Capítulo 107

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O que eu devo dizer a ele ?
- Andrew, eu não sei o que dizer.
Minha voz sai baixa demais e eu temo que ele não pode me ouvir, pois continua atento aos meus olhos, analisando cada pedaço da minha face como se quisesse descobrir a resposta sozinho.
- só nunca mais me pergunte se eu sinto falta daquele babaca, por que eu não sinto e você sabe disso.
- tudo bem.
O puxo para um abraço e noto que Andrew está tenso, com a mão esquerda enfio os dedos nos cabelos um pouco grandes e ainda não cortados do meu namorado. Os fios deslizam entre meus dedos e eu começo a me arrepender de ter perguntado. Mas eu precisava perguntar e ter uma resposta, sei que Andrew sente falta do amigo mas seu orgulho consegue superar a barreira da sanidade as vezes. A cabeça repousa sobre meus seios, os braços ainda ao meu redor e as pernas esticadas com os pés apoiados na mesa de centro. Mordo o lábio inferior internamente e continuo com a carícia, observando quando os fios grossos e lisos se mexem de acordo com os movimentos dos meus dedos. Andrew se move e eu cesso os movimentos dos dedos, retirando a mão de sua cabeça no momento em que ele levanta um pouco o rosto. Os olhos fechados, os lábios entreabertos e as bochechas meio rosadas, me abaixo um pouco e deixo um beijo de leve em sua testa, fazendo com que seus grandes olhos se abram e me olhem com toda a sua inimaginável beleza esverdeada com pontos castanhos.
- até que horas você pode ficar ?
- até umas onze - um sorriso fraco aparece em seus lábios. - pode ser ?
- pode.
Ajeito meu óculos e Andrew se levanta, olho confusa por um instante e o vejo retirar a camisa branca e a prende no cós da calça jeans.
- o que você está fazendo ? - me levanto e olho em direção a escada. - meu avô pode aparecer a qualquer momento Andrew.
- você pensa demais.
Ele me puxa com violência e cola meu corpo no seu, as palmas de minhas mãos encostam em seu peito e eu sinto sua pele quente, tão quente ao ponto de eu me perguntar se Andrew sofre de alguma febre. Uma das mãos vem até meu queixo, me obrigando a levantar a face e olhar em seus olhos.
Os olhos de um homem que sabe o que quer.
Andrew molha os lábios com a língua de uma forma tão sensual que por um momento eu esqueço do resto, ele puxa meu rosto para frente e toca meus lábios com os seus. Um beijo calmo, mas ainda cheio de pressa. Um beijo que se torna urgente, mas cheio de desejo. Um beijo que agora é carnal, mas ainda sim, cheio de amor.
Os lábios macios se movem contra os meus, tocando, provando e tomando aquilo que lhe pertence. Uma mordida é depositada em meu lábio inferior e um gemido baixo escapa de minha boca, sendo logo usurpado pela ganância dos lábios de Andrew.
Sou pega se surpresa quando ele me pega no colo, usando seus braços para me manter presa ao seu abdômen. Abro os olhos e me deparo com sua imensidão esverdeada me encarnado, o tom dia olhos um pouco mais escuros. Os lábios, agora, um pouco vermelhos.
Ele é tão bonito.
Me inclino para frente e me permito beijá-lo, tomando os lábios quentes e doces para mim. Sinto quando as pernas de Andrew começam a se mover, não sei em qual direção e sinceramente, não quero saber. Deixo seu peito e abraço seu pescoço, trazendo sua boca para mais perto, se é que isso é possível. Algo gelado toca minha coxa alguns segundos depois que Andrew decidiu parar, ele se afasta um pouco para respirar e consigo ver rapidamente que estou sentada sobre a mesa da sala de jantar e Andrew está no meio de minhas pernas.
- não podemos fazer nada Andrew, meu avô vai nos pregar. - tento dizer enquanto ele enfia as mãos por debaixo da minha camisa, alcançando meus seios por cima do sutiã. - não sei se ele já foi dormir.
- só relaxa ruiva, garanto que não vai se arrepender.
Andrew ataca meus lábios novamente e aperta meus seios com vontade, precinoando seu membro já petrificado em mim. E admito, isso é enlouquecedor.
Arranho suas costas e sinto um breve tremor tomar conta de meu corpo, a língua feroz tocando a minha e as mãos furiosas por alguma atenção.
Protesto quando ele deixa meus seios, abro os olhos e o vejo quando ele abre o zíper da calça, percebendo meu olhar um sorriso safado aparece em seus lábios e os dedos deslizam o zíper lentamente para baixo. Engulo seco e tento não demonstrar, mas esse cretino sabe muito bem como aumentar o fogo no meio das minhas pernas. Retiro os óculos e os deixo na ponta da mesa, um pouco mais afastado da onde eu estou sentada e me viro rápido quando Andrew me puxa com um braço, levando a mão restante até o cós do meu short e o puxando devagar e o deixando sobre a mesa,minha parte íntima só está coberta pelo tecido fino da minha calcinha amarela.
- amarela ruiva ? Essa eu não tinha visto ainda. - um de seus dedos toca minha intimidade e eu estremeço. - tão pronta para mim.
Em um movimento delicado e preciso ele me invade, me jogo para frente e colo seu corpo no meu, mordendo seu ombro esquerdo para abafar meu gemido.
- oh Deus. - o rosnado escapa da garganta dele e eu abro a boca, soltando a pele macia.
Andrew começa a se mover e eu fecho os olhos, a sensação é maravilhosa, melhor do que das outras vezes.
Sem dúvida .
Mordo meu lábio para que nenhum barulho escape e ouço algo que me fez abrir os olhos. O tecido amarelo que cobria minha intimidade está rasgado em sua mão, mas nem assim ele parou os movimentos, pelo contrário, tratou de acelerar ao ver minha indagação por ter destruído mais uma roupa íntima minha.
- de novo ? - digo baixo em razão das ondas de prazer.
- eu tive que rasgar. - sua voz sai baixa e sensual.
Trinco o maxilar e sinto meus lábios ficarem secos, respiro fundo, ou pelo menos, eu tento respirar fundo enquanto ele se move mais rápido, se é que isso era possível.
Mas o que é impossível para Andrew Grayson ?

GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora