Capítulo 25

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Pude notar que seu perfume é forte, bem balanceado e extremamente sexy, assim como ele. Enquanto Andrew me fazia suas perguntas eu rezava para que Sam estivesse correto é que Andrew se tornasse meu namorado gostoso. A camisa levemente apertada não esconde os músculos, o abdômen definido, o peito perfeito, os braços malhados.
Andrew Grayson consegue ser terrivelmente lindo.
Todas vezes em que ele sorri ou solta uma risada fraca é como se eu despertasse de um transe, mordo meu lábio inferior suplicando a Deus para não me acordar desse sonho.
- Andrew posso te perguntar uma coisa? - digo receosa.
- claro, estava esperando uma a algum tempo.
- quando você viu Daniel na festa, tentando me induzir a ficar com ele. O que você sentiu ? - aperto a alça de minha bolsa.
- sinceramente, eu fiquei incomodando com a ideia dele tocar em você. - sua expressão é calma, mas seus olhos estão como uma tempestade no mar.
Violentos e raivosos.
- percebi que você daria trabalho aquele noite quando te vi com aquele vestido rosa. - ele ri mas logo fica sério de novo. - todos eles te olhavam de um jeito que me dava vontade de arrancar os dentes deles um por um.
- mas por que ?
- porque eu queria você, sempre quis. Mas não conseguia chegar perto, não só por causa do Sam mas também por que eu tinha receio de que você não me desse bola.
Meu silêncio e espanto o fazem pegar minhas mãos e as colocarem sobre as suas.
- você nunca falou comigo, nem mesmo me olhava na escola. Todas me olhavam, todas faziam algo pra chamar minha atenção, mas só você não fazia isso. Parecia que de algum jeito eu era invisível pra você. As únicas vezes que você me olhou diretamente foi quando eu fazia Daniel largar do seu pé.
- olha - suspiro pesado antes de continuar. - eu sempre vi você lá desde que se mudou pra frente da minha casa. Eu via você sendo rodeado de meninas com o passar dos anos, ia aos jogos de basquete com o Sammy só pra te ver jogar, todos os dias desde que você ganhou seu carro eu espiava da janela enquanto você o limpava. Na escola eu permanecia longe por que imaginava que você, Andrew Grayson, o super popular da escola nunca olharia para uma nerd estranha que sempre anda cheia de livros nas mãos. Eu via nos bailes você a cada ano com uma líder de torcida, a cada semana você agarrado com alguma garota popular, a cada dia sair de casa no mesmo horário que eu e nunca olhar para frente, eu vi você beijando várias garotas em frente a sua casa, escorados em seu carro, garotas realmente lindas. Se algum tinha medo de ser rejeitado, esse alguém era eu, não você.
- me desculpa. - seus olhos estão tristes e derepente eu me sinto culpada de ter dito tantas coisas, mas ele precisava saber.
Me inclino e o beijo, o beijo como se minha vida dependesse daquilo, e ele como um bom garoto retribuiu a altura. Levo as mãos até seus cabelos cor de ébano e os puxo de leve logo percebendo um aperto gostoso em minha cintura e em minha nuca. Ele ainda está com gosto de vinho.
Vinho e paixão.
Andrew morde meu lábio de fraco e continua a me beijar, a falta de ar começa a aparecer mas eu tento ignorar esse fato, ele beija tão bem. Me aproximo mais e deixo minha mão esquerda em seu cabelo e coloco a direita em seu rosto, tentando puxa lo mais para frente.
Quero aproveitar essa boca ao máximo.
Áreas do meu corpo começam a acender e eu me esforço para não perder o controle. O jeito com que ele puxa os fios da minha nuca arrepia cada parte de mim, me deixando cada vez mais necessitada de sentir sua boca contra a minha.
- é melhor irmos pra casa.- digo entre o beijo.
- também acho. - ele continua a me beijar e termina com um selinho demorado.
- você esperou esse tempo todo ? - ele escora sua testa na minha.
- o amor é paciente. - repito a frase que meu avô costumava me dizer.

" "
Andrew estaciona na garagem de sua casa e andamos de mãos dadas até a porta da minha, ele me beija novamente, me tirando o fôlego e me abraça.
- prometo não te fazer esperar nem mais um minuto. - seu hálito quente bate em meu pescoço.
- tenho que entrar, já são onze horas.
- te vejo amanhã.
Pego a chave da porta em minha bolsa e a coloco na fechadura, me viro para dar mais um beijo em Andrew.
- boa noite.
- depois desse beijo a minha noite vai ser ótima. - ele sorri e se vai quando eu fecho a porta.
Essa noite foi tão perfeita, espero que nada mude pela manhã.
Subo para o meu quarto e dou duas batidas na porta do vovô, ele resmunga algo e eu entro no meu mundo. Sorrindo como uma boba retiro a maquiagem e a roupa e visto minha camisola. Lembro que Andrew está com o meu camisão do Bob esponja e lhe mando uma mensagem de texto.

Vai me devolver o camisão ?
M.

Não, ele tem seu cheiro. Esqueça dele, agora é meu.
Andrew ❤.

Posso te dar outra coisa com meu cheiro, como um lenço ?
M.

Você dorme pelada com um lenço no pescoço ?
Andrew ❤.

Sinto minhas bochechas corarem violentamente.

Não, eu não durmo com nada além de uma camisola ou um camisão.
M.

Então isso significa que você dorme pelada por baixo desse camisão? Por isso eu não posso devolver, ele tem o cheiro da sua pele depois do banho.
Andrew ❤.

E é um cheiro muito agradável de se sentir antes de dormir. Boa noite ruiva.
Andrew ❤.

Boa noite Andrew.
M.

GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora