Capítulo 140

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- quer mesmo saber a verdade Piccola ( pequena), então tudo bem, eu te digo. - ele cruza os bracos, dando um passo para frente. - primeiro : eu não estou sendo um babaca por que vi que você não merece ficar no meio de toda essa merda que acontece na minha vida e na do Andrew ; segundo : decidi que prefiro ter você como amiga ao invés de inimiga, seu olhar de raiva dói mais do que um tiro e sinceramente, nunca mais quero que me olhe como no jantar daquela noite.
- e a terceira ? - desvio o olhar de seu rosto para o chão por um momento.
Eu sei que Anthony pode estar tentando me enganar para me usar contra Andrew, sei que ele pode ser tão mal caráter ao ponto de tentar se aproximar de mim para machucar aquele que amo, mas e se ele estiver sendo sincero ? Assim como Daniel, ele pode ter se arrependido e pode estar tentando mudar as coisas enquanto ainda há tempo. Mais uma vez ele leva uma das mãos aos cabelos, jogando os mesmos fios rebeldes para trás enquanto a palma da outra mão procura algo no bolso traseiro do jeans. Os dedos longos revelam seu celular dourado, ao contrário do de Andrew que é prata.
- tenho que ir encontrar um dos meus sócios agora, foi bom conversar com você piccola (pequena).
- mas você ainda não me respondeu. A terceira pergunta ainda está sem resposta.
- acredite ruiva, seu eu soubesse, eu te diria.
E assim ele sorri, mostrando os dentes tão perfeitos e alinhados como os do irmão caçula, e se vira para sair do meu gramado e atravessar a rua.
Literalmente, a última coisa que eu precisava era ficar sem a resposta para a última pergunta.

" "

Me sento no sofá da sala com o controle na mãos esquerda e alguns doces escondidos no bolso do moletom, coloco as pernas em cima do estofado macio e ligo a televisão. A campainha toca e um suspiro de frustração escapa pelos meus lábios, deixo o controle sobre a mesa de centro e me levanto, o peso dos doces puxando meu moletom para baixo. Ainda descalço, ando pelo piso de madeira perfeitamente limpo, tão lindo ao ponto de eu querer correr e deslizam sobre ele como eu e Sammy fazíamos a alguns anos. Abro a porta e sorrio ao me deparar com Andrew e seu respectivo sorriso de canto.
- posso entrar ? - o vento que passa balança seus cabelos, que estão um pouco maiores.
- claro.
Lhe cedo passagem e ele entra andando de lado, a testa ficando enrugada ao olhar para o bolso do meu moletom.
- escondeu seu gato aí dentro ? - ele aponta o dedo indicador para a minha barriga.
- não amor, são doces que eu ia comer agora. - fecho a porta e o observo andar em direção ao mesmo sofá no qual eu estava sentada.
- ia comer doces escondida senhorita Collins ?
Andrew morde o lábio inferior, o soltando bem devagar ao notar meu olhar.
- não escondida, achei que você está a ocupado e não queria atrapalhar. - enfio as mãos no bolso enquanto ando até ele.
Retiro os doces e os coloco na mesa de centro, bem ao lado do controle da televisão. Me sento em seu colo, jogando as pernas para ambos os lados do seu corpo.
- eu estava ocupado, mas nunca ocupado demais para você ruiva.
Ele leva uma de suas mãos até meus cabelos do lado esquerdo da cabeça, colocando uma mecha atrás da orelha. Os olhos verdes amendoados analisando não só os fios vermelhos alaranjados, mas também a pele e todo seu conjunto de sardas. Andrew sempre consegue ficar sexy quando concentrado em alguma coisa, seja estudando, analisando, jogando ou fazendo qualquer coisa que prenda sua atenção.
Ele realmente sabe como usar seu charme e beleza ao seu favor.
E eu confesso que essa é a melhor parte.
- o senhor Collins não está em casa, não é ? - as esferas esverdeadas se voltam para mim, queimando e dizimando cada pedaço do meu juízo.
