RECOMEÇO POR AMOR

JANE - 38

Queridas!
Passando para agradecer os 5K de visualizações, vocês não sabem o quanto isso me motiva!
Passei por um bloqueio por um ano, sem conseguir escrever uma palavrinha sequer e Enrico e Recomeço por Amor foram o que me fizeram tentar novamente e vocês são fodas!
Por conta disso, vou soltar mais um capítulo hoje, tá?!
Obrigada, de verdade!
                                                          29/05/19

JANE - 38

Ao final da tarde, enquanto terminava o penteado do meu cabelo para a noite de eliminação, escutei a porta principal (da sala) batendo e em seguida um palavrão, segundos depois, um barulho de vidro se estilhaçando ao chão e então assustada fui ver o que poderia ser e pasme, ao chegar lá embaixo, encontrei um Michel totalmente descontrolado quebrando tudo o que via pela frente.

— Michel para com isso, o que está acontecendo? – perguntei sem entender.

Naquele momento, todos os participantes e moradores daquela casa já haviam aparecido na sala e ele sequer se importava, continuava a quebrar as coisas e ninguém, absolutamente ninguém o parava, exceto eu que dei uma de mulher maravilha e segurei em sua mão no momento em que o mesmo estava prestes a quebrar um vaso na parede.

— Me solta! – ele disse irritado, mas eu não soltei e Vera aproximou-se de nós e tirou o vaso de suas mãos.

— Aquela vagabunda. – seus olhos se encheram de lágrimas. — Ela vai pagar por tudo que está fazendo comigo.

— Que vagabunda Michel, você bebeu? – Vera pergunta perplexa.

— Que vagabunda? A sua patroa Gabriela, Vera! Aquela vagabunda me roubou!

E eu arregalei os olhos.

— Como assim? – ela pergunta tão chocada quanto eu.

— O cofre da empresa foi roubado nesta madrugada pelo Bruno.

Eu sabia que ele não era flor que se cheire, sempre desconfiei da bondade daquele cretino.

— E onde a senhora Gabriela entra nisso? – ela pergunta ainda sem entender.

— Ele me roubou a mando dela! Confessou tudo. Gabriela que está lá nos quintos dos infernos me roubou, justo eu que sempre fiz tudo por ela, aquela vagabunda.

E então, ele começou a chorar. Eu quis perguntar a quantia, mas sabia que estaria sendo intrometida demais e o foco naquele momento era acalmá-lo, mas não seria eu quem faria isso e sim as demais pessoas que ali estavam.

Eu já havia feito demais e foi pensando nisso que deixei todos sozinhos e voltei para o quarto para terminar o penteado.

Gabriel veio atrás, parecia perdido e atordoado.

— Está tudo bem? – perguntei.

— Estou, mas eu nunca o vi assim, é estranho.

— As pessoas às vezes perdem o controle mesmo. – falei colocando a última presilha no cabelo.

Ele ficou quieto por alguns minutos até que disse.

— Desculpa mãe.

Parei de passar o lápis de olho e o encarei.

— Desculpas pelo o quê?

— Por me afastar de você. – seus olhos se enchem de lágrimas. — Você é a mulher da minha vida, eu não queria que fosse assim e eu estou arrependido por te evitar. Eu só estou confuso. – suas lágrimas rolam pelo rosto e eu o puxo para um abraço.

— Não se preocupe meu amor, a mamãe te entende perfeitamente. Eu prometo que isso tudo irá passar e que logo, se Deus quiser ainda hoje, voltaremos para a nossa casa e teremos a nossa vida. – beijo sua bochecha e limpo suas lágrimas.

Sua cabeça agora recostada em meu peito, faz com que eu me sentisse frágil por não ser capaz de defender o meu filho suficiente, por não poder aquietar seu coração confuso e por não conseguir evitar seu sofrimento e então só por isso eu sentia a imensa vontade de chorar, mas não choraria, por ele e por nós.

— Te amo para sempre mãe! – beijou meu rosto e secou a lágrima.

— Eu te amo além do para sempre.