Capítulo 39

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- Mia. - vovô bate na porta do meu quarto e entra. - tem visita pra você lá embaixo.
- eu já vou, o senhor viu o Charlie ? - levanto da cama depressa e calço as pantufas.
- não quer saber quem é ? - ele se escora no batente da porta.
- ah sim, claro.
- Grayson.
- e por que essa caranca? - chego perto dele e o abraço.
Vovô me abraça de volta e dá um beijo no topo da minha cabeça.
- você cresceu rápido demais.
- mas sempre estarei aqui com você, não importa com quem.
Ele sorri de leve pra mim e me acompanha até a sala, Andrew está sentado no sofá do canto com uma cesta nas mãos. Ele sorri quando me vê e se levanta.
- Oi . - digo me soltando de meu avô.
- oiê . - ele sorri.
Ah que sorriso.
- vou fazer o jantar, não façam nada de pecaminoso na minha sala.
Se ele soubesse o que aconteceu no meu quarto.
- vô. - o repreendo.
- eu falo sério. - ele vai para a cozinha.
- o que faz aqui ? - me sento e puxo Andrew comigo.
- vim te ver e me desculpar pela minha ausência. - ele me entrega a cesta e pelo plástico transparente posso ver bolinhos, chocolates, doces e um sonho em um formato especial. - eu sinto muito se não pude ir a escola ontem, meu pai estava meio mal e eu tive que ficar em casa com ele enquanto minha mãe foi comprar os remédios.
- obrigada pela cesta, é um gesto lindo da sua parte cuidar do seu pai. - pego em sua mão.
- eu senti saudades. - ele me abraça.
Sentir seus braços fortes em torno do meu corpo me passa uma sensação de alívio, alívio por ele se preocupar com os meus pensamentos sobre ele.
- o que fez hoje ? E onde está o Gato ? - ele acaricia meu cabelo.
- O dia foi bom, Sammy veio aqui e passamos a tarde juntos, e o meu gato está no meu quarto deitado na cama que eu comprei hoje.
- contou ao Sam o que aconteceu entre nós ? - fico corada.
- contei sim. - olho em sua direção.
Os olhos verdes amendoados estão curiosos, Andrew sorri de fraco e beija minha boca de leve.
- como foi pra você ?
- não vou responder isso. - rio de vergonha.
- não sei por que tanta vergonha Mia, conversar sobre isso é algo normal.
- não, conversar sobre isso é algo normal entre amigos.
- nos não somos amigos ?
Amigos???????
- o que somos pra você ? - me separo dele e ajeito os óculos.
- o que você quer que a gente seja ? - ele devolve a pergunta.
O olho confusa e brava ao mesmo tempo.
- me diga você. - respondo rápido.
- pra mim já somos mais que amigos, mas se você precisa de um pedido de namoro pra se sentir melhor. - ele se levanta do sofá e me puxa pela mão.
Me levanto e Andrew me guia até a cozinha, meu avô se encontra ao lado do fogão com seu avental branco cortando alguma verdura na parte livre da bancada da pia.
- Senhor Collins, está muito ocupado ?- Andrew se dirige ao meu avô, que deixa de cortar o que eu acredito ser uma batata e se vira para olha lo.
- sim, mas fale logo Grayson.
- queria pedir a mão de Mia em namoro, e acredito que o senhor como o mais próximo de um pai pra ela seja o único que eu devo dar satisfações. - ele pega em minha mão direita a e aperta.
- olha, não vou dizer que já gosto de você por que eu estaria mentindo, mas se a minha neta quiser isso também eu aceito esse namoro. - vovô me olha. - você quer Mia ?
- sim vovô. - olho em seus olhos e aperto a mão de Andrew.
- então tudo bem, mas eu sei usar muito bem uma faca e tenho uma arma guardada na garagem. Cuide dela Grayson, se a magoar ou a fazer sofrer eu ainda tenho uma contatos que podem acabar com o que você chama de vida.
- eu prometo cuidar dela. - Andrew solta minha mão e vai até meu avô.
Ambos trocam um aperto que foi mais forte do que precisava e vovô se vira novamente para mim.
- seu gato cabeçudo está na garagem, o jantar fica pronto em meia hora. - ele olha para Andrew - se quiser pode jantar conosco Grayson.
O olho feio por chamar Andrew pelo segundo nome.
- quer dizer, Andrew. - sorrio.

GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora