JANE - 12

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JANE - 12

E finalmente o dia da primeira eliminação do concurso havia chego e pela primeira vez em toda vida, eu estava meio que desistindo do meu sonho, estava torcendo para ser a primeira eliminada.

Gabriel por sua vez me dizia todos os dias antes de dormir que só queria sair daquela casa com o meu prêmio nas mãos.

Mal sabia que o melhor prêmio eu já tinha, ou seja, ele.

O dia estava um verdadeiro caos.

Gabriela havia contratado alguns profissionais da beleza para dar um pequeno trato nas participantes e isso me incluía.

Enquanto Gabriel se divertia pelos arredores da mansão, eu terminava de preencher a sobrancelha.

Não tive a oportunidade de conversar com todas as participantes por não me darem oportunidades, era claro que obviamente estavam ali para poder vencer e para isso evitavam qualquer tipo de contato.

Era cada uma na sua.

Como se eu quisesse prejudica-las (leia-se com ironia e uma breve revirada de olhos).

Segundo Vera, após a eliminação teríamos uma festa onde nossos acompanhantes mesmo alguns sendo crianças poderiam participar tranquilamente, a festa era para tirar toda tensão que conseguimos durante a noite de eliminação.

Eu não estava nervosa.

Estava ansiosa.

>>> ♥♥ >>>

Agora o relógio de cabeceira batia aproximadamente sete horas da noite.

Eu estava com a maquiagem e cabelo pronta, bastava apenas colocar a roupa, mas naquele momento, minha atenção estava em Gabriel, deitado na cama com trinta e oito graus de febre.

O evento começaria as oito.

Havia dado um medicamento que sempre dava quando o mesmo estava com febre, mas desta vez, não estava querendo fazer efeito.

— Mãe, pode se arrumar... Eu fico aqui.

— Filho, nenhum concurso é mais importante pra mim do que você e a sua saúde. Ficarei aqui até que melhore.

Ele beija delicadamente minha mão.

— Eu já te disse que você é a melhor mãe do mundo?

— Hoje não.

— Então você é mãe, a melhor mãe do mundo. - beijou novamente a minha mão.

— Eu te amo mais do que tudo nessa vida filho.

Fiz carinho em seu rosto por alguns minutos e escutamos alguém bater.

— Pode entrar. - falei sem sair do lugar.

Assim que a porta abriu, Michel entrou com Lara no colo.

— Estão lhe procurando para fazerem uma foto, Jane.

— Eu já estou indo. - respondi sem encará-lo por muito tempo.

— Está tudo bem?

— Claro que está. - respondi o óbvio.

— Só estou com febre. - Gabriel interferiu no assunto.

Tudo o que eu queria era que o Gabriel ficasse quieto em certos momentos.

Não era por nada, mas Michel não precisava saber detalhes da saúde do meu filho.

— Febre? - ele desce Lara no chão. — Isso é muito perigoso. - diz tocando a testa dele.

— Não está alta Michel, obrigada pelo aviso, pode ir agora. - respondi áspero o suficiente.

— Você está linda tia. - Lara elogia.

Sorrio fraco.

— Obrigada, você também.

— Precisamos leva-lo ao hospital.

— Não precisamos. Eu já o mediquei Michel, muito obrigada por sua preocupação.

— E você é médica por acaso? - pergunta de forma arrogante. — O medica sem ao menos saber o que pode ser.

— Não sou médica, mas sou mãe e por ser e por também ter presenciado cenas como essas algumas vezes é que eu sei o que ele pode ter ou não, então Michel, não interfira em algo que não é da tua conta.

— Mãe, não precisa tratá-lo assim. - Gabriel interfere.

— Gabriel eu já te pedi inúmeras vezes para não interferir em conversa de adulto.

— Tia, você tá brava? - Lara pergunta e não a respondo.

Michel bufa irritado, pega sua filha em seus braços e saí do quarto batendo a porta.

— Vamos ao hospital. - falei pegando minha bolsa com seus documentos.

RECOMEÇO POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora