É Muito Otária Mesmo

5.8K 223 293
                                    

Oiiiii, olha quem voltou! Eaí, estão preparadas para rir um pouco? HAHAHA

Boa leitura, nenéns <3

+_+_+_+_+_+_+_+_+_+_+_+_+_+_+

Depois da noite maravilhosa que passaram juntas, Peixinho ainda custou a dormir. Gabriela fez cafuné em sua cabeça durante algum tempo, mas acabou apagando sem nem perceber. A bichinha estava cansada do longo dia, não podia culpá-la.

Infelizmente não conseguiu fazer o mesmo, por muito tempo. Ficou pensando em tudo que tinha acontecido de ontem para hoje. Passou um ano negando para seus amigos que Gafish era era real, que não passava de bobeira da cabeça de todo mundo, mesmo que no fundo se sentisse diferente quando estava perto de Gabriela.

Então a viu ontem depois de um ano e não aguentou de tanta felicidade. Sabia que ela estava ali por um único e exclusivo motivo. Vê-la. E isso só fazia tudo ficar ainda mais complicado. Sentia ciúmes dela, a queria por perto e quando ela beijou o cantinho de sua boca, descobriu que no fundo não queria desviar. Mesmo depois disso, negou que sentia alguma coisa, mas deu linha na pipa, deixou rolar, queria saber até onde tudo aquilo podia chegar.

Tudo correu tão rápido que na verdade parecia que estavam juntas há meses e não há apenas dois dias. Hoje revelou para seus amigos que estavam tendo alguma coisa, mas não soube explicar o quê. E agora estava ali, deitada ao lado dela na cama, com a cabeça confortavelmente apoiada no peito que subia e descia de forma tranquila. Ambas nuas, dividindo o calor corporal e a alma.

Em algum momento acabou dormindo também, aconchegada nos braços dela. Não tinha sensação melhor que aquela.

Durante a madrugada acabou acordando, pois sentiu vontade de ir ao banheiro. A primeira coisa que veio à sua cabeça foram as cenas do filme que assistiu com Gabi horas mais cedo. A menina sendo possuída, sendo exorcizada, assombrando a vida da personagem principal e querendo matar todo mundo que via pela frente. Por isso se recusou a se levantar da cama sem acordar Gabriela para fazer companhia na ida ao banheiro.

Mesmo com pena, sacudiu-a pelos ombros bem devagar e acabou ouvindo um murmúrio como resposta, mas ela não acordou. Tentou mais uma vez.

- Gabi, me leva no banheiro? - Pediu de um jeito extremamente manhoso.

Gabriela abriu os olhos devagar e a observou com um sorriso torto nos lábios carnudos. Sonolenta, ela conseguia ficar ainda mais linda, se é que era possível.

- Você tá com medo?

Peixinho não quis responder. Estava se sentindo uma adolescente com medo de fantasmas, mas não tinha culpa se morria de pavor toda vez que assistia algum filme de terror. Extremamente prestativa e fofa, Gabriela se levantou, sem roupas mesmo, e a acompanhou até a porta do banheiro. Depois disso, voltaram para a cama e dormiram tranquilamente até o outro dia. Descobriu que sentia-se em paz dormindo nos braços dela.

Era uma sensação tão maravilhosa que não se surpreenderia se acabasse sonhando com ela também.

(...)

Ambas estavam tão cansadas que nem se preocuparam em acordar cedo, apesar de o celular de Peixinho ter tocado às oito da manhã, mas ela apenas esticou o braço e desligou o despertador nas duas vezes seguidas que ele irritantemente começou a gritar pelo quarto. E voltou a dormir rapidamente depois disso, virada para a direção da parede enquanto Gabriela a abraçava automaticamente por trás, dormindo de conchinha. 

A luz do sol já tentava entrar pelas frestas da cortina quando infelizmente acabaram sendo acordadas com bastidas na porta e o som irritante da campainha. Elas se assustaram de leve e abriram os olhos de forma lenta e sonolenta. Foi então que mais um barulho rompeu a casa e Peixinho se sentou.

Te Espero No FarolOnde histórias criam vida. Descubra agora