Cê Me Ama?

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- Mas você já quer casar no Carnaval? - Carolina foi pega de surpresa. - Tá muito em cima, não, nega?

- A gente tem uma galera pra ajudar na organização. Seus amigos montaram uma festa absurda em pouquíssimos dias no seu aniversário, o que seria um casamento para eles?

- Vou pensar no seu caso. Primeiro você precisa se recuperar - Carol fingiu não vê-la revirando os olhos. - Agora me deixe tirar esse sabão de você.

- Você é muito má comigo.

- Oxente, por que sou má? Vou deixar você me ensaboar e eu sou má?

- É...

Carolina colocou o sabonete na mão dela e entrou embaixo d'água, se colocando entre as pernas dela. Molhou o cabelo e o corpo antes de senti-la passeando as mãos com o sabonete. Precisou chegar um pouco mais perto para que ela não se curvasse para frente e causasse ainda mais dores desnecessárias. E simplesmente deixou que ela a ensaboasse.

As mãos deslizaram pelos braços e ombros sem dificuldade. Ser baixinha tinha lá suas vantagens. Depois seguiram para seus seios e barriga. Inconsciente mordeu o lábio inferior e a olhou nos olhos. Apoiou a mão nas costas da cadeira e deixou que ela terminasse, passando por suas coxas e terminando no meio das suas pernas. Ao mesmo tempo que o sabão se espalhava, a água lavava o excesso.

- O que foi, amor? - Gabi perguntou ao deixar os dedos já sem espuma pela intimidade da namorada. - Sua cara não tá legal, você tá passando mal?

- Cê pare, viu? - Ela respondeu e fechou os olhos. Os dedos brincavam bem diante da entrada. - Seus ferimentos não podem ficar muito tempo abertos. Tenho que fazer os curativos.

- Eles podem esperar um pouco. Senta aqui no meu colo.

- Não, vai... - Carol suspirou. - Vai fazer pressão na sua coluna. Sossegue, vei. Cê tá com as costelas quebradas.

- Mas não tô morta - e deu uma risada. - Só um pouco, eu tô com saudades do seu corpo. Vem cá me dá um beijo.

Ainda com a mão entre suas pernas, Carolina acabou se rendendo e terminando de se aproximar, mas não sentando no colo dela para realmente não fazer compressão na coluna vertebral e acabar piorando a lesão ainda mais, mas cedeu ao último pedido. Se aproximou e colou seus lábios nós dela, iniciando um beijo cheio de amor e tesão.

A água ainda caía nas costas de Peixinho, que brincava com a língua de Gabriela enquanto sentia um par de dedo entrar devagar. Soltou um gemido entre o beijo, mas não parou de beija-la. Também estava com saudades. Ficaram sem se ver quatro dias e quando ela volta, sofre um acidente de carro. Sentia falta do cheiro, do beijo, do corpo, dela inteira.

Quando os dedos entraram por inteiro, Carol gemeu baixinho e apertou as costas da cadeira. A posição não era nada confortável e com certeza daqui a pouco as costas começariam a reclamar, mas deixou acontecer. Os dedos entraram e saíam com calma porque ela não podia fazer muito esforço, mas o dedão roçava com maestria o clitóris, fazendo com que não demorasse muito tempo para ter um orgasmo alí mesmo, em pé.

- Você é doida, sabia? - Peixinho disse, a respiração ofegante.

- Eu dou doida por você, Bahia. Nunca se esqueça disso.

Ambas sorriram e antes de finalmente se afastar, com as pernas ainda bambas, Peixinho deu um selinho demorado em Gabi.

- Me espere que eu ainda vou passar shampoo no cabelo, viu? Aí vou colocar um curativo novo nesses dodóis.

- Tá bom, mamãe - Gabriela riu ao vê-la revirar os olhos. - Eu te amo, Peixinho.

- Eu que te amo.

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