JANE - 48

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                                    JANE - 48
Quando assinamos o contrato para participar do concurso, devemos preencher um relatório explicando se temos alergia à algo de comer, medicamento e coisas desse tipo para evitar que nós, participantes vamos parar no hospital ou sofra algum constrangimento.
E justo hoje, quando eu estava faminta a mesa estava farta de uvas.
Eu tinha alergia a uvas.
Eu sabia que aquilo tudo havia sido proposital pois quem sempre dava as rédias do que fazer, era Vera e ela estava visivelmente irritada comigo.
Procurei por algo na mesa que pudesse não ter e em uma das tortas fiquei na dúvida.
- Essa torta tem uva, Marlene? - perguntei à cozinheira.
- Não querida, fizemos essa espacialmente para você, sem uvas!
Forcei um sorriso e cortei o primeiro pedaço.
Foi só no terceiro pedaço que eu senti que sim, tinha uva naquela merda!
Foi quando olhei para o meu braço e vi o notável inchaço que passei a me desesperar.
Gabriel arregalou os olhos.
- Vocês deram uva para a minha mãe! - ele gritou.
Meus lábios não demoraram a começar a formigar e por mais que eu tomasse água, aquilo não cessava.
Senti meu rosto rurborizar e minha garganta já estava seca ao ponto de não conseguir engolir nada.
Bastou eu levantar para me socorrer sozinha já que todos me olhavam espantados, exceto Vera, para que tudo se perdesse no ar e a escuridão me invandir.

RECOMEÇO POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora