Você Não Faz Nada

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Ei, olha quem postou o capítulo sem querer de novo. Vou parar de escrever pelo celular 😠.. mas espero que gostem do cap. Não revisei porque tô mega ocupada com as coisas da faculdade. Beijinhos de luz ♥️♥️♥️

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Carolina tinha total certeza do mundo de que aquela era apenas a segunda vez que Gabriela a via daquele jeito tão alterado. A primeira foi quando ainda estavam em confinamento, onde a paulista desencadeou uma merda atrás da outra. Primeiro tirou sua piscina como consequência da prova de resistência, lhe deu o monstro quando pegou a porcaria do anjo que acarretou a mensagem declarativa de Chero, entregou a imunidade ao Rodrigo quando sabia que já tinha saído de 3 paredões seguidos, fora o voto.

Naquela época desejou não estar mais confinada com ela, embora a outra parte do seu corpo ainda a quisesse por perto. Gabriela tentou diversas vezes se redimir, mas simplesmente não conseguia parar de pensar nas coisas que ela fazia. Ela não tinha visão nenhuma de jogo, só ela não via o quanto estava sendo manipulada.

Hoje a situação era totalmente diferente, mas englobava muitas coisas não pensadas. Tudo que queria era ir embora daquela boate, se possível de volta para Salvador. Se soubesse que iria se estressar tanto, não teria nem pisado ali. Sempre foi uma pessoa centrada, controlada e que pensava em tudo antes de agir. De todos na casa, sempre foi a que aceitava todos os votos - menos o de Gabriela, pois até hoje não conseguia entender o que havia acontecido -, sempre foi a que levava tudo da maneira mais séria possível, vendo mais o jogo do que a diversão propriamente dita.

E hoje havia perdido totalmente o controle por causa de ciúmes. Não que achasse estar errada, muito pelo contrário. Não só achava que estava certa, como achava que Gabriela deveria decidir o que queria da própria vida. Sabia que não tinham nada, sabia que ainda tinham muito o que decidir juntas, que escolheram deixar rolar, mas não poderia ser feito de qualquer jeito também. Deveria ter pelo menos um pingo de empatia, afinal como ela se sentiria se seu ex resolvesse aparecer em todo lugar em que estivesse?

Irritada, pegou a dose de tequila que o barman colocou no copo e a virou de uma só vez. Não demorou muito para que Clarisse chegasse e também não se espantou com isso, já sabia que ela viria.

- Gabriela ficou assustada com todo esse ódio no coração - foi a primeira coisa que ela disse, enquanto fazia sinal para o rapaz colocar mais duas doses. - Você deveria conversar com ela.

- Não quero fazer isso agora não, véi. Estou numa pilha de nervos, acho que tudo que vim segurando desde o reality saiu de uma só vez.

- Cê acha, nega? - Clarisse ergueu as sobrancelhas em uma falsa surpresa.  - Eu não só tenho certeza como sei que ainda falta sair bastante coisa.

Carol resmungou alto, mas o som foi abafado pelas batidas do pop. Bebeu a nova dose também de uma única vez e tornou a resmungar. Por que diabos tinha que se apaixonar de novo? Sempre era sinal de dor de cabeça.

- Eu vou conversar com ela depois.

- Mana, eu te conheço melhor do que ninguém. Só tenta se lembrar de que ela gosta de você, tá? Ela também tá tentando, do jeito dela, mas tá.

- Tudo bem, mas não prometo nada.

O assunto em questão se encerrou ali, pois felizmente Clarisse mudou o rumo da conversa para como estava o andamento da construção da nova loja. Mesmo bêbada, soube explicar direitinho tudo que estava acontecendo e ela ouvia atentamente, embora estivesse praticamente gritando ao pé do ouvido dela.

Depois de uns quinze minutos voltaram para o meio da galera. Se alguém queria comentar sobre o ocorrido não demonstraram, apenas agiram normalmente, como se nada tivesse acontecido. Não foi até Gabriela, não explicou nada, apenas se manteve ao lado de sua irmã e Naty, dançando e rindo de besteiras. Sentia-se culpada por estar segurando vela, mas era isso ou ir embora.

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