15|| So if you're gonna love me , You gotta love all of me

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You gotta love, deeper than that...

~ MARIE 🌸

Fui acordada pelo primeiros raios de sol no meu rosto, e amaldiçoei a mim mesmo, por não ter fechado a cortina antes de deitar. O sensor já havia desligado os piscas-piscas de led. Eu queria levantar mais o aperto forte de um braço ao redor da minha cintura não permitia. Não sei quando isso aconteceu, mas tenho a impressão que dormimos a noite toda assim. Com seu braço tatuado ao redor de mim e sua mão segurando a minha. Eu queria não está dando esse risinho idiota que estava dando agora, mas depois daquele beijo — e que beijo—, eu não conseguia. Me aninhei mais contra ele, e ouvi seu resmungo de sono, e ele me puxar mais pra si. Sua respiração pesada estava em minha nuca agora. Jesus! Qual é cara, me ajuda aqui, por favor? Respiro fundo. Eu achei que depois que o beijasse, o fogo cessaria, mas ao invés disso, a sensação de seus labios nos meus ainda ardia em mim. Estou assustada com isso tudo... Eu tenho á sensação de que John vai virar a minha vida do avesso. E para ser sincera, não sei se estou preparada para isso. "O que foi, Annie?", sua voz grave e rouca de sono me assusta momentaneamente, porque não percebi ele estava acordado. "Você está inquieta. Fica apertando minha mão.", sinto seus labios em meu ombro, e sinto as fagulhas das labaredas subirem por meu corpo. O que isso?!, "Alias, bom dia.", ele beija meu ombro de novo. Me sento na cama e ele faz o mesmo coçando os olhos. "Bom dia, Johnny.", digo com sorriso contido e sumo para o banheiro. Escovo meus dentes, lavo meu rosto, e respiro fundo segurando na pia. Relaxa , Marie. Está tudo bem. Foi apenas um beijo, e você dormiram na mesma cama, não é grande coisa. É grande coisa, sim!

Saio do banheiro com uma embalagem de escova dentes nova, e entrego a ele. Enquanto ele faz suas higienes matinais, aproveito para tocar minha roupa. Visto um vestido branco  long com estampa delicadas de pequenos ramos de rosa. Penteio meu cabelo, e faço uma trança frouxa de lado. Visto uma jaqueta jeans por cima do vestido e coloco minhas botas bege. Quando John, entra no quarto novamente, estou colocando meu chapéu. Ele para de andar, e eu me viro para ele, me sentindo esquisita. Ele me olha de cima em baixo, e da um sorriso maroto, coçando o queixo. " O que foi? Por que tá me olhando assim?", ele pega seu casaco sobre o corrimão, e o veste, antes de me responder. "Nada. Você está bonita essa manhã.", ele se senta na beirada da cama e calça suas botas. "Obrigada... eu acho.", ele me chama com a mão, e eu sinto meu coração acelerar, quando ele a segura, me conduzindo para o meu de suas pernas. Seus olhos castanhos estavam amendoados essa manhã, acho que a luz do sol os clareava. John tinha poucos cabelos brancos, e preciso dizer, aquilo o deixava incrivelmente mais sexy. "Marie, volta para terra.", ele aperta minha mão. "Desculpa.", ele ri, e entrelaça nossos dedos. "Me escuta... Eu tenho algumas coisas para fazer hoje, mas gostaria de passar mais tempo com você. Porque não quero que essa sua cabecinha fique achando que o que aconteceu ontem vai fazer eu correr para montanhas.", gargalho jogando a cabeça para trás. "John, você já está nas montanhas. Não tem muito para onde fugir.", ele aperta minha mão, e eu paro de rir para prestar atenção nele. "Você está muito engraçadinha essa manhã. E apenas beijei você...", aperto sua mão. "Para de apertar minha mão, desgrama!", ele ri. "Para você, diacho!", nós dois rimos. "Tá, o que eu quis dizer é, eu sei que seus avós são super protetores com você, e sabendo disso, preciso perguntar, quando a gente sair de dentro desse celeiro, eles vão fazer um caso por eu ter passado a noite com você?", ajeito o cabelo preto dele atras da orelha. "Eu não sei, John... Meu avô costuma me chamar bem cedo aqui. E já passa das nove da manhã, e ninguém apareceu. Provavelmente eles viram sua caminhonete lá fora.", ele ri. "Eu não vim de caminhonete. Se eu tivesse vindo com ela, teria chegado aqui menos molhado.", franzo o cenho. "Você veio a cavalo, então?", ele nega com a cabeça, e ajeita minha trança sobre o ombro. "Eu vou te mostrar em que eu vim.", ele tira meu chapéu e coloca em cima da cama. "Se você quiser sair daqui comigo, não vai dá para usar esse chapéu.", ergo uma sobrancelha. "Não, Annie... Não foi nesse sentido, e sim que não dá para usar... Enfim, pegue algumas roupas. Se você vai passar o dia comigo, vai precisar.", cruzo meus braços sobre o peito, e ele abraça minha cintura me puxando mais para perto. Parem subir labaredas, apenas parem! "Quem disse que eu vou precisar de roupas?", ele me puxa para si, fazendo nós dois cairmos aos risos na cama. "Eu tô dizendo! Pegue roupas quentinhas. É para mais tarde. Eu quero fazer algo com você..." , arregalo meus olhos. "Se acalma, ainda não é isso.",  Ainda? Isso significa que ele quer? Certo? Ok, não estou entrando em panico. Estou calma! Mais calma que um grilo, e um dos meus gansos. Calmíssima! Mais calma que eu, só um coice do Thor! "Você está pensando alto demais, estou conseguindo ouvir seus pensamentos, Marie!", ele zomba. "Você não pode dizer isso á uma garota virgem, John! Não é justo.", ela faz uma careta debochada. "Não é justo comigo, Marie. Aos 41 anos, eu fui o primeiro beijo de uma garota de 25 anos. E se ela quiser...", ele ri. "muito provavelmente eu vou tirar o lacre dela.", eu não sei se dou risada pela maneira escrota que ele disse que vai tirar minha virgindade, se eu quiser, ou se fico envergonhada. "É... Porque eu sou uma lata de refrigerante, para você querer tirar o lacre.", digo debochada. "E não é?", respiro fundo. "Para você beber do conteúdo da lata você não tem que tirar o lacre?", concordo com a cabeça. "Pois então... para eu tomar você, eu preciso fazer a mesma coisa!", ele diz dando altas gargalhadas. "Você é ridículo, Johnny! E quem disse que eu quero que seja você?", suas feições mudam do nada. "Tem tantas opções nessa cidade...", ele balança a cabeça. "Ah... Claro que tem. Um bando de lenhador que não vai ter sensibilidade nenhuma com você... Claro que tem.", ele se senta na cama. Algo na maneira irritadiça que ele diz aquilo me faz rir. "Se você só me beijou e está assim, tenho medo de como ficara se eu me entregar a você.", me sento na cama, e ao fazer isso, ele segura meu rosto com uma das mãos. "Marie Annie Campbell... Você já se entregou. No momento em que me beijou, você sabia disso."

DEAR MARIE [JM] 1Onde histórias criam vida. Descubra agora