23|| Lighthouse, CT

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🌺 ~ John POV

"Essas são as fotos que nossa equipe tirou das ultimas vitimas, do nosso assassino.". Estava na sala de Jack, e ele estava me deixando a par do caso. "Como você tem certeza que se trata de um Serial Killer? E não queima de arquivo?", analiso as fotos, e não consigo identificar qual o padrão entre elas, talvez o bracelete de neon no pulso das vitimas, mas tirando isso, não havia muito com que eu pudesse lincar. "Pelo simples fato, de que as vitimas não tem relação alguma.", ele me entrega uma pasta com um dossiê das vitimas, eram tres, "Denise Thompson, Tyler McKenzie e Latoya Miranda.", leio a ficha de cada vitima, e realmente nenhuma ligação. Denise era uma atendente de uma sorveteria famosa, a poucos metros daqui. Tyler, era jogador universitario de futebol no ECE, (Elm City Express), time de futebol criado a 2 anos aqui em New Haven. Cursava historia em Yale. E Latoya, era professora de dança expressionista. "Não há relação entre nenhuma delas. Exceto que são pessoas bem sucedidas ainda jovens.", Jack me diz. E eu jogo o arquivo na mesa, me levantando. "Ok. Mas e ai? É só o que temos?", ele vira seu notebook para mim. "Ta vendo essas fotos dos lugares onde achamos as vitimas?", concordo com a cabeça. "Eu não sei. Mas eu tenho uma teoria... de que ele é um serial killer stalker.", balanço a cabeça. "Não acredito nisso.  Porque repare nos lugares...", passo as tres fotos. "Ele deixou os corpos, ou os assassinou, neles?", Jack pega um arquivo em cima da mesa, e o lê atentamente. "Segundo o laudo da Aimee, o corpo é deixado lá.", coço meu cotovelo. "Pelo que vi nas fotos, ele não faz nenhum estrago físico aparente nas vitimas. Não há perfurações. Mas quando as fotos da perícia foram feitas, o havia sangue saindo do nariz e da boca delas. O que indica morte por envenenamento, ou estou errado?", ele concorda. "Correto.", pego minha jaqueta de couro no encosto da cadeira. "Então, isso indica que ele cria um tipo de laço com a vitima... Que ele as escolhe a dedo, logo... alguém que conhece as vitimas, possivelmente deve te-lo visto por ai, não?", visto minha jaqueta. "Nós investigamos alguns amigos e parentes... Mas ninguém soube dizer nada sobre alguém recém chegado no âmbito deles, por serem pessoas ativamente sociais e jovens... Pode ser qualquer pessoa.", coloco meus óculos escuros. "Porque você está sorrindo?", Jack me pergunta. "Por que estou sorrindo? Bom, meu amigo, se esse caso fosse meu, eu estaria com um desafio nas mãos, porque a pessoa que comete os crimes, aparentemente não deixa rastros... Mas o caso não é meu, é?", cruzo os braços. "Sou apenas consultor.", dou de ombros. "Você não precisa ser maldoso, Johnny. Eu sei que é difícil para você voltar a trabalhar, mas não necessariamente voltar a trabalhar. Mas você é o nosso cara! Aquele que a gente liga quando entramos num beco sem saída, e bom, eu estou em um!", balanço a cabeça irritado. "Me dê o meu distintivo e arma, daí eu te mostro como a gente pega um assassino.", Digo de mau humor olhando as horas no meu relógio de pulso. "Você sabe que eu não posso... A não ser que você tenha um laudo medico dizendo que você tem feito terapia... Você tem?", respiro fundo. "John, é você que está dificultando sua volta para o trabalho. Você precisa falar com alguém!", ele diz irritado. "Eu estou falando!", ele ergue uma sobrancelha. "Quem? Você finalmente procurou ajuda?", troco de peso do corpo. "Não... Estou falando de Marie.", ele franze o cenho. "Uma garota? Serio? Você está há não sei, 2 meses em Paradise Valley, e se abriu para uma garota montanhesa?",  juntos as evidências em cima da mesa, e as coloco de volta na caixa. "Quantos anos você tem, 17? John, você tem que procurar ajuda profissional, e não uma garota qualquer de um cidade no meio do nada!", coloco a tampa na caixa e me viro para ele. "Ela não é uma garota qualquer, Jack! Ela é... Diferente!", ele revira os olhos. "Kathryn também era...", mordo meu labio inferior. "Não começa com isso! E não fale de Katy! É fora dos limites, você sabe disso!", ele levanta as mãos para cima como se estivesse se rendendo. "Tudo bem, tudo bem. Me desculpa. Mas é que isso me parece ser a coisa mais sem noção do mundo. Você não queria se abrir com a Alice(terapeuta do departamento), por não a conhecer, mas foi se abrir para uma completa estranha em Montana. Você não consegue enxergar a ironia?", coço a cabeça me sentindo frustrado. "Talvez eu só precisasse me conectar com alguém, antes de conseguir falar das minhas merdas, Jack. Não é algo fácil, mas Marie... Ela fala as coisas que fazem sentindo, e que me fazem enxergar o problema. Tanto que voltando para Montana, vou procurar ajuda profissional.", seguimos em direção a porta. "Você vai voltar para Montana? Eu achei...", saímos de sua sala, e agora andávamos em direção ao elevador do andar. "Eu preciso voltar, a trouxe comigo, e prometi que voltaria.", ele abre a porta de vidro transparente com o emblema enorme do FBI. "Você a trouxe para Connecticut?", confirmo que sim. "Uau! Isso... Uau... Você... E ela...?", entramos no elevador. "Sim e não... E eu não vou ficar falando com você sobre minha vida pessoal.", ele ri. "Pelo menos não dentro desse predio, Jack."

DEAR MARIE [JM] 1Onde histórias criam vida. Descubra agora