28|| Waitin' on the day

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🌺 John POV  ~

Fazia muito tempo desde que me sentía assim, tão bem e de certa forma tranquilo em relação a tudo ao meu redor. E devo isso a minha flor de cacto dançando, em minha frente. Depois do que tinhamos feito no final da manhã, vestimos nossas roupas, e preparei um café da manhã,  que na verdade era da tarde, porque quando descemos do quarto passava das 13h30. Levei ela para almoçar um tenpo depois, em um dos meus restaurantes japonês favoritos aquí de Fairfield. Era de frente para o mar, e como percebi que ela tinha adorado a vista resolvi leva-la de novo. Agora estavamos em casa, escolhendo músicas no spotify, para como ela mesmo disse 'conhecer o espírito musical', um do outro. Marie estava dançando uma musica do Tema Impala, que eu escolhi, e que pelo jeito ela havia adorado. "Você deveria dançar comigo.", ela diz vindo até onde estava sentado no sofá, sentando de frente para mim em meu colo."Seu humor melhorou.", digo a ela, e tiro alguns fios loiros de seu rosto. "Acho que eu só precisava me sentir querida.", ela da de ombros. "Mas você, Marie. Você só está sentindo saudade de casa.", ela concorda com a cabeça. "Você está certo. Eu estou.", abraço sua cintura, e ela apoia o corpo em meu peito. Beijo sua testa e ela olha para mim. Esses olhos azuis, eram tão bonitos. Sempre evitava olha-los porque toda a vez que me perdia neles, seu rosto se transformava no Kathryn. Mas observando-os agora, eles eram muito diferentes. O olhar de Marie era inocente, mas curioso.  O de Kathryn era vorazes. Ela tinha essa voracidade no olhar,  daqueles olhares expressivos que te passam todas informações. Marie escondia muito atrás do olhar, mas sua expressão facial te dizia tudo. Acho que foi só porque por algum tempo eu buscava por Katy, em toda mulher que via, com o pensamento de que jamais encontraria outra igual a ela. E não encontrei mesmo. E tudo bem. Porque cada pessoa é única. Assim como Katy foi, e Marie é. "O que foi?", a loira no meu colo pergunta curiosa. "Você está me olhando tão esquisito...", deito ela de costas no sofá, afasto suas prrnas com o joelho e deito sobre ela. "Você é muito grande! Não cabe aqui!", arqueio um sobrancelha e olho para ela. "É isso que você acha né?", ela engasga, e me empurra tossindo. "Não pode dizer essas coisas para mim, John!", ela me empurra. "Você é maldoso!", dou risada.

Marie era uma daquelas garotas com o coração puro. Não havia maldade em suas ações, e tenho certeza, que jamais teria coragem de tirar vantagem de alguém para conseguir o quer. Ela não tinha isso nela. Se via de longe que Annie, era uma dessas gatotas que veio ao mundo apenas para ter experiências e aprender o que podia sobre ele, e voar alto. Ela era humilde, carinhosa e gentil. Mas conseguia ser bem irritante quando queria. E me apeguei a ela. Ao seu jeito. Seu cheiro, seu sorriso. Seu corpo, seus lábios. Se ela fosse um tipo de droga, tenho certeza que eu seria um viciado. Ela não é só um desejo para sanar minha carência. Marie era... extraordinaria.  Ela podia não se achar assim, mas era assim que eu a via. " O que está pensando, Johnny?", ela me pergunta e me assusto por um instante por ter estado com o pensamento longe. "Seu olhar está distante... Onde você está?", ela aponta para minha cabeça. "Não muito longe. Prometo."

Ela não faz idéia, mas estando comigo ela corre mais perigo do que parece. E o perigo não sou eu, mas o que eu faço. Ser agente do FBI não era nenhuma tarefa fácil. Fazendo o que eu faço? Colocando os tipos de criminosos que eu coloco atrás das grades? Se eu não for cuidadoso, as pessoas ao meu redor podem se tornar a próxima vítima. Então nós sempre temos que estar um passo a frente em questão da segurança daqueles que são queridos. Marie não sabia disso. E quanto mais eu avançasse nesse caso do assassino de neon, mais precavido eu ficaria ao redor dela. Ou quanto mais os meus sentimentos evoluissem... E agora, não havia volta...Será que  você vai me amarrar nos pequenos fios do paraíso? Será que vai andar comigo antes da manhã desaparecer? Estou esperando por esse dia.

DEAR MARIE [JM] 1Onde histórias criam vida. Descubra agora