Aproximo meu corpo do seu, deixando meu colo e o rosto mais próximos de seus lábios. Me inclino um pouco e deixo a boca a pouco centímetros de seu ouvido.
- se ele estivesse aqui, eu não estaria sentada assim. - deixo o ar sair. - vovô foi a fisioterapia e só vai voltar no final da tarde.
- e o que tem em mente ruiva ? - ele me puxa para trás, fazendo meu rosto ficar de frente com o seu.
Os olhos verdes como os de um verdadeiro felino, cruéis, famintos e principalmente, selvagens.
- quer ver um filme comigo?  - algo duro começa a demostrar vida logo abaixo da minha região íntima.
As bochechas de Andrew começam a ganhar um tom alaranjado e eu percebo mais uma vez que, ele fica muito mais sexy quando está excitado.
- eu veria qualquer filme com você amor, em outra situação. Mas agora, a única coisa que eu quero é sentir você.
Assim ele ataca meus lábios, mordendo e provando cada canto. As mãos nervosas puxando o tecido da minha blusa para cima e se enfiando por baixo do pano, revezando entre tocar minhas costas e apertar meus seios. Deixo os dedos tocarem suas madeixas negras, os fios sedosos sendo puxados para trás para talvez, me dar mais acesso a sua boca. O membro em baixo de mim cada vez mais duro, Andrew me puxa para mais perto, abraçando minha cintura na tentativa de limitar meus movimentos e de aumentar o contato entre nossos corpos. Um gemido escapa dos meus lábios o que faz Andrew me apertar ainda mais contra si, um arrepio forte ataca minha pele, levantando não só os pelos dos meus braços mas também aumentando o fogo em meu ventre. Suas mãos recuam, deixam minha barriga e os peitos e quando abro os olhos o pego me encarando.
- quer matar sua curiosidade sobre o assunto do closet ?
Balanço a cabeça em positivo e solto um gritinho quando suas mãos me seguram pelas coxas, Andrew se levanta e a única coisa que penso em fazer é beijar seu pescoço. Ele começa a subir a escada, soltando alguns barulhos de acordo com o tempo em que meus lábios beijam sua pele. Andrew tem cheiro de sabonete com essência de frutas tropicais, o que deixa sua pele quente ainda mais gostosa de se beijar, de se morder. Quando os dedos dele apertam minha carne com mais força sei que ele está quase arrancando minha roupa e me amando aqui mesmo, no corredor.
- melhor parar ruiva, ou não posso prometer ser gentil com você.
A voz rouca atiça ainda mais o meu extinto safado, no qual eu não sabia ter tanto poder sobre mim. A porta do quarto é aberta e eu levanto a cabeça para observar os olhos dele.
Pura luxúria.
E assumo, ver Andrew desse jeito só piora meu estado de excitação. A calça legging quase sendo rasgada pela pressão que seus dedos causam. Ele nos coloca para dentro do closet, derrubando minhas coisas de cima da minha mesa expositora e me colocando sentada na ponta. Com rapidez, retiro meus tênis e meias, arrancando a calça legging com dificuldade em seguida. A jogo no chão, puxando Andrew para mim pelo cós da calça jeans escura e apanhando a bainha de sua blusa, a puxando para cima e encontrando a pele perfeita de seu abdômen e peito.
- sem camisa Grayson ? - deixo sua blusa cair aos seus pés.
- isso não é novidade.
A mão esquerda dele agarra minha nuca, puxando meu rosto para frente e colando nossos lábios de uma forma brutal. A boca dele se move com maestria com minha e por Deus, eu nunca achei uma segunda feira tão empolgante. Suas mãos fortes estão indecisas de onde pegar, hora em meus seios por cima da blusa, hora em minhas coxas e outra vez em minha cintura, apertando, testando a maciez da pele. Quando ele se encosta totalmente em mim, abro a boca em surpresa ao sentir seu membro pulsar.
- eu vou te virar amor, você vai segurar nas beiradas da mesa e encarar o espelho a sua frente. - o sussurro em meu ouvido quase me fez gozar. - quero que veja como você fica linda excitada.
Com cuidado ele me tira de cima da mesa e me vira para encostar o bumbum em seu membro, faço o que ele pediu e coloco as mãos nas extremidades da madeira, olhando de relance as divisórias de brincos, colares, perfumes, acessórios de cabelo, lenços e outras coisas.
- olhe para frente ruiva, se veja como eu te vejo.
Levanto a cabeça, sentindo o tecido da minha calcinha deslizar pelas minhas pernas. Molho os lábios com a língua e ouço um barulho de plástico sendo rasgado, quando o rosto de Andrew aparece ao meu lado esquerdo quase grito ao sentir seu membro me invadir. Aperto meus dedos ao redor da madeira enquanto meu corpo se move para frente, pelo espelho vejo ele segurar fortemente meu quadril, impedindo que eu me movimente.
Andrew Grayson sempre quer estar no controle.
Os movimentos são lentos, o reflexo não diminui a tensão sexual presente no ambiente. Andrew solta o lado esquerdo do meu quadril, levando a mão, que ali estava, para a minha nuca. Agarrando meus cabelos com cuidado e me puxando para trás, deixando meu pescoço perto o suficiente de seus lábios.
- está vendo amor, veja o quanto você é fodidamente sexy.
Gemo baixo quando ele eleva sua mão até meu queixo, abaixando meu rosto para me fazer olhar para o espelho. Meus cabelos estão jogados para o lado esquerdo da cabeça, minhas bochechas estão tão vermelhas quanto meus lábios e sinceramente, ver Andrew investindo contra mim é tão excitante quanto eu imaginava. A intensidade dos movimentos aumenta, o que causa um tipo de carga elétrica em meus nervos, me fazendo abrir a boca para tentar puxar mais ar. As chicotadas de prazer estão cada vez maiores e eu sinto não poder aguentar muito tempo, os olhos dele ...
Esses lindos olhos verdes.
Estão fixos, prestando tanta atenção quanto eu no espelho a nossa frente. Meus braços ficam moles, tão moles ao ponto do próprio Andrew soltar minha nuca e quadril para envolver os seus braços ao redor das minhas costelas e me segurar para continuarmos a brincadeira.
- você é a minha perdição ruiva.
Mordo o lábio inferior, tentando encontrar as palavras para responder mas não consigo soltar nada além de gemidos, o meu estado de excitação se tornou tão grande ao ponto de me deixar sensível, muito sensível a qualquer toque causado em meu corpo.
Minha visão embaça, embaça o suficiente para eu saber que meus olhos estão se enchendo de lágrimas. Meu coração se aperta, querendo ter mais fôlego para bombear mais sangue para o corpo sem esquecer de me manter de pé. Minha mente, há, essa eu já não sei como está, talvez perdida. O tempo, parou totalmente, me deixando a mercê da rapidez com que o membro de Andrew me atinge.
Quanto tempo já se passou ? Eu não sei e, sinceramente, não me interessa.
Quando por fim, Andrew acelera mais, indo com força e me segurando contra o corpo, eu desmancho em seus braços. O suor escorrendo pela minha testa, os dedos dele machucando uma das minhas costelas e a boca dele encostada na parte de trás da minha cabeça. Devagar, nossas pernas cedem ao cansaço, nos obrigando a deitar sobre o carpete do pequeno cômodo. Andrew se retira de dentro de mim e me joga para deitar em cima de seu peito, dispensando a dureza do chão e me fazendo aproveitar confortavelmente seu corpo quente.
- você gostou ? - ele faz um carinho em meus cabelos, acariciando o couro cabeludo.
Com os lábios colados em seu peito sorrio fraco, rindo da pergunta que ele acabou de fazer. Com a respiração entrecortada o respondo rápido, com o ouvido prestando atenção em seus batimentos cardíacos acelerados.
- se eu gostei ? Acho que foi uma das melhores coisas que já fiz na vida.
Posso sentir o sorriso perfeito de formar em seus lábios, a verdadeira forma de saber se ele está feliz.
- eu ainda posso te mostrar muita coisa ruiva, mas vamos com calma.
- quando se trata de você Grayson, eu tenho toda a calma do mundo.

GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora