JANE - 34

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JANE - 34

É claro que Michel ainda depois do que eu havia dito tentou sair por cima, mas não conseguiu ao ponto de me abalar, exceto a parte em que ele disse que se amanhã pela manhã eu não contasse à Gabriel quem era seu pai, ele mesmo se daria o prazer de contar e isso fez com que eu não dormisse a noite toda.

Fazer Gabriel sofrer era tudo o que eu não queria naquela altura do campeonato, mas sabia que isso aconteceria quando Michel se cansasse de brincar de paternidade ou quando o concurso acabasse e nós teríamos que ir embora.

Mas eu contaria porque ainda pela lei, Gabriel tem direito de ter um pai seja ele o tamanho do embuste que for.

E então eu contaria.

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Gabriel acordou ligado na voltagem duzentos e vinte, animado pois iríamos à um passeio com Vera.

Meu coração batia descompassado dentro do peito por temer pela reação que teria quando contasse a ele que Michel era seu pai.

Ele estava terminando de colocar o tênis quando eu entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim.

— Você está lindo querido. – falei beijando sua testa.

— Obrigada mãe, vamos?

— Filho. – respiro fundo. — Precisamos conversar por um instante.

Ele arregala os olhos.

— Eu juro mãe que as flores do jardim do Michel não foi eu que matei, eu só estava passando por ali e pisei em uma, aí as demais morreram, por favor não me deixa de castigo.

E eu nem estava sabendo disso.

— Filho, você se entrega muito fácil. – dou risada. — Nem foi sobre isso que eu vim falar, é sobre um assunto muito sério.

— Matar as flores não seria algo sério? – perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Você está pedindo pra ficar de castigo, parece. – cruzo os braços.

— Por favor não mãe linda, vamos lá, me conte. – sentou confortavelmente na cama.

— Filho, o seu pai apareceu.

Seus olhos se arregalaram.

— Apareceu? E aonde ele está?

— Muito perto. Primeiro eu quero que você saiba que não foi intencional esconder de você que ele estava por perto, eu queria protege-lo porque seu pai nunca foi flor que se cheire e eu só queria te poupar da dor que eu senti quando ele me abandonou ainda grávida de você, então, foi somente por causa disso que eu não te contei.

Seus olhos se encheram de lágrimas iguaizinhos aos meus.

— Tudo bem mãe, eu acho que eu te entendo. – acariciou minhas mãos trêmulas em cima da perna. — E quem é ele, mãe?

— Seu pai é o Michel querido.

E seus olhos se arregalaram, logo aparentaram se perder e suas mãozinhas foram parar no rosto.

Lágrimas começaram a rolar por ele e eu o puxei para um abraço.

— Não chora filho, por favor. – pedi. — Estou tirando um peso das minhas costas por te contar.

— Eu gostava tanto dele. – murmurou. — Nunca vou perdoá-lo.

— Filho, apesar de tudo temos que perdoar aqueles que nunca nos pediu perdão.

Eu estava dizendo aquilo tão convicta que até parecia ter perdoado Michel, mas assim como meu filho, não sei se seria capaz.

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Olá queridas!
Tem alguma leitora do Rio aqui? Se sim de qual cidade?

No próximo mês estarei indo pro Rio e queria muito conhecer vocês rsrsrs.

Deixe aí nos comentários! ♥ 

RECOMEÇO POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora