36|| Primeiro dia de trabalho?

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Ontem tinha sido um dia incrivelmente maravilhoso. E não só porque parte dele eu passei com John 'aprimorando' o que já tínhamos feito. Mas sim, por sido divertido. O homem me disse que sexo era para ser divertido, sensual e prazeroso para as duas partes, e foi exatamente assim. Ele era muito bom com as mãos, com a boca... E que boca!

Eu nunca imaginei que me envolveria com alguém, muito menos com um homem feito John. Ele tem bagagem, passou por um período difícil em sua vida, e teve que recomeçar do zero, sozinho, porque não confiava em ninguém. Nem nele mesmo. E aqui estava eu falando sobre ele no telefone com Molly.

"Então é oficial? Marie virgem, não mais?!", olho de uma lado para outro, e dou um risinho antes de confirmar.

"SIM! Molly, porque você não me disse antes, que fazer era melhor do que escrever sobre, urgh!", ela ri do outro lado da linha. Ouço o barulho do sino, de quando abrem a porta. Clientes. "Amiga, vou ter que desligar agora. Entrou leitor na biblioteca. Até depois.", desligo, e enfio o celular no bolso.

Eu havia começado a trabalhar na biblioteca do centro do bairro, e Randy havia me deixado por conta do turno da manha, e estava no amarzem de livros, separando livros novos, e consertando antigos com Nate e Hillary. Saio de trás do balcão e sigo a moça de cabelos vermelhos, deixando-a livre para escolher o que queria. Quando percebo que ela esta em dúvida, me aproximo. "Olá. Bom dia! Precisa de ajuda?", ela olha para mim com um sorriso. "Na verdade, sim. Você poderia me indicar algum livro de aventura para uma criança de 12 anos? É meu sobrinho.", ela ajeita uma mecha atrás da orelha. "Ele já leu As aventuras de Tom Sawyer?", ela da de ombros. "Eu não sei."
Levo ela até a sessão de aventura, procuro pelo livro e o entrego em suas mãos. Ela lê a sinopse do livro. "Tom Sawyer vive com sua tia Polly e o seu meio-irmão irmão Sid na cidade de São Petersburgo, no estado do Missouri, junto ao rio Mississipi. Tom e Huckleberry Finn, o filho do bêbado da cidade, envolvem-se nas mais destemidas aventuras que fazem as delícias do leitor."

Ela me olha. "É bom?", levanto uma sobrancelha. "Você nunca leu esse livro?", ela faz que não. "E nem nunca ouviu falar dele?", a ruiva faz que não. "Da onde você é?", a moça fica sería. "Não daqui?", isso explica muita coisa. "Bom, esse é um dos livros mais lidos no mundo, do escritor Mark Twain, que por um acaso, morreu na casa em que morava, em New Haven, aqui em Connecticut. Ele é ótimo, e suas histórias envolvem os leitores dessa idade por conta das aventuras e riscos que eles vivenciam.", dou de ombros. "Eu vou levar.", ela diz. Vamos até o balcão, eu passo o livro na registradora, recebo e dou o troco do livro a ela. Que pagou em dinheiro. Estranho. Coloco em uma sacola e entrego a ela. "Tenha um ótimo dia!", assisto ela sair da biblioteca e suspiro fundo.

Era legal trabalhar ao redor de livros, mas não era melhor que escrever. Eu literalmente amo o que faço, mas estou começando a achar que deveria desistir de continuar escrever Walter Grace. Era sobre John, e eu me sentia muito mal em estar usando sua história como base para um personagem baseado nele e em suas experiências. Era um livro da visão da "Rosie", que no caso sou eu, sobre o homem pelo qual ela desenvolveu uma paixão avassaladora. E eu não sei se ele gostaria de ser exposto assim. Eu precisava de uma segunda opinião. Talvez de alguém que conhece John, que sabe como ele é. Talvez, Lolita? Eles tiveram algo no passado. Talvez ela saiba como ele reagiria se soubesse o que estou escrevendo. Aviso a ela por mensagem se ela estaria livre para almoçar comigo hoje. Se ela estivesse por Fairfield. E coloco o celular perto do teclado do computador no balcão. E continuo a verificar se os livros que foram pegos emprestados estavam em dia. Aqui era um biblioteca publica, mas nós também faziamos o serviço de livraria e vendíamos livros. Haviam 4 livroa para ser entregue hoje. Um dos leitores se chamava Julian Eugene Downey. Engraçado John estava trabalhando com um Downey, pelo que entendi no outro dia... Que esquisito.

DEAR MARIE [JM] 1Onde histórias criam vida. Descubra agora