Capítulo 16

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Deitada em minha cama penso no jeito como Andrew me abordou para me chamar pra sair, eu queria ter beijado ele naquele momento, mas Sam estava lá. Retiro os óculos e os encaro de forma carinhosa.
Pra quem queria apenas chamar a atenção dele está conseguindo mais do que o esperado.
Ele foi gentil em comprar um óculos idêntico ao que o vovô me deu a meses atrás, o resto do meu antigo óculos se encontra junto com o uniforme sujo de sangue no bando traseiro do meu Fusca. Mordo meu lábio inferior e pego meu celular para ver a hora.
Já são seis da tarde, hora de ver Andrew limpar seu BMW como todas as tardes de terça feira.
Se isso soa estranho, muito.
Mas quem liga ?
Levanto me e vou em direção a janela, afasto um pouco a cortina e lá está ele, em frente a casa de seus pais limpando o capô com uma flanela laranja. Andrew cuida mais do carro do que de qualquer outra coisa, se eu bem me lembro o ganhou de presente em seu aniversário de quinze anos.
O senhor e senhora Grayson são donos de restaurantes franceses espalhados por todo país, já fui algumas vezes jantar com meu avô e Sammy lá, a comida é muito boa e o serviço também.
Apoio meu cotovelo no batente da janela e coloco meu queixo sobre o punho fechado, ele está sem camisa e com as calças jeans apertada um pouco caída nos quadris, deixando sua cueca a mostra.
Tão sexy.
Meu telefone toca e merda, não está no silencioso, Andrew escuta o barulho e olha em direção a minha janela. Fico vermelha na hora, ele me manda um de seus belos sorrisos e acena pra mim, devolvo seu aceno e saio da janela.
Merda Sam.

- Oi Sammy !- atendo rápido.
- Oi morango, você está bem ?
- Claro, até tenho um encontro amanhã.
- com o gostosão do Andrew ?
- com quem mais seria Sam !?
- caramba, se eu soubesse que era só te arrastar pra uma festa, deixar você beber e quase beijar uma menina que isso faria ele te olhar teria feito muito antes. Preciso te dar mais vestidos como aquele. - ele ri.
- Sam, eu não tenho a mínima ideia do que vestir. - me jogo na cama.
- eu te ajudo morango, não precisa nem falar duas vezes.
- esteja aqui as seis tudo bem ?
- claro morango, agora eu vou sair com Brandon. Me deseje sorte. - sinto seu sorriso malicioso brotar do outro lado.
- não deixa ele comer você tá. - rio.
- se ele quiser eu deixo sim.
- seu pervertido, não era isso que eu quis insinuar.
- mesmo assim, beijos morango. Te ligo mais tarde.
- beijos Sam, volte inteiro pra casa.

Depois te tomar um banho desço até a garagem e pego o uniforme e o meu antigo óculos, depósito o uniforme na máquina de lavar e jogo os óculos dentro de um saco preto levando o até o lixo do vizinho.
Vovô foi a umas das suas aulas de pintura no bairro ao lado e provavelmente só vai voltar às oito e meia da noite. Vou para a cozinha e preparo uma lasanha pequena, o suficiente para mim e para ele comermos. Enquanto a lasanha gratina me jogo no sofá da sala, assistindo um filme qualquer.
Alguém bate a porta e me levanto para atender, dando de cara com Andrew e sua mania de ficar de braços cruzados.
- o que faz aqui ? - pergunto envergonhada por estar apenas de camisola.
- vim ver você. - seus olhos percorrem minhas pernas nuas descaradamente.
- só isso ? - faço ele olhar nos meus olhos.
- que tal me convidar pra entrar ?
- ah sim, claro.
Lhe dou passagem e ele entra devagar, dessa vez avaliando todo o ambiente e indo até um dos sofás.
- seu avô está ? - Andrew se senta no sofá.
- não, ele tem aula de pintura as terças. - cruzo os braços para tentar cobrir os seios apenas concertos pela camisola rosa de seda.
- e que horas ele volta ?
- às oito e meia.
- tarde. - minhas bochechas queimam com se olhar em meu corpo.
- tenho que olhar meu jantar, quer vir ?
- claro.
Ando depressa até a cozinha e me abaixo para olhar o forno.
Merda não se abaixe, ele vai ver sua calcinha idiota.
Tapo minha bunda com uma das mãos e olho a lasanha, está quase pronta. Andrew encosta atrás de mim e me pega pela cintura.
- alguém já te viu assim antes ? - seu sussurro em meu ouvido meu causa calafrios.
- só meu avô e Sam, por que ? - respondo rápido e com a respiração desenfreada.
- fica muito bem com calcinha branca.
Fecho os olhos com força por um instante e me pergunto por que deixei ele entrar, Andrew me vira com rapidez e me prensa contra a bancada.
- não tenha vergonha Mia, seu corpo é lindo. - ele me olha nos olhos e sorri de lado. - sabe, eu sempre quis saber se sua pele é tão macia como aparenta.
- Andrew, você precisa ir embora. - digo baixo.
- por ?
- pretendo permanecer virgem. - olho o chão.
- virgem ? - ele me olha confuso.
- sim.
- então fiz bem em não deixar Daniel chegar perto de você.
- como ?
- você pode ser extremamente sexy quando quer Mia, não podia deixar alguém te tocar e descobrir esse seu lado. Ninguém além de mim. - suas mãos apertam minha cintura ainda mais.
- Andrew, o que vai fazer ?

GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora