Capítulo 69

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Andrew segura forte em minha mão esquerda enquanto caminhamos para fora da escola, ao passarmos pelas portas principais vejo Sam e Brandon conversando encostados em um Jeep Renegade preto, no qual que suponho ser de Brandon. Vários garotos cumprimentam Andrew antes de chegarmos ao meu carro e nenhum deles se quer me olhou, talvez o olhar intimidante ou alguma ameaça por parte do meu namorado possam responder isso. Suspiro pesado e meu celular vibra no bolso traseiro da calça, o pego com a mão livre e vejo a mensagem de um número desconhecido.

Te vejo as quatro e meia ?
Número desconhecido

Daniel ?
M.

Sim, o que me diz ?
Número desconhecido.

Claro, precisamos terminar o trabalho logo.
M.

- você ouviu o que eu disse ? - a voz irritada de Andrew me tira do devaneio e ele abaixa a tela do meu celular com o dedo indicador direito. - trocando mensagens com aquele babaca ?
- é sobre o trabalho. - guardo o celular ni bolso novamente. - não precisa ficar com ciúmes okay.
- só mantenha ele no devido lugar.
Ele me puxa para um abraço e eu retribuo com vontade, sentindo cada músculo dele por baixo da roupa se contrair e me apertar.
- eu te amo ruiva, passo mais tarde na sua casa.
- está tudo certo com a Susan ? - abro a porta do Fufu.
- sim, ela não vai sair de perto um segundo. - ele destrava seu Mercedes e sorri pra mim.
- até mais tarde. - entro no carro e deixo a mochila no banco do passageiro.
Um aceno é dado quando Andrew abandona sua vaga e sai do estacionamento. Fecho a porta e giro a chave, infelizmente meu carro não liga, giro a chave novamente e nada.
- agora não Fufu. - digo frustrada.
Giro a chave novamente e graças a Deus ele liga, ajeito o retrovisor e dou a partida pra me colocar ao caminho de casa.

" "

- vovô, o que vai fazer com o Fufu depois que me der outro carro ? - me sento no sofá ao seu lado.
- não sei, tem alguma coisa em mente ? - ele muda o canal da televisão.
- sinceramente, não. Hoje ele deu uma falhada na ignição, precisei girar a chave três vezes para ligar. - deito a cabeça e suas coxas.
- ele já é antigo Mia, - sua mão esquerda começa a fazer um cafuné em meus cabelos e eu fecho os olhos para aproveitar. - até demorou para dar esse defeito.
- é triste ter que me desfazer dele. - comento.
- mas vai ser preciso meu amor, para a sua sorte eu liguei para a concessionária ontem de manhã. Vão entregar seu carro novo ainda essa tarde.
Abro os olhos e vejo meu avô com um sorriso cúmplice nos lábios, me levanto e o encaro ainda surpresa.
- mentira ! - digo.
- não, não é mentira. Acho que daqui a alguns minutos ele já estará estacionado na frente da casa.
- e você fez tudo isso pelas minhas costas ? E o papo de fim do mês ?
- eu disse : até o fim do mês, não que seria exatamente no final do mês.
O abraço forte e ele retribui de sua forma carinhosa, as mãos encostadas em meus ombros e o queixo apoiado no topo da minha.
- obrigada vovô.
- tudo por você Mia, eu te amo.
- também te amo Conrad Collins.
Ele ri baixo e me solta, bagunçando meus cabelos com a mão depois de retirar de meu ombro direito. Ajeito os fios bagunçados e uma vizinha toca do lado de fora, me levanto correndo e vou até a janela, sorrio como uma boba ao ver o caminhão da concessionária parado em frente a garagem. Abro a porta e meu sorriso só aumenta ao perceber que acabei de ganhar um Mini Cooper vermelho, o carro está com um laço enorme na cor rosa no teto. O motorista sai do caminhão e caminha até mim.
- senhorita Mia Parker Collins ? - o moço alto de menos de trinta anos ajeita o boné que escondia seus olhos verdes.
- sim, sou eu. - mordo o lábio para não aumentar o sorriso a cada vez que olho o novo carro.
- pode assinar aqui por favor. - ele me entrega uma prancheta com alguns documentos e eu assino as linhas em branco. - é um belo presente não.
- eu amei, ele é tão .. eu. - comento.
- vou retirar ele de lá e se quiser posso estacionar na sua vaga. - ele diz simpático.
- eu vou adorar. - ajeito meu óculos. - só tem um probleminha, ainda não tirei meu carro antigo da garagem.
- não tem problema, é só retirar agora e colocá-lo mais a frente, acho que seus vizinhos não vão se incomodar com isso. - o macacão está justo em seu corpo e os músculos marcados sobre o tecido azul.
Sam iria babar com essa visão.
- eu vou retirar o carro da garagem. - aviso.
Volto para dentro da sala e pego o controle elétrico do portão da garagem e as chaves do Fufu, saindo para fora aperto o único botão vermelho e o portão lentamente começa a se levantar. O rapaz, no qual eu não perguntei o nome, permanece escorado a árvore do meu quintal com a prancheta nas mãos. Ele retira o boné e os cabelos loiros e rebeldes caem sobre sua testa, coloco o controle no bolso traseiro do short jeans e entro no carro, engatei a ré e o retiro devagar da garagem, o estacionando perto da entrada da casa de John. Saio do Fufu e vou em direção ao rapaz loiro, ele me olha com um sorriso frouxo e sai da sombra da árvore.
- pode tirar meu carro do caminhão.. - paro por não saber seu nome.
- Michael. - ele sorri.
- pode tirar meu carro do caminhão, Michael. - completo.

GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora