinha quando visualizavam uma brecha para isso.

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