DEAR MARIE [JM] 1

33|| Someday I'll be so damn much more

Eu sempre fui uma dessas garotas que amava ir ao supermercado fazer compras para casa. É sério,  para mim havia algo terapeutico em escolher as melhores frutas, verduras e todo resto. Sem contar que vindo de uma cidade, onde o mercado mais próximo era o de Livingston, onde eu não podia ao menos fazer isso depois que o livro ganhou o mundo sem ser parada em cada sessão para conversar sobre o livro ou tirar uma foto, fazer isso em uma cidade que eu não era conhecida, era algo que por alguma razão me deixava feliz. Fui empurrando o carrinho de compras pelas sessões seguindo a risca a ordem da lista que John tinha feito. Uma nota mental: O homem costuma ser bem irritante quando se trata de fazer as coisas. Tem que sair como ele planejou. Caso contrário, ele fica azedo o resto dia. Proximo item da lista... deixa eu ver. Ah! Sim, manteiga de amendoim, seguido pela geléia.  Eu tinha a impressão estava fazendo compras para uma criança de 10 anos, e não um homem de barba na cara, de 41. John disse que iria cozinhar para mim hoje. Segundo ele, a macarronada era uma de suaa habilidades, e um de seus pratos favoritos. Mas, quando olhou na dispensa e geladeira que faltava uma porção de coisas, ele me entregou o cartão dele, uma lista e a chave da caminhonete. Obvio,  que eu vou passar a compra em dois cartões... Um para as coisas que ele me pediu para comprar que só ele come... e outro no meu, pagando as coisas que eu como. Óbvio, que a gente acabaria comendo as coisas um do outro, mas não gosto de deixar tudo nas costas dele. Enquanto caminhanhava pela sessão de frios, tentando escolher que queijo levar, tentei  manter meus olhos nas pessoas ao meu redor, elas eram tão diferentes da minha cidade... Até no modo de agir e se vestir.  As conversas eram mais sobre coisas que eu não entendia, e não sobre coisas corriqueiras, como hordenhar vacas e a baixa do tempo deixando as montanhas roxas. Não percebi que estava tão distante em meus pensamentos, que bati meu carrinho no carrinho de alguém. "Ai! Me desculpa! Eu sou muito avoada!", quando reconheci o rosto em minha frente, coloquei a mão na testa e sorri sem graça. Julian. "A gente tem que parar de se encontrar assim.", ele sorri. Era a primeira vez que eu via sem algo cobrindo os cabelos. Eles eram castanhos com um leve avermelhado, e pendiam em sua testa. Eu não me lembro deles assim quando jogamos baseball quando o vi pela primeira vez. Que estranho. "Estava distraída. Me desculpa. Te machuquei?", pergunto a ele. "Não. Estou bem, meu anjo. Tá tudo bem.", ele sorri. "Então John colocou você para fazer as compras de casa?", faço que sim com a cabeça. "Ele vai cozinhar hoje.", pego um queijo gorgonzola e um brie. "Se está querendo levar um que combine con vinhos, o gorgonzola,  é o melhor.", ele diz. "Vou confiar em você.", coloco o queijo no carrinho. "E você? Vai fazer um almoço especial para alguém?", aponto para o carrinho dele, que havia macarrão, manjericao, molho de tomate, e um espumante rosê. "Sim. Uma velha amiga da universidade.", concordo com a cabeça. "Bom, Julian. É sempre ótimo te ver. Mas eu preciso terminar de comprar aa coisas e ir para casa." Pego o celular vibrando no bolso e a foto de John com uma cara seria, que eu tirei sem que ele visse, aparece. Mostro a Julian. "Já a segunda vez que ele liga. Preciso ir. Nos falamos depois?", ele concorda. "Claro.", atendo o celular e me despeço dele com um aceno.

"Oi... Me desculpa não ter atendido antes. .. eu estava-", ele me interrompeu.

"Eu sei. Conversando com Jules.", olho ao redor para ver se eles estava por ali.

"Você está me seguindo? Como sabe que falei com Julian?"

"Talvez porque dez minutos depois que você saiu, ele saiu também. Apenas deduzi.", Ah, agora faz algum sentido.

"Ah sim. Mas diga, esqueceu alguma coisa?"

"Hum... sim. Traz... ahn... Nutella?", quantos anos ele tem, 12?

"Sério? Você me ligou para pedir Nutella?", faço cara de tédio,  mesmo sabendo que ele não pode me ver.

"Sim. Qual o grande problema?